Tese Patricia Maria Contente Moraes-Riodades.pdf - Caunesp
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2002). No entanto, M. rosenbergii tolera níveis de 2 mg/L sem estresse e abaixo de 1 mg/L começa a ocorrer mortalidade (Zimmerman, 1998; Boyd & Zimmerman, 2000). Deve-se destacar que a sobrevivência em baixas concentrações de oxigênio depende do tempo de exposição, da saúde e tamanho dos animais, temperatura e outras variáveis ambientais (Boyd & Tucker, 1998). De um modo geral, neste experimento as médias de oxigênio variaram entre 7 e 8 mg/L em todos os tratamentos. Porcentagens de saturação acima de 100% ocorreram à tarde. Embora isso não traga benefícios aparentes para a respiração dos crustáceos (Boyd & Tucker, 1998) indica boa oxigenação. Provavelmente, as condições foram adequadas para o desenvolvimento de M. amazonicum. O oxigênio dissolvido é um dos principais fatores limitantes à intensificação da carcinicultura. Com o aumento da densidade populacional, deve-se aumentar a alimentação. Com isso, a respiração da espécie alvo e dos microorganismos aumenta, podendo reduzir o oxigênio dissolvido a níveis muito baixos. No entanto, o manejo utilizado neste experimento mostrou-se eficiente, permitindo a intensificação do cultivo de M. amazonicum até a estocagem de 80 PL/m 2 sem alterações nos níveis de oxigênio dissolvido. Embora tenha sido constatada diferença significativa no teor desse gás à tarde entre 10 e 20 PL/m 2 , não há nenhum motivo para supor aumento no consumo com a intensificação, porque o valor obtido em 80/m 2 foi muito próximo da média do tratamento 10/m 2 . Além disso, todos os valores foram muito próximos no período da manhã. A faixa ótima de pH para o desenvolvimento e saúde da maioria dos animais de água doce é 6,5 a 9,0 (Boyd & Tucker, 1998). Timmons et al. (2002) recomendam os níveis de 6,5 a 8,5 para aqüicultura, enquanto que Boyd & Zimmerman (2000) recomendam a faixa de 7 a 8,5 como ideal para a produção de M. rosenbergii. No entanto, segundo Sandifer & Smith (1985) esta 85
espécie foi cultivada no sudeste dos Estados Unidos da América, em águas com o pH variando entre 6,0 e 10,5 sem efeito adverso aparente. Neste trabalho, o pH variou entre 6,17 e 9,60, mas as médias estiveram entre 7,20 e 8,20. A amônia é o principal composto nitrogenado excretado pelos crustáceos e também resulta da decomposição de matéria orgânica pelos microorganismos (Boyd & Tucker, 1998). Para cada kg de ração (20-40% de proteína bruta) aplicada no viveiro, cerca de 30g de amônia total serão excretadas na água (Boyd & Tucker, 1998). A toxidez da amônia depende da proporção entre as formas ionizadas e não ionizadas, que por sua vez, dependem do pH. Portanto, os efeitos tóxicos da amônia variam ao longo do ciclo de 24 horas. Timmons et al. (2002) recomendam que amônia total deve estar em níveis menores que 3 mg/L em aqüicultura de águas quentes, enquanto que New (2000) recomenda níveis inferiores a 0,5 mg/L em pH 9,5 para M. rosenbergii. Os valores obtidos no presente experimento foram sempre menores que estes e, portanto, não devem ter afetado o desenvolvimento de M. amazonicum. De forma similar ao que foi discutido para o oxigênio, os resultados indicam que a intensificação não elevou a amônia até níveis impróprios para o cultivo. O nitrito aparece em concentração muito baixa em viveiros de aqüicultura porque é rapidamente convertido em nitrato devido ao processo de nitrificação (Boyd & Tucker, 1998). Timmons et al. (2002) recomendam níveis de nitrito menores que 1 mg/L, mas New (2002) afirma que concentrações inferiores a 2 mg/L são adequadas para M. rosenbergii. No presente trabalho, os níveis observados foram muito inferiores a estes. Baixa concentração de nitrito indica que a amônia liberada está sendo rapidamente assimilada pelo fitoplâncton e que o processo de nitrificação está ocorrendo adequadamente. Portanto, sugere bom funcionamento biológico dos viveiros. 86
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2002). No entanto, M. rosenbergii tolera níveis de 2 mg/L sem estresse e abaixo de 1 mg/L<br />
começa a ocorrer mortalidade (Zimmerman, 1998; Boyd & Zimmerman, 2000). Deve-se destacar<br />
que a sobrevivência em baixas concentrações de oxigênio depende do tempo de exposição, da<br />
saúde e tamanho dos animais, temperatura e outras variáveis ambientais (Boyd & Tucker, 1998).<br />
De um modo geral, neste experimento as médias de oxigênio variaram entre 7 e 8 mg/L em todos<br />
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Porcentagens de saturação acima de 100% ocorreram à tarde. Embora isso não traga<br />
benefícios aparentes para a respiração dos crustáceos (Boyd & Tucker, 1998) indica boa<br />
oxigenação. Provavelmente, as condições foram adequadas para o desenvolvimento de M.<br />
amazonicum.<br />
O oxigênio dissolvido é um dos principais fatores limitantes à intensificação da<br />
carcinicultura. Com o aumento da densidade populacional, deve-se aumentar a alimentação. Com<br />
isso, a respiração da espécie alvo e dos microorganismos aumenta, podendo reduzir o oxigênio<br />
dissolvido a níveis muito baixos. No entanto, o manejo utilizado neste experimento mostrou-se<br />
eficiente, permitindo a intensificação do cultivo de M. amazonicum até a estocagem de 80 PL/m 2<br />
sem alterações nos níveis de oxigênio dissolvido. Embora tenha sido constatada diferença<br />
significativa no teor desse gás à tarde entre 10 e 20 PL/m 2 , não há nenhum motivo para supor<br />
aumento no consumo com a intensificação, porque o valor obtido em 80/m 2 foi muito próximo da<br />
média do tratamento 10/m 2 . Além disso, todos os valores foram muito próximos no período da<br />
manhã.<br />
A faixa ótima de pH para o desenvolvimento e saúde da maioria dos animais de água doce<br />
é 6,5 a 9,0 (Boyd & Tucker, 1998). Timmons et al. (2002) recomendam os níveis de 6,5 a 8,5<br />
para aqüicultura, enquanto que Boyd & Zimmerman (2000) recomendam a faixa de 7 a 8,5 como<br />
ideal para a produção de M. rosenbergii. No entanto, segundo Sandifer & Smith (1985) esta<br />
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