13.04.2013 Views

Revista Eu Visto esta Camisa - Família de Caná

Revista Eu Visto esta Camisa - Família de Caná

Revista Eu Visto esta Camisa - Família de Caná

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Associação <strong>Família</strong> <strong>de</strong> <strong>Caná</strong><br />

A FAZENDA RECANTO DE CANÁ<br />

TEMPO DE ADAPTAÇÃO E DESINTOXICAÇÃO<br />

“Em 1992, a Associação Feminina <strong>de</strong> Assistência Social, por inicia va<br />

<strong>de</strong> sua Presi<strong>de</strong>nte, Maria Ângela <strong>de</strong> Queiroz, doou à <strong>Família</strong> <strong>de</strong> CANÁ<br />

uma área, anexa ao nosso terreno. Havia benfeitorias e uma se<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>,<br />

a<strong>de</strong>quada ao nosso trabalho. Lá instalamos imediatamente a CASA DA<br />

ACOLHIDA.” (Pe. Osvaldo)<br />

Nessa casa, é cumprido o primeiro mês <strong>de</strong> internação. É um tempo<br />

<strong>de</strong> adaptação, em que o resi<strong>de</strong>nte apren<strong>de</strong> as rotinas e normas da<br />

comunida<strong>de</strong> terapêutica. A atenção está centrada na a<strong>de</strong>são ao<br />

tratamento, na promoção da abstinência e na <strong>de</strong>sintoxicação, através do<br />

trabalho, alimentação saudável e em horários regulares, sono em horário<br />

e duração a<strong>de</strong>quados, esportes, estudo e lazer.<br />

TEMPO DE REFORMULAR OS HÁBITOS<br />

Na COMUNIDADE DOM BOSCO, os internos cumprem a segunda<br />

etapa, do segundo ao quinto mês. A meta é conscien zar da necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> uma reformulação radical dos comportamentos contrários ao i<strong>de</strong>al <strong>de</strong><br />

uma vida pura, hon<strong>esta</strong> e verda<strong>de</strong>ira. Inicia-se a elaboração <strong>de</strong> um programa<br />

<strong>de</strong> prevenção da recaída, que prepare o resi<strong>de</strong>nte para enfrentar<br />

as situações que encontrará ao retornar ao convívio social: con itos familiares,<br />

pressões do ambiente <strong>de</strong> trabalho, os sen mentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sânimo,<br />

ansieda<strong>de</strong>, culpa, frustração e auto-pieda<strong>de</strong>, o apelo ao prazer, os relacionamentos<br />

afe vos e outros.<br />

HORA DE INICIAR O REGRESSO<br />

“Construímos a Casa Dom Bosco e, aproveitando o projeto arquitetônico<br />

e ‘dinheiro que cai do céu’, construímos ao mesmo tempo a<br />

CASA BEATO DAMIÃO”. (Pe. Osvaldo)<br />

Aí é cumprida a úl ma etapa do tratamento, do sexto ao nono mês,<br />

quando tem início o processo <strong>de</strong> reinserção social, através <strong>de</strong> visitas mensais<br />

aos familiares. A meta é o reforço das estratégias para reformulação do<br />

es lo <strong>de</strong> vida e a progressiva ressocialização, em ambiente que es mule a<br />

autonomia, o interrelacionamento, a busca da felicida<strong>de</strong>, a autoa rmação,<br />

a busca <strong>de</strong> sen do para a vida, a maturida<strong>de</strong>, o livre arbítrio.<br />

4<br />

<strong>Eu</strong> visto <strong>esta</strong> camisa<br />

Odilon Dias - www.osfoto.com.br<br />

“Meu nome é Márcio. Nasci, pela graça <strong>de</strong><br />

Deus, no conforto <strong>de</strong> um lar cristão, on<strong>de</strong> ve<br />

uma base moral e espiritual que poucos têm a<br />

felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> receber. Ainda assim, em algum<br />

lugar do meu caminho, me perdi. Afun<strong>de</strong>i no<br />

lamaçal da <strong>de</strong>pendência química. Conheci o<br />

“inferno”. Esse <strong>esta</strong>do durou 17 anos.<br />

Até que, ainda resistente e <strong>de</strong>sacreditando da<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recuperação, conheci a <strong>Família</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Caná</strong>. Encontrei a salvação. Cumpri um processo<br />

