silvia cristina villar - Unemat
silvia cristina villar - Unemat
silvia cristina villar - Unemat
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
SILVIA CRISTINA VILLAR BORGES DE OLIVEIRA<br />
FORMAÇÃO INICIAL DO PEDAGOGO:<br />
o ensino da língua materna em foco<br />
SINOP<br />
2011
SILVIA CRISTINA VILLAR BORGES DE OLIVEIRA<br />
FORMAÇÃO INICIAL DO PEDAGOGO:<br />
O ensino da língua materna em foco<br />
SINOP<br />
2011<br />
Projeto de Pesquisa apresentado à Banca<br />
Examinadora do Departamento de Pedagogia –<br />
UNEMAT, Campus Universitário de Sinop<br />
como requisito parcial para obtenção do titulo<br />
de Licenciado em Pedagogia.<br />
Orientadora:<br />
Drª Leandra Ines Seganfredo Santos
SILVIA CRISTINA VILLAR BORGES DE OLIVEIRA<br />
BANCA EXAMINADORA:<br />
FORMAÇÃO INICIAL DO PEDAGOGO:<br />
o ensino da língua materna em foco<br />
Projeto de Pesquisa apresentado à Banca Examinadora<br />
do Departamento de Pedagogia – UNEMAT, Campus<br />
Universitário de Sinop como requisito parcial para<br />
obtenção do título de Licenciado em Pedagogia.<br />
_______________________________________________<br />
Drª. Leandra Ines Seganfredo Santos<br />
Professora Orientadora<br />
<strong>Unemat</strong> – Campus Universitário de Sinop<br />
______________________________________________<br />
Ms. Albina Pereira de Pinho Silva<br />
Professora Avaliadora<br />
<strong>Unemat</strong> – Campus Universitário de Sinop<br />
______________________________________________<br />
Ms. Ivone Jesus Alexandre<br />
Professora Avaliadora<br />
<strong>Unemat</strong> – Campus Universitário de Sinop<br />
______________________________________________<br />
Dra. Cristinne Leus Tomé<br />
Presidente da Banca<br />
UNEMAT – Campus Universitário de Sinop<br />
SINOP<br />
__________ de ________________ de 2011.
SUMÁRIO<br />
1 INTRODUÇÃO 04<br />
2 PROBLEMA E JUSTIFICATIVA 05<br />
2.1 PROBLEMA 05<br />
2.2 JUSTIFICATIVA 05<br />
3 OBJETIVOS 07<br />
3.1 OBJETIVO GERAL 07<br />
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 07<br />
4 REFERENCIAL TEÓRICO 08<br />
4.1 DA CIDADE 08<br />
4.2 O PERFIL DA UNIVERSIDADE 09<br />
4.3 O CURSO DE PEDAGOGIA 10<br />
4.4 DA MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE PEDAGOGIA 13<br />
4.5 DA IMPORÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAEM:<br />
PAPEL DA ESCOLA E DO PEDAGOGO 16<br />
5 METODOLOGIA 18<br />
5.1 SUJEITO E LOCAL DA PESQUISA 18<br />
5.2 PESQUISA QUALITATIVA ESTUDO DE CASOS<br />
OBSERVACIONAIS 18<br />
5.3 COLETA DE DADOS 18<br />
5.3.1 ENTREVISTA 18<br />
5.3.2 DIÁRIO REFLEXIVO 19<br />
5.4 ANÁLISE DOS DADOS 19<br />
6 CRONOGRAMA 21<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 22
1 INTRODUÇÃO<br />
O significado de uma palavra representa um amálgama tão<br />
estreito do pensamento e da linguagem, que fica difícil<br />
dizer se trata-se de um fenômeno da fala ou de um<br />
fenômeno do pensamento. (LEV SEMENOVITCH<br />
VYGOTSKY)<br />
Somos confrontados a fazer o uso da linguagem em todos os espaços da nossa vida,<br />
seja ele no âmbito escolar ou fora dele. Desde que nascemos temos nossa forma particular de<br />
nos expressar, mas na medida em que vamos crescendo a sociedade, a escola, a família, dentre<br />
outros interferem nossos comportamentos. E é na idade escolar que vamos nos engrenar na<br />
sistematização da língua materna na qual o pedagogo tem a principal função: inserir esta<br />
linguagem sistematicamente desenvolvendo a leitura e a escrita da criança na alfabetização.<br />
Assim podemos perceber a fundamental importância da formação do Pedagogo, pois<br />
essa fase da iniciação escolar requer cuidados essenciais e imprescindíveis para o<br />
desenvolvimento e o despertar da criança no mundo das letras. O professor Pedagogo tem a<br />
oportunidade de ministrar suas aulas interdisciplinarmente confrontando seus temas com a<br />
turma. É nessa fase que a criança deve começar a tomar o gosto pela leitura e como<br />
conseqüência disso aprender a desenvolver competência para escrever bons textos.<br />
Quando falamos em boa formação acadêmica, devemos ter um olhar mais distante do<br />
que imaginamos, porque além de alguns pontos importantes que já foram mencionados existe<br />
ainda a necessidade desse Pedagogo atender as necessidades de crianças especiais que a<br />
Constituição Brasileira garante como inclusão social. Partindo desse pressuposto podemos<br />
observar o grande leque que se abre quando falamos em formação do profissional Pedagogo.<br />
O estudo em questão tem como função de investigar a formação teórico-metodológica<br />
do pedagogo na área da linguagem, ou seja, do português propriamente dito, como também<br />
analisar a formação nas múltiplas áreas, visto que um pedagogo não atua em área específica,<br />
levando em consideração que todas as disciplinas dependem diretamente da linguagem.<br />
Buscaremos analisar como os profissionais avaliam sua formação no âmbito da<br />
linguagem e seu ensino, visto que será de grande relevância os primeiros anos de<br />
alfabetização na vida das crianças.
2 PROBLEMA E JUSTIFICATIVA<br />
2.1 PROBLEMA<br />
Para desenvolver o estudo proposto nos nortearemos em busca de respostas aos seguintes<br />
questionamentos:<br />
Como acontece a formação inicial do pedagogo na área da linguagem no âmbito<br />
teórico, lingüístico e metodológico?<br />
Que resultados são sentidos pelos pedagogos através dessa formação?<br />
Quais possíveis limitações são sentidas durante a formação inicial nesta área?<br />
O que se pode dizer da relação teoria e prática para o professor iniciante?<br />
2.2 JUSTIFICATIVA<br />
Ao adentrarmos na faculdade, temos um ideal, sonhamos com uma meta e traçamos<br />
nossos objetivos acreditando em um futuro promissor gerador de recompensas e realização<br />
pessoal e profissional. Estudamos com afinco e nos entregamos de corpo e alma a tudo aquilo<br />
que a Pedagogia tem para oferecer.<br />
No decorrer do tempo surgem conflitos, preocupações de como será no momento em<br />
que cada acadêmico passa a desenvolver o papel de professor. Quando estamos estudando,<br />
aprendemos muitas teorias. Mas será que na prática funciona? Guarnieri (2005) afirma: “o<br />
professor aprende a partir do exercício da profissão, o que não significa dicotomizar teoria e<br />
prática, ou seja, desconsiderar o papel da formação, ou dizer que a prática ensina em si e por<br />
si mesma, ou mesmo que a prática não esteja repleta de princípios teóricos”.<br />
Sendo assim, tem a presente pesquisa a intenção de investigar como ocorre a mediação<br />
entre teoria e prática, principalmente quando tratamos da inserção da língua materna em foco<br />
e para isso buscaremos saber quais os assuntos tratados nas matrizes curriculares na área de<br />
linguagem durante o curso de formação e ainda como estes são trabalhados no processo de<br />
formação dos futuros pedagogos.<br />
5
Pensando nessas e em várias outras questões relacionadas à linguagem que em uma<br />
conversa com minha professora orientadora Leandra Ines Seganfredo Santos, egressa da<br />
segunda turma de Pedagogia do Campus de Sinop, hoje doutora em estudos lingüísticos que<br />
atua na área de Metodologia do Ensino na UNEMAT, decidimos investigar como acontece a<br />
formação dos acadêmicos e encontrar respostas a alguns questionamentos e, quem sabe,<br />
apontar possíveis caminhos. Segundo o projeto pedagógico do Curso de Pedagogia, sua<br />
principal meta relacionada a formação é:<br />
[...] formar profissionais capazes de exercer o seu compromisso com eficiência, onde<br />
os mesmos ao conhecerem as especificidades de cada área e série escolar, propiciem<br />
ao educando um espaço que possibilite a compreensão e sistematização dos diversos<br />
saberes que a sociedade produz em sua totalidade, eliminando a fragmentação do<br />
mesmo (Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia da UNEMAT-Sinop, 2003).<br />
Assim observamos que um pedagogo é, ou deveria ser, capacitado em diversas áreas<br />
de ensino para lidar com crianças, adolescentes, jovens e adultos, de outros contextos sociais,<br />
com mais ou menos dificuldades de aprendizagem.<br />
6
3 OBJETIVOS<br />
3.1 OBJETIVO GERAL<br />
Investigar como acontece a formação teórica, lingüística e metodológica do pedagogo<br />
durante a sua formação no curso de Pedagogia da UNEMAT/Sinop.<br />
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:<br />
Examinar as ementas das disciplinas que trabalham aspectos relacionados à língua<br />
materna;<br />
Observar a proposta teórico-metodológica dos professores que trabalham essas<br />
disciplinas no curso de Pedagogia;<br />
Investigar o que os acadêmicos em formação pensam sobre a formação teórica,<br />
lingüística e metodológica que lhe foi/é ofertada.<br />
Questionar pedagogos recém formados, atuantes em sala de aula os resultados obtidos<br />
no curso e como esses vieram a contribuir na prática.
4 REFERENCIAL TEÓRICO<br />
4.1 DA CIDADE<br />
No propósito de ampliar o conhecimento no que se refere ao ensino da língua materna,<br />
buscamos investigar um pouco mais a fundo a formação dos acadêmicos do curso de<br />
Pedagogia da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) na cidade de Sinop/MT a<br />
qual esta localizada a aproximadamente 500 Km da capital.<br />
Seu nome deriva-e de Sociedade Imobiliária Noroeste do Paraná, nome da empresa<br />
responsável pela colonização no norte do Estado de Mato Grosso. Com população de<br />
aproximadamente 114 mil habitantes 1 , Sinop no começo era colonizada por paranaenses mas<br />
logo a seguir houve uma imigração de pessoas de varias partes do Brasil. A cidade conta com<br />
uma boa infra-estrutura na área de saúde, segurança publica e economia que baseada no<br />
cultivo de cereais, pecuária e industria madeireira. Sinop é uma cidade planejada, com extensa<br />
área verde, a maioria das ruas levam os nomes de árvores e flores.<br />
A cidade atualmente é conhecida como pólo educacional, pois abriga hoje 5 grandes<br />
faculdades, sendo elas: Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Universidade de<br />
Cuiabá (UNIC), Faculdade de Sinop (FASIP), Faculdade Cenecista (CNEC) e a nossa então<br />
estudada UNEMAT. Com o intenso movimento dos universitários até a economia tem se<br />
intensificado movimentando áreas do mercado imobiliário, transportes, restaurantes, dentre<br />
outros. Muitos estudantes de cidades vizinhas deixam suas cidades e fazem o trajeto para<br />
Sinop todos os dias. E conta ainda com um grande número de universitários pensionistas que<br />
permanecem na cidade exclusivamente para estudar. Devido sua localização, empresas de<br />
grande porte tem se instalado na região atendendo não somente na educação como também na<br />
área comercial aos municípios vizinhos.<br />
A cidade oferece um grande numero de escolas estaduais, municipais e particulares<br />
assim divididas 2 :<br />
A cidade tem 24 escolas que atendem a educação infantil, sendo 12 públicas<br />
municipais e 12 escolas privadas.<br />
1 Fonte IBGE (29/NOV/10)<br />
2 http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinop<br />
8
Para o ensino fundamental existem mais de 40, que são 11 onze escolas estaduais, 21<br />
escolas públicas municipais e 9 escolas privadas. Conta ainda para o ensino médio 7 escolas<br />
públicas estaduais e 6 privadas.<br />
Nessa perspectiva podemos notar que Sinop tem sido referencial em educação mesmo<br />
diante de problemas políticos financeiros que enfrenta, não obstante da realidade brasileira<br />
que conhecemos.<br />
4.2 PERFIL DA UNIVERSIDADE EM ESTUDO<br />
Segundo o histórico do Campus de Sinop, disponível na página oficial da<br />
Universidade 3 , a Fundação Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT- é uma<br />
entidade autônoma de direito público, vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino<br />
Superior, criada a partir do Instituto de Ensino Superior de Cáceres - IESC - pela Lei nº 703<br />
em 1978 e estadualizada pela Lei nº 4960, de 19 de dezembro de 1985.<br />
Com a lei complementar de 15 de dezembro de 1993 a UNEMAT passa a condição de<br />
universidade e em 1999 passa a ser reconhecida pelo conselho Estadual de Educação. A<br />
faculdade tem sua sede na cidade de Cáceres e conta hoje com onze Campus Universitários e<br />
acredita na implantação de novos cursos para maior credibilidade e reconhecimento entre<br />
instituições.<br />
O Campus de Sinop oferece educação superior para a área de Ciências Sociais e<br />
Aplicadas, com os cursos de Bacharelado em Economia, Ciências Contábeis, Administração,<br />
Engenharia Civil, licenciatura em Matemática, Letras e Pedagogia. São ministrados cursos<br />
diurnos e noturnos, podendo atender assim a uma vasta rede de jovens que conseguem<br />
conciliar o trabalho e a faculdade, fato que acontece com a maioria de acadêmicos da<br />
universidade atualmente. Com base ainda no histórico da UNEMAT podemos afirmar que:<br />
3 www.unemat-net.br, acesso em 24 de maio de 2011.<br />
Em 06 de julho de 1990, o Conselho Curador da Fundação Centro de Ensino<br />
Superior de Cáceres, através da Resolução no 014/90, criou o então Núcleo de<br />
Ensino Superior de Sinop e também determinou a composição e competência dos<br />
órgãos de Estruturação Organizacional do Núcleo de Sinop, através da Resolução no<br />
016/90. O governo do Estado, através do Decreto no 2.720 de 09 de julho de 1990,<br />
criou o Núcleo de Ensino Superior de Sinop, gerenciado pela Fundação Centro de<br />
Ensino Superior de Cáceres e através da Lei nº 5.640 da mesma data criou os cargos<br />
9
para o magistério público superior do Núcleo. Foram criados no Núcleo de Ensino<br />
Superior de Sinop os cursos de Licenciatura em Matemática, Letras e Pedagogia. O<br />
primeiro concurso vestibular para estes cursos ocorreu nos dias 26 e 27 de agosto de<br />
