Edição 9 - Faculdade Cantareira

trabalho, temos dezessete
bandas tocando e se
apresentando em casas de
Cultura e na Galeria Olido, além
de se apresentar todo mês no
próprio teatro dos CEUs. Isso
tudo nas comunidades mais
afastadas da cidade.
Fic Ligado! – O que o fez aceitar
a direção do CEU?
Ricardo – A importância social e
a possibilidade do
desdobramento desse projeto
PRÊMIO CARLOS GOMES
REFERÊNCIA INTERNACIONAL
num dos maiores projetos sociais do
País. Já imaginou, no futuro, termos
quarenta ou cinqüenta big bands
formadas nas periferias só aqui em
São Paulo?
Fic Ligado! – Apesar de não
existirem fórmulas para o sucesso,
vale a dica. Como ser um bom
músico?
Ricardo – O músico é uma pessoa que
sonha com música, acorda pensando
em notas, pentagramas. Um bom
músico anda na rua se divertindo
Ira Levin, dirigente da Orquestra Sinfônica Muni-cipal de São Paulo (OSMSP) e
professor da Escola Superior de Música da Faculdade Cantareira, acaba de receber
o Prêmio Carlos Gomes, con-ferido à OSMSP após aprimo-ramento que
implementou ao conjunto.
Americano, Levin ingressou na Northwestern University com uma prova especial
aos doze anos de idade. Alguns anos depois, foi para a Filadélfia, após ser
aprovado para o famoso Curtis Institute, uma escola que aceita um número
bastante selecionado de alunos. Em Curtis, logo no segundo ano passou a ser
assistente de Jorge Bolet, seu professor, um dos grandes nomes do piano do
século 20.
Ao mudar-se para a Alemanha, onde furou o cerco rígido dos músicos naturais
daquele país, Levin tornou-se regente titular da Ópera de Bremen e, depois,
associado de Düsseldorf. Convidado para dirigir a OSMSP, mudou-se para o Brasil
e modelou a orquestra coroando-a de sucesso com a recente Lohengrin, grande
ópera de Wagner.
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M música
com a variedade de sons que o
cerca, brinca mentalmente com eles,
é amigo dos ruídos do mundo,
entende o mundo por intermédio dos
ruídos, dos instrumentos que fazem
sons, da vida dos outros músicos que
passaram e que estão no planeta. O
músico entende também o valor do
silêncio.
Henrique Autran Dourado participou, em junho, da Convenção Internacional de Contrabaixistas de 2003,
em Richmond, Virginia, Estados Unidos, ministrando palestras sobre estilos de arco dos instrumentos de
cordas. Em 2004, Dourado foi nomeado diretor de um corpo docente internacional all-star na nova Escola
Superior de Música de São Paulo, no Brasil, após quase uma década como diretor da Escola Municipal de
Música. O corpo docente inclui Ira Levin e Naomi Munakata (regência), a violinista Elisa Fukuda, o violoncelista
Zygmunt Kubala e o trompetista Fernando Dissenha.
(Texto publicado na revista Notes (Boston, EUA), edição de outubro, originalmente em inglês)
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