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Tese Patricia Maria Contente Moraes-Riodades.pdf - Caunesp

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2004). Atualmente, essa produção encontra-se estabilizada em 400 toneladas anuais (Valenti,<br />

2004a).<br />

Como a carcinicultura de água doce praticada no Brasil está embasada em uma única<br />

espécie exótica, esta corre sérios riscos. O surgimento de problemas com esta espécie pode causar<br />

um colapso na atividade. Além disso, M. rosenbergii é uma espécie de origem asiática e não há<br />

estudos referentes ao impacto de sua liberação em ambientes naturais brasileiros. O escape de<br />

espécies exóticas cultivadas tem sido responsável por vários problemas ambientais, tais como a<br />

competição e/ou predação em relação às espécies nativas, alterações de habitats e disseminação<br />

de patógenos (Bridger & Garber, 2002; Myrick, 2002). O grande desenvolvimento da produção<br />

de M. nipponense na China mostra a importância e a viabilidade do uso das espécