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2.4.2. Investimentos Os investimentos correspondem ao capital imobilizado no projeto, que gera diversos custos. Os investimentos considerados para a instalação da fazenda hipotética do camarão-da- amazônia foram: projeto técnico, legalização da atividade, levantamento topográfico e plantas, obras civis (construção dos viveiros, bacia de tratamento dos efluentes, postiação e energia elétrica, almoxarifado, escritório), análises iniciais da água e do solo, equipamentos (balanças, oxímetro, peagômetro, redes), veículos (caminhonete e motocicleta), computador e mobília, e outros utensílios (caixas de isopor, baldes etc). Os preços de cada item foram obtidos na região de Belém no período de setembro a dezembro de 2004. No caso dos equipamentos não disponíveis na região, considerou-se o seu preço na cidade do fornecedor, acrescido do frete até a fazenda. O investimento considerado foi o mesmo para todas as densidades de estocagem. 2.4.3. Custos de Produção Os custos de produção referem-se aos valores dos fatores de produção utilizados (Scorvo- Filho et al., 2004). Estes incluem os custos de oportunidade, que referem-se ao rendimento sacrificado (perdido) devido à instalação do projeto, tais como trabalho próprio do empresário e de sua família, rendimento do capital usado e arrendamento da terra para outra atividade (Shang, 1990). Jolly & Clonts (1993) chamam as despesas operacionais de custos explícitos e os custos de oportunidade somados à depreciação dos bens de custos implícitos. No Brasil, consideram-se duas estruturas de custos de produção: o custo total de produção e o custo operacional de produção (Scorvo-Filho et al., 2004). A primeira considera todas as despesas operacionais mais a depreciação, os juros sobre o capital circulante e as remunerações 32
da terra, do investimento e do empresário. A segunda considera apenas as despesas operacionais, os juros sobre o capital circulante e a depreciação. Os custos totais de produção podem ser divididos em fixos e variáveis. Os custos fixos são aqueles que não se alteram com a quantidade produzida. Os custos variáveis são aqueles que dependem do volume de produção. Foram considerados, neste trabalho, como custos fixos a depreciação dos investimentos iniciais e as remunerações da terra, do capital fixo e do empresário. Estes foram constantes para as quatro densidades de estocagem. A depreciação foi calculada pelo método linear (Shang, 1990), dividindo-se o valor do bem menos o valor de sucata pela vida útil esperada. A vida útil dos bens foi definida com base no regulamento do imposto de renda do Governo Federal do Brasil (Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999). A remuneração do capital investido foi calculada a uma taxa de 12% ao ano sobre o valor do capital médio investido. A remuneração da terra foi R$ 1,00/ha/ano, valor fornecido pelo ITERPA, Instituto de Terras do Pará. Consideraram-se 1,5 salários mínimos por mês como remuneração do empresário pelas horas de trabalho na produção. Considerou-se o investimento isento do imposto territorial rural. Os custos variáveis considerados foram os seguintes: Pós-larvas (PL): considerou-se a compra de PL para estocar os 23 viveiros/ciclo de acordo com a densidade de estocagem considerada. O preço das pós-larvas foi estimado em R$ 14,00 o milheiro. Este valor foi definido com base em análises econômicas referentes a larviculturas do camarão-da-amazônia no Estado do Pará e em São Paulo (Vetorelli, 2004). Dieta: considerou-se uma taxa de conversão alimentar de 3:1 e o preço de 1,10/kg. Esterco bovino: considerou-se um gasto de 3 t/ha/ciclo a um preço de R$ 38,00/t. Calcário: considerou-se um gasto de 1 t/ha/ciclo a um preço de R$ 26,00/t. 33
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da terra, do investimento e do empresário. A segunda considera apenas as despesas operacionais,<br />
os juros sobre o capital circulante e a depreciação.<br />
Os custos totais de produção podem ser divididos em fixos e variáveis. Os custos fixos<br />
são aqueles que não se alteram com a quantidade produzida. Os custos variáveis são aqueles que<br />
dependem do volume de produção.<br />
Foram considerados, neste trabalho, como custos fixos a depreciação dos investimentos<br />
iniciais e as remunerações da terra, do capital fixo e do empresário. Estes foram constantes para<br />
as quatro densidades de estocagem. A depreciação foi calculada pelo método linear (Shang,<br />
1990), dividindo-se o valor do bem menos o valor de sucata pela vida útil esperada. A vida útil<br />
dos bens foi definida com base no regulamento do imposto de renda do Governo Federal do<br />
Brasil (Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999). A remuneração do capital investido foi<br />
calculada a uma taxa de 12% ao ano sobre o valor do capital médio investido. A remuneração da<br />
terra foi R$ 1,00/ha/ano, valor fornecido pelo ITERPA, Instituto de Terras do Pará.<br />
Consideraram-se 1,5 salários mínimos por mês como remuneração do empresário pelas horas de<br />
trabalho na produção. Considerou-se o investimento isento do imposto territorial rural.<br />
Os custos variáveis considerados foram os seguintes:<br />
Pós-larvas (PL): considerou-se a compra de PL para estocar os 23 viveiros/ciclo de<br />
acordo com a densidade de estocagem considerada. O preço das pós-larvas foi estimado em R$<br />
14,00 o milheiro. Este valor foi definido com base em análises econômicas referentes a<br />
larviculturas do camarão-da-amazônia no Estado do Pará e em São Paulo (Vetorelli, 2004).<br />
Dieta: considerou-se uma taxa de conversão alimentar de 3:1 e o preço de 1,10/kg.<br />
Esterco bovino: considerou-se um gasto de 3 t/ha/ciclo a um preço de R$ 38,00/t.<br />
Calcário: considerou-se um gasto de 1 t/ha/ciclo a um preço de R$ 26,00/t.<br />
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