MEMÓRIAS DE UM EX-CADETE DA AERONÁUTICA - ReservAer
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O Ministro e os integrantes da comitiva só souberam do ocorrido<br />
após o pouso.<br />
90<br />
O Miranda, quando tenente instrutor na Escola de Aeronáutica,<br />
recebeu a missão de pilotar uma aeronave ‘North Americam’ T-6,<br />
sobre a região de Andrelandia, conduzindo um major do Exercito,<br />
observador aéreo. Antes, foi ao Parque Aeronáutico de Lagoa<br />
Santa, em Belo Horizonte, apanhar a aeronave que havia sido<br />
totalmente recondicionada.<br />
Com aquele T-6 zero quilometro, dirigiu-se a Andrelândia,<br />
onde permaneceu por quatro dias conduzindo o major em suas<br />
observações. Terminada a missão, o major solicitou que o Miranda<br />
deixasse-o em Três Corações, onde servia.<br />
No trajeto de Três Corações para o Campo dos Afonsos, ao<br />
sobrevoar a Serra dos Órgãos, o motor da aeronave começou a<br />
soltar fumaça. Esta penetrava na cabine e, além de intoxicá-lo,<br />
tirava sua visibilidade dos instrumentos.<br />
Ao invés de saltar de pára-quedas, como recomendava o<br />
regulamento em caso de fogo no motor, Miranda resolveu pousar,<br />
pois não queria perder aquele avião tão novo. Procurou, a seguir,<br />
uma área entre as montanhas que permitisse o pouso e, felizmente,<br />
encontrou uma.<br />
Fez a aproximação com o trem de pouso abaixado e a bateria e<br />
o combustível cortados, pois a área era plana, limpa, com capim<br />
baixo e ele não queria danificar o avião.<br />
Quase tocando o solo, percebeu reflexo do sol no chão,<br />
indicando que a área era pantanosa. Não podendo arremeter, por<br />
haver cortado a bateria e o combustível, com a velocidade de cento