1990.<br />
Com a grande demanda à procura de cursos, observando que a cada dia o mercado de<br />
trabalho torna-se mais exigente na escolha dos profissionais já que a tecnologia não pára de<br />
crescer e as inovações não cessam de chegar, muitas pessoas tem procurado concluir uma<br />
graduação para ficarem na média do esperado pelo concorrido mercado trabalho, podemos<br />
perceber um numero expressivo do aumento de pessoas cursando a faculdade. Nessa<br />
perspectiva foram criados Núcleos Pedagógicos em Juara (que mais tarde teve seu campus<br />
próprio), em Sorriso e ainda em Lucas do Rio Verde.<br />
O Campus de Sinop está entre os três maiores da UNEMAT, tem uma ótima estrutura<br />
física, com laboratório, biblioteca informatizada, linha de internet acessível aos acadêmicos e<br />
professores.<br />
Com essa perspectiva, segundo o histórico, a UNEMAT:<br />
4.3 O CURSO DE PEDAGOGIA<br />
procura e almeja formar profissionais que possam atuar de maneira integrada com os<br />
recursos naturais de modo sustentável e eficiente, procurando criar meios de<br />
desenvolvimento duradouros e abrangentes, preocupando-se com o desenvolvimento<br />
social a partir do desenvolvimento educacional e econômico da região, assumindo<br />
que seu papel no desenvolvimento passa pelo exercício de uma formação oriunda da<br />
realidade e voltada à realidade mato-grossense, seja em seus aspectos econômicos,<br />
sociais e humanos.<br />
Paidagogia designava, na Grécia antiga, o acompanhamento e a vigilância do jovem.<br />
O paidagogo (o condutor da criança) era o escravo cuja atividade específica consistia em<br />
guiar as crianças à escola. Essa definição é Paulo Ghiraldelli que nos traz e nos mostra ainda<br />
mais alguns estudos e pesquisas de outros escritores que definiram a Pedagogia como é o caso<br />
de Émile Durkheim que se empenha em conceituar "pedagogia" em "ciências da educação",<br />
que o Dicionário Informal 4 vem ratificar: “Ciência da educação que estuda as práticas,<br />
métodos e princípios da educação. Prática de educar, ensinar, encaminhar. Direcionar a<br />
criança no caminho da aprendizagem em busca do conhecimento”.<br />
4 http://www.dicionarioinformal.com.br<br />
10
Há também quem se refere à Pedagogia como ‘ciência do ensino’, e que se assim<br />
continuarmos a pesquisar certamente encontraremos outras expressões, porém todas nos<br />
levarão ao mesmo objetivo que é a ‘magia de ensinar’.<br />
A Pedagogia estuda variados assuntos que envolvem a educação, e é através dela que<br />
conseguimos melhorar a aprendizagem dos indivíduos tanto no prático (comportamento)<br />
quanto no teórico (socialmente).<br />
Segundo pesquisa realizada por Borges et al (2010), 5 o curso de Pedagogia de Sinop<br />
teve seu início no ano de 1990, através do programa de expansão da Universidade do Estado<br />
de Mato Grosso – UNEMAT. Sinop recebeu o primeiro Campus por ser considerada um Pólo<br />
Regional e pela carência de profissionais especializados com formação nessa região, já que a<br />
maioria dos professores atuantes na rede pública possuía apenas o magistério.<br />
Inicialmente o funcionamento dessa unidade foi precário, pois não havia prédio<br />
definido, o curso funcionava em quatro salas da Escola Comunitária Cenecista Santa<br />
Elizabeth (CNEC) e a parte administrativa se dava na Mitra Diocesana. Não existia internet,<br />
nem telefone, a biblioteca era constituída por uma ‘caixinha’ de livros, alguns doados pela<br />
população da cidade e outros foram cedidos pelo Campus de Cáceres. Os acadêmicos<br />
sentavam em cadeirinhas de pré-escola devido à precariedade da situação, ou seja, os<br />
professores formadores e os acadêmicos eram totalmente desprovidos de materiais didáticos e<br />
tecnológicos e não existia nenhuma ajuda financeira dos órgãos públicos na época. Outro<br />
problema enfrentado era a questão do racionamento de energia elétrica que afetava o curso,<br />
pois eram obrigados estudar a luz de velas, pelo menos umas três vezes por semana, e mesmo<br />
assim os acadêmicos se empenhavam e permaneciam até o termino das aulas.<br />
O curso de Pedagogia era coordenado pelo professor Laudemir Zart e pelo professor<br />
Ilário Straub juntamente com o nomeado chefe do departamento professor Aumeri Bampi. Os<br />
professores formadores daquela época eram muito jovens e não tinham experiência em ensino<br />
superior, possuíam apenas graduação, exemplo disso é que Sinop estava longe de qualquer<br />
centro de formação e o contexto do Estado ainda não tinha uma política de formação<br />
continuada, para eles foi difícil dar aula para alunos que já atuavam na área da educação e<br />
muitas vezes possuíam mais experiência do que eles. A pesquisa (BORGES, et al, 2010)<br />
retrata o depoimento de um dos professores, Ilário Straub, que assevera: “Todos nós éramos<br />
marinheiro de primeira viajem nem deslumbrávamos o que era um curso superior,<br />
