Capítulo 6 - Descrição articulatória do português - FALE
Capítulo 6 - Descrição articulatória do português - FALE
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em vogais anteriores [ ], vogais centrais [ ] e vogais posteriores<br />
[ ] ou, com referência explícita a uma zona anatômica, em vogais<br />
palatais [ ] e vogais velares [ ]. A chamada vogal central baixa<br />
pode ser produzida na região palatal, como na palavra [] e na região<br />
velar, como em [] e, em alguns dialetos, como naqueles em que há<br />
a aproximante retroflexa []. Pode-se dizer que há uma simetria no<br />
sistema vocálico, quanto à zona de articulação.<br />
Figura 6.1 – Representação da apertura, zona de articulação e labialização <strong>do</strong>s sons vocálicos.<br />
A apertura<br />
No <strong>português</strong>, no eixo vertical, há quatro aperturas. A apertura é<br />
definida tradicionalmente como a distância entre o ponto mais alto da<br />
língua, no momento da articulação da vogal, e o palato, no local em<br />
que o canal bucal é mais estreito. As vogais podem assim ser classificadas,<br />
<strong>do</strong> ponto de vista fonético, em baixas [ ], semibaixas [ ],<br />
semialtas [ ] e altas [ ]. A apertura é fortemente<br />
controlada pelo acento primário, que provoca neutralização de<br />
oposição de apertura tanto em posição pretônica como postônica. 2 As<br />
vogais altas apresentam assim alofones mais baixos em posição átona.<br />
Da mesma forma a vogal mais baixa [a] sofre, inversamente, diminuição<br />
da apertura em posição átona e, em particular, quan<strong>do</strong> nasalizada 3<br />
(Figuras 6.2 e 6.3).<br />
164 <strong>Descrição</strong> <strong>articulatória</strong> <strong>do</strong> <strong>português</strong><br />
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