<strong>de</strong> nove meses e quei mais quatro meses<br />

como voluntário. Pretendo passar o resto da vida trabalhando nessa área.<br />

Sou um escolhido <strong>de</strong> Deus. Graças à Fazenda Recanto <strong>de</strong> <strong>Caná</strong>, pu<strong>de</strong> resgatar<br />

os meus valores, minha dignida<strong>de</strong>, e tomar nas mãos as ré<strong>de</strong>as da<br />

minha vida, segundo a vonta<strong>de</strong> do Pai.<br />

COMUNIDADE FEMININA PADRE EUSTÁQUIO<br />

“Por muito tempo sonhávamos<br />

com a criação <strong>de</strong> uma Casa <strong>de</strong> Recuperação<br />

para mulheres <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.<br />

Até que um dia, uma jovem<br />

advogada, que se entusiasmou com<br />

a idéia, se ofereceu para assumir a<br />

coor<strong>de</strong>nação. Tínhamos, junto à<br />

se<strong>de</strong>, em Belo Horizonte, uma casa,<br />

e no dia 29 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1997, cou<br />

<strong>de</strong> nida a instalação ali da Comunida<strong>de</strong><br />

Feminina Padre <strong>Eu</strong>stáquio. No<br />

dia 16 <strong>de</strong> junho recebemos a primeira candidata e até o m <strong>de</strong> junho estávamos<br />

com três internas.<br />

Caminhávamos cheios <strong>de</strong> esperança, quando a Coor<strong>de</strong>nadora, pouco<br />

experiente no trato com <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, não resis u ao <strong>de</strong>sa o e entregou<br />

o cargo. Haviam passado alguns meses e já nhamos pessoas com<br />

experiência na comunida<strong>de</strong>; resolvemos escolher, entre as internas, uma<br />

responsável pelo andamento da casa.<br />

Tivemos ainda muitos problemas, por falta <strong>de</strong> uma coor<strong>de</strong>nação mais<br />

rme, até que <strong>de</strong>cidimos contratar coor<strong>de</strong>nadoras que nunca foram <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> drogas. Tudo melhorou e <strong>esta</strong>mos numa fase boa”. (Pe. Osvaldo)<br />

“Quero agra<strong>de</strong>cer <strong>de</strong> coração a todos os que me ajudaram nessa mudança<br />

<strong>de</strong> caminho, a conquistar uma VIDA NOVA. Vou rezar por todos”. Ao<br />

terminar a caminhada, sen ndo-se ‘forte e <strong>esta</strong>bilizada”, a Viviane sai da<br />

Comunida<strong>de</strong> com um projeto <strong>de</strong> vida: “montar e trabalhar a sua fazenda”,<br />

que se encontrava meio abandonada. Para reconstruir a vida, leva da comunida<strong>de</strong><br />

“as ferramentas da disciplina,oração e trabalho, o amor à vida e à<br />

natureza, valores que a droga <strong>de</strong>strói”. No nal<br />

do processo, sente “emoção pela lembrança <strong>de</strong><br />

quando chegou,sem con ança e <strong>de</strong>sestruturada”.<br />

A rma que foi importante para a sua recuperação<br />

a acolhida da Comunida<strong>de</strong>, “a solidarieda<strong>de</strong>,<br />

o apoio das companheiras, que, com o<br />

próprio exemplo, abriram para as novatas uma<br />

nova perspec va e mostraram que é possível<br />

superar o problema da <strong>de</strong>pendência “.<br />

Antes da internação, os candidatos são subme dos a uma<br />

TRIAGEM através <strong>de</strong> avaliação médica, psicológica e social, em<br />

que se apura se preenchem as condições para a internação.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!