5 A referida pesquisa foi desenvolvida por um grupo de acadêmicos do terceiro semestre do Curso de Pedagogia<br />
(UNEMAT/Sinop), para a disciplina de Filosofia da Educação II, ministrada pelo professor Dr. Lucio Lord.<br />
11
aprendemos a pensar o curso de pedagogia fazendo, tentando entender a prática<br />
pedagógica, a gestão através da proposta de Paulo Freire, e assim fomos fazendo acontecer”.<br />
Então, podemos perceber que esse início foi difícil e ao mesmo tempo vantajoso, pois<br />
os acadêmicos adquiriram formação e os professores experiência profissional. Os docentes<br />
eram concursados pela rede estadual e logo em seguida pela universidade, esse concurso<br />
garantiu melhorias na qualidade de vida, ou seja, estabilidade financeira.<br />
As primeiras turmas eram basicamente de Sinop, mas logo começou vir alunos das<br />
cidades mais próximas como Santa Carmem, Sorriso, Cláudia e o local mais longe era<br />
Colíder (150 km). Apesar dessas dificuldades, os alunos tinham grande interesse em aprender<br />
e dessas turmas formaram-se praticamente todos. Entre esses alunos estão as Professoras<br />
Adélia e a Ana Lúcia que hoje estão atuando no Campus de Tangará da Serra, a Professora<br />
Edneuza e a Professora Leandra aqui do Campus de Sinop, vários diretores e cerca de 80%<br />
dos professores da rede municipal se formaram na UNEMAT. A universidade de Sinop tem<br />
uma responsabilidade ímpar com a sociedade sinopense. O estudo (BORGES, et al, 2010)<br />
mostrou, ainda, o depoimento do professor Bampi que afirma que “havia um espírito de união<br />
muito grande entre os alunos, pois se tratava de pessoas que de fato tinham uma causa, um<br />
compromisso com o processo educativo e com sua própria formação.”<br />
Naquele momento era importante a união para superar essas dificuldades, para saber<br />
como mudar aquela realidade educativa já que a cidade crescia em ritmo acelerado e as<br />
melhorias se tornavam cada vez mais necessárias, os professores se empenhavam em busca de<br />
melhorias.<br />
Não podia faltar um espírito de trabalho, de união para um processo reflexivo sobre o<br />
que seria constituir um processo educativo e como o ensino superior ou a formação do curso<br />
de pedagogia poderia e deveria contribuir para mudar aquela realidade.<br />
O curso implantado no ano de 1990 habilitava para a docência nas séries iniciais do<br />
ensino fundamental (1ª a 4ª séries). O curso de Pedagogia em Sinop foi o primeiro curso do<br />
Estado de Mato Grosso que se propôs a formar professores para a educação infantil, então se<br />
começou a avançar em busca de estrutura para preencher uma necessidade imposta pelo<br />
currículo em um sentido positivo. Os docentes do curso de Pedagogia ousaram muito naquele<br />
período porque o curso ainda não era reconhecido, era somente autorizado. Fizeram uma<br />
mudança curricular, já que a grade era cópia do Campus de Cáceres que, por sua vez, era<br />
cópia fiel da UFMT, foi uma mudança efetiva antes mesmo de o curso passar pelo processo<br />
de reconhecimento.<br />
12
Vale ressaltar que a UNEMAT enquanto instituição preocupada em formar<br />
profissionais sempre buscou alternativas, exemplo disso foram as parceladas. Esse programa<br />
foi criado no intuito de atender as cidades vizinhas como: Cláudia, Vera e Sorriso, que não<br />
possuíam um Campus, para isso os professores se deslocavam daqui até essas cidades, e<br />
realizavam lá as aulas para essas turmas especiais do curso de pedagogia.<br />
Apesar de todas as dificuldades e barreiras enfrentadas, os professores conseguiram<br />
alcançar grande parte de seus objetivos mesmo com a falta de apoio e de materiais, segundo<br />
Bampi:<br />
Se nós tivéssemos maior possibilidade de intercambio com outras universidades a<br />
formação poderia ter sido melhor [...]. Mas o esforço e o compromisso, também<br />
equilibravam, porque fazíamos do ensino superior da formação em Pedagogia um<br />
processo de reflexão contínua sobre o cotidiano. Não era sobre os estudos da França<br />
e outros países, eram sobre o nosso cotidiano, mas carecíamos de entendimento<br />
muitas vezes do que se passava conosco mesmos.<br />
O curso de Pedagogia mesmo sofrendo ainda alguns preconceitos, continua sendo<br />
fundamental no processo de formação de qualquer indivíduo que passa por uma escola, ainda<br />
é um dos pilares básicos da formação, pois é através de um pedagogo que a criança descobre<br />
as maravilhas do saber ler e escrever resumidamente falando.<br />
4.4 DA MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE PEDAGOGIA<br />
Em análise a matriz curricular do curso, podemos identificar a composição do quadro<br />
de disciplinas e ainda a carga horária e os créditos que cada uma oferece. Em resumo<br />
podemos dizer que a carga horária do curso de Pedagogia está totalizada em 3.545 horas e<br />
mais 200 horas de atividades complementares, com 17 áreas específicas divididas em oito<br />
