MEMÓRIAS DE UM EX-CADETE DA AERONÁUTICA - ReservAer
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Após a ocupação da Áustria pela Alemanha, havia passado<br />
para a Força Aérea Alemã. Conhecera Hitler, pessoalmente, e<br />
dizia que o magnetismo deste, era visível e impressionante.<br />
Finda a guerra fora, inicialmente, residir na Argentina. De lá<br />
viera para o Brasil, na década de 1950.<br />
Contava várias histórias da guerra e ensinou a minha turma<br />
de aulas a cantar ‘Lili Marlene’ (canção de sucesso na Alemanha<br />
durante o conflito). Nós encarnávamos muito nele, pois não<br />
possuía a malícia brasileira para entender que estávamos de<br />
gozação.<br />
Um colega dormia durante sua aula, quando ele perguntou à<br />
turma porque razão aquele aluno dormia. Alguém respondeu que<br />
era porque havia passado a noite em claro, chorando, ao receber a<br />
noticia de que a mãe era uma prostituta. O professor, acreditando<br />
no que lhe diziam, condoeu-se do aluno, ficando penalizado e<br />
tentando consolá-lo quando este mais tarde acordou, sem que o<br />
próprio entendesse o que estava se passando. Após o fato começou,<br />
até, a corrigir suas provas com mais benevolência.<br />
Uma vez por ano efetuávamos uma marcha e um<br />
acampamento, em local distante da escola. Em 1961 estivemos em<br />
Barroso, em 1962, no Salgado e, em 1963, na Fazenda Pombal. Ao<br />
nos deslocarmos para o sitio do acampamento, passávamos,<br />
obrigatoriamente, por um asilo de loucos existente no caminho<br />
(Hospital Colônia de Barbacena), com um efetivo de quase três mil<br />
e quinhentos pacientes internados.