Capítulo 6 - Descrição articulatória do português - FALE
Capítulo 6 - Descrição articulatória do português - FALE
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fona<strong>do</strong>res ou ainda à energia total mobilizada na sua produção. Como essa<br />
classificação não foi feita para o <strong>português</strong>, apresentamos a classificação<br />
feita para o francês, que serve, pelo menos, como uma primeira proposta<br />
para o <strong>português</strong>.<br />
Variação da força <strong>articulatória</strong> consonântica<br />
A posição inicial de sílaba é a mais forte; a posição intervocálica é menos<br />
forte, em razão da assimilação de apertura das vogais adjacentes. A posição<br />
final de sílaba é fraca, e se a consoante é implosiva, é ainda mais fraca.<br />
Força <strong>articulatória</strong> vocálica<br />
diante de consoante<br />
Os palatogramas mostram que uma vogal pronunciada com energia<br />
abre-se com relação à vogal pronunciada mais fracamente, isto é, o contato<br />
observa<strong>do</strong> no palato diminui. O abaixamento da língua na vogal forte<br />
opõe-se diametralmente ao comportamento da língua na pronúncia de<br />
consoantes fortes. Podemos, então, concluir que sons vocálicos são sons<br />
da fala que tendem à abertura, enquanto que os sons consonantais tendem<br />
ao fechamento (Figura 6.11).<br />
Figura 6.11 – Comportamento das vogais e consoantes sob o efeito da força de articulação.<br />
Alain Marchal | César Reis 177<br />
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