semestres sendo elas:<br />
ÁREA H/A<br />
Antropologia 60<br />
História da Educação 165<br />
Sociologia 180<br />
Psicologia 195<br />
13
Filosofia 180<br />
Educação Física 60<br />
Pesquisa Educacional 330<br />
Língua Portuguesa 60<br />
Educação Especial 135<br />
Matemática 60<br />
Tecnologias de Inf. e Com. na Educação 105<br />
Metodologias de Ensino 885<br />
Educação Infantil 165<br />
Alfabetização e Letramento 150<br />
Didática 360<br />
Estrutura e Funcionamento do Ensino 135<br />
Biologia Educacional 60<br />
Todas as disciplinas do PPP do Curso de Pedagogia apresentam ementas<br />
importantíssimas e com uma vasta fonte bibliográfica para serem trabalhadas em seus<br />
respectivos semestres podendo ser em aulas teóricas, pesquisa de campo, laboratório, práticas<br />
de ensino e ainda em estágios. Apesar da grande relevância que cada uma apresenta<br />
destacaremos uma ênfase maior nas que dizem respeito à linguagem, ou seja, ao Português<br />
que é o estudo em questão. Ao decorrer na leitura da matriz encontramos quatro disciplinas<br />
relacionadas ao assunto. A primeira está inserida na matriz do 1º semestre e se refere a:<br />
Práticas de leituras e produção de textos com a carga horária de 60 horas e<br />
com a seguinte ementa:<br />
As diferentes linguagens utilizadas no mundo contemporâneo. Discussão da leitura,<br />
literatura, literatura infantil, televisão, história em quadrinhos, desenho animado,<br />
pintura, fotografia e cinema enquanto diferentes gêneros, formas, discursos de<br />
produção de conhecimento. A intertextualidade, polifonia presentes à produção e<br />
leitura de textos. Essa ementa propõe-se a auxiliar o educando a ter mais clareza,<br />
coerência e objetividade na sua produção textual, principalmente na elaboração e<br />
reestruturação do TCC. (PPP do Curso de Pedagogia)<br />
A disciplina oferece de apoio alguns livros relacionados a produção de textos e<br />
redação com vários autores e podemos citar como exemplo o renomeado Carlos Alberto<br />
Faraco com o livro Prática de Texto.<br />
14
Posteriormente teremos uma disciplina que será contemplada em dois semestres com<br />
níveis I e II para o 3º e 4º semestres respectivamente. Trata-se de:<br />
Alfabetização e Letramento I, para o 3º semestre com carga horária de 75 horas<br />
tendo como ementa:<br />
Dimensões conceituais, políticas e histórica das concepções pedagógicas e<br />
metodológicas que permeiam o processo de alfabetização e letramento;<br />
Epistemologia e psicogenética. Conceitualização de alfabetização em suas várias<br />
dimensões, letramento, Infância escolar e as várias dimensões do ser humano e<br />
práxis pedagógica. (PPP do Curso de Pedagogia)<br />
Essa disciplina trata de assuntos relacionados a política e história das concepções e da<br />
práxis pedagógica, para isso podemos destacar a bibliografia ofertada de Emília Ferrero e Ana<br />
Luiza B. Smolka com assuntos ligados à fase inicial da escrita.<br />
ementa:<br />
Em seguida, no 4º semestre teremos:<br />
Alfabetização e Letramento II, com carga horária de 45 horas tendo a seguinte<br />
As políticas públicas de alfabetização nos anos iniciais do Ensino Fundamental e a<br />
prática alfabetizadora da escola; O processo de alfabetização e letramento através da<br />
práxis pedagógica envolvendo conhecimentos epistemológicos, sociológicos e novas<br />
metodologias; a psicogênese da escrita e da leitura e o conhecimento das várias<br />
dimensões do ser humano de forma contextualizada com a construção de planos de<br />
trabalho de alfabetização. (PPP do Curso de Pedagogia)<br />
Nesse momento a disciplina busca dar continuidade nas concepções e<br />
metodologias e oferece um espaço maior para as políticas públicas nos anos iniciais do ensino<br />
fundamental e as referências bibliográficas básicas permanecem porém destacam-se autores<br />
que tratam do letramento como por exemplo, Magda Soares.<br />
Após estas, a linguagem aparece no 5º semestre com a disciplina:<br />
Língua Portuguesa para o Inicio da Escolarização, esta com carga horária de<br />
75 horas com a ementa:<br />
A linguagem como ato de reflexão sobre as diferentes formas de linguagens e como<br />
formas de produção de sentidos; a língua como funcionamento –manifestação<br />
interindividual da enunciação e de diálogo; diferentes concepções de linguagem; a<br />
oralidade, a leitura, a escrita e o discurso: lugar de investimentos sociais, históricos,<br />
ideológicos, psíquicos, por meio de sujeitos interagindo em situações concretas.<br />
Problematizações do/no cotidiano escolar sobre o trabalho com a linguagem oral e<br />
escrita na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental para o<br />
desenvolvimento das capacidades lingüísticas básicas: o falar, escutar, ler e escrever.<br />
Planejamento e elaboração de planos de aulas com atividades de ensino-<br />
aprendizagem coerentes com os pressupostos assumidos. Produção de materiais e<br />
15
ecursos como componentes da prática pedagógica; atividades práticas em<br />
instituições públicas e/ou privadas da educação infantil, anos iniciais do Ensino<br />
Fundamental. (PPP do Curso de Pedagogia).<br />
Esta disciplina torna-se fundamental no processo de formação do Pedagogo, pois aqui<br />
começam a esboçar o desenvolvimento da linguagem na prática cotidiana escolar e as<br />
referências bibliográficas trazem assuntos relacionados ao ler e escrever na educação<br />
fundamental, bem como a produção de textos e ainda um pouco de literatura.<br />
aparece como:<br />
Após esta, encontraremos a linguagem novamente no sétimo semestre, agora ela<br />
Educação especial II - LIBRAS, com carga horária de 60 horas onde entra na<br />
proposta o ensino da linguagem com sinais esta sendo a língua materna da pessoa surda. É<br />
uma modalidade viso gestual não universal podendo sofrer influência nacional ou regional.<br />
A fonte bibliográfica traz uma série de livros referente a educação especial no ensino<br />
fundamental, diversos temas que tratam da inclusão e ainda vários sobre linguagem de sinais.<br />
Podemos perceber que a linguagem faz-se presente em momentos específicos do<br />
curso, cada uma oferecendo um diferencial em particular de grande importância para a<br />
formação do pedagogo. Para esse primeiro momento conseguimos trazer um pouquinho do<br />
que cada uma delas representa na matriz curricular, não esquecendo que a linguagem está<br />
presente em todos os momentos da nossa vida e indiretamente poderemos encontrá-las em<br />
outras disciplinas, não somente nestas que estão diretamente relacionadas a língua. Mas<br />
conseguiremos notar a presença da língua portuguesa na aula de matemática, por exemplo,<br />
quando precisamos ler e entender o enunciado pra que se possa chegar a um resultado, ou<br />
ainda, na leitura de um texto de qualquer natureza requer que tenhamos o domínio mínimo<br />
que seja da linguagem para assimilarmos o que ele nos traz.<br />
Com base nessas informações da matriz curricular mais adiante poderemos contar com<br />
um esboço da maneira como são construídos esses conteúdos e os efeitos na vida acadêmica.<br />
4.5 DA IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM:<br />
PAPEL DA ESCOLA E DO PEDAGOGO<br />
Ao abordar o estudo sobre língua materna, é pertinente trazer algumas definições<br />
básicas sobre língua, linguagem e fala. Muitos são os estudiosos que atuam na área da<br />
lingüística. A teoria de Ferdinand de Saussure, por exemplo, define a linguagem como<br />
16
“heteróclito e multifacetado”, pois acredita que para entender a linguagem como um<br />
todo precisa da ajuda de outras ciências como a psicologia, antropologia, filosofia entre<br />
outras. Segundo Saussure a linguagem pode ser verbal ou não verbal. Sendo que a verbal pode<br />
ser oral e escrita e é própria do ser humano. A não verbal é definida nos símbolos, nos<br />
desenhos, na expressão corporal. A língua por sua vez, é um recorte menor da linguagem, de<br />
natureza social, é homogênea e dotada de ordem, unicidade e sistematização. A fala, de<br />
caráter individual, é heterogênea, múltipla e desordenada (DIAS, 2008, p. 20).<br />
As teorias definidas por Saussure tem se modificado ao longo dos anos e as pesquisas<br />
recentes, dentre elas, aquelas que embasam os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), têm<br />
ampliado a definição de língua e linguagem. Neste estudo, a língua é entendida como “um<br />
sistema que tem como centro a interação verbal, que se faz através de textos ou discursos,<br />
falados ou escritos” (BRASIL, 2007, p. 9).<br />
Uma leitura cuidadosa do texto descrito nos PCN (1997) nos mostra a linguagem<br />
como forma mais completa de comunicação. Através dela é possível expressar e construir<br />
visões de mundo, relacionar-se, tornar-se cidadão. A língua torna possível influenciar e<br />
estabelecer relações interpessoais, dessa forma os PCN (1997) nos mostra que “produzir<br />
linguagem significa produzir discursos. Significa dizer alguma coisa para alguém, de uma<br />
determinada forma, num determinado contexto histórico”. (PCN, 1997, p.23)<br />
17
5 METODOLOGIA<br />
5.1 SUJEITOS E LOCAL DA PESQUISA<br />
A pesquisa será realizada com acadêmicos do 5º semestre de Pedagogia 2011/2 e 6º<br />
semestre de Pedagogia 2011/2 e com professores que ministram disciplinas diretamente<br />
relacionadas a área de linguagem no curso de Pedagogia na UNEMAT de Sinop/MT.<br />
Procuraremos investigar também a opinião e possíveis sugestões de pedagogos recém<br />
formados que já estão atuando em sala de aula. Será feita uma análise de documentos, tais<br />
como: matriz curricular, planos de ensino, materiais usados pelos professores ao longo das<br />
disciplinas e cadernos dos acadêmicos. Isto nos dará base para investigação.<br />
5.2 PESQUISA QUALITATIVA ESTUDO DE CASOS OBSERVACIONAIS<br />
A pesquisa qualitativa apresentada torna-se um estudo de caso definida por Triviños<br />
(1987) como sendo “uma categoria de pesquisa cujo objeto é uma unidade que se analisa<br />
aprofundadamente”, e ainda define como casos observacionais sendo “uma categoria típica da<br />
qualitativa. A técnica de coleta de informações mais importante dela é a observação<br />
participante”. Para isso torna-se necessária a busca de vivências na academia para que se<br />
possa ser observado o processo de construção de conhecimentos e aprendizagem, juntamente<br />
com resultados obtidos no final do curso.<br />
5.3 COLETA DE DADOS<br />
5.3.1 Entrevista<br />
18
A coleta de dados será feita em forma de entrevista semi-estruturada, em que os<br />
sujeitos poderão seguir uma linha de raciocínio e interagir com o pesquisador permitindo que<br />
seja explorado o campo observado. Nesse sentido, podemos perceber que a pesquisa pode nos<br />
levar além do elaborado, na medida em que as hipóteses vão surgindo e os questionamentos<br />
sendo reestruturados. A entrevista será realizada com, pelo menos, três acadêmicos de cada<br />
semestre (quinto e sexto), com, pelo menos dois egressos e com os professores que ministram<br />
as disciplinas diretamente relacionadas ao ensino da linguagem.<br />
5.3.2 Diário reflexivo<br />
Como a pesquisadora cursará a disciplina Língua Portuguesa para Início da<br />
Escolarização (2011/02), também será feito um diário reflexivo sobre o percurso trilhado no<br />
desenvolvimento da referida disciplina, atentando para as ações teórico-práticas propostas.<br />
Para tanto usarei instrumento semelhante ao usado por Santos (2009, p.243) para o registro<br />
das aulas e procedimentos com o diário reflexivo.<br />
5.4 ANÁLISE DOS DADOS<br />
A análise dos dados será feita através da técnica de triangulação dos dados, método<br />
este que nos permite maior clareza na descrição, explicação e compreensão do caso em<br />
estudo.<br />
Pela triangulação dos dados, a princípio analisa-se o material voltado para o sujeito,<br />
em seguida os elementos produzidos pelo meio do sujeito e por último aos processos e<br />
produtos originados pela estrutura socioeconômica e cultural pela qual o sujeito está inserido<br />
(TRIVIÑOS, 1987).<br />
Diante destas informações, faz-se então uma confrontação dos dados adquiridos.<br />
Seguindo este planejamento proposto por Triviños, podemos assim elucidar o esquema:<br />
19
1º Parte<br />
2º Parte<br />
3º Parte<br />
Buscam-se<br />
informações sobre o<br />
sujeito da pesquisa por<br />
ele mesmo<br />
Buscam-se<br />
informações sobre o<br />
sujeito através do<br />
seu meio:<br />
Entrevistas e questionários<br />
(verbais e gravados).<br />
Observações<br />
Coletas de Dados<br />
Raízes históricas<br />
Influencias Culturais<br />
Funções exercidas na escola<br />
Organização e Estrutura do<br />
local de trabalho, etc.<br />
Análise e confrontação das informações obtidas pelos<br />
momentos anteriores e com referencial teórico proposto<br />
pelo pesquisador.<br />
20
6 CRONOGRAMA<br />
ATIVIDADES<br />
V 2011/2 VI 2012/1 VII 2012/2<br />
Elaboração de perguntas x<br />
Entrevista com alunos x<br />
Entrevista com Professores x<br />
Análise do trabalho x<br />
Redigir TCC x x<br />
Banca x<br />
Revisão x
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
ANDRADE, Luciane; BORGES, Silvia; ET AL. História da origem do Curso de<br />
Pedagogia do Campus de Sinop. Trabalho apresentado à disciplina de Filosofia (Manuscrito)<br />
6p, Curso de Pedagogia, UNEMAT Campus Universitário de Sinop. Sinop, 2010.<br />
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 5. ed.<br />
São Paulo: Atlas, 2001<br />
GUARNIERI, Maria Regina(org.), M. R. (2005). Aprendendo a ensinar: o caminho nada<br />
suave da docência (2ª edição ed.). Campinas, São Paulo: Autores Associados.<br />
Federal, G. (08 de maio de 2008). PORTUGUÊS: Um nome, muitas linguas. Um Salto para o<br />
Futuro .<br />
Fundamental, M. D. (1997). Parâmetros Curriculares Nacionais: Lingua Portuguesa.<br />
Brasília.<br />
Luzia Schalkoski Dias, M. L. (2008). Estudos lingüísticos: dos problemas estruturais aos<br />
novos campos. Curitiba: Ibpex.<br />
SANTOS, L. I. S. Língua Inglesa em anos iniciais do Ensino Fundamental: fazer<br />
pedagógico e formação docente. São José do Rio Preto, SP. Tese de Doutorado. Universidade<br />
Estadual Paulista, 2009<br />
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 21. ed. rev. e ampl.<br />
São Paulo: Cortez, 2000.<br />
TRIVIÑOS, Augusto Silva. Introdução a pesquisa em ciências sociais. 6 ed. São Paulo:<br />
Atlas, 1987.(pg 121 a 153)<br />
WIKIPÉDIA. Enciclopédia livre, artigo Sinop, disponível em<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinop. Acesso em 04. Maio.2011.<br />
UNEMAT- CAMPUS/Sinop. Disponivel em http://www.unemat-net.br/ver_curso.php?id=8<br />
acesso em 04.maio.2011.<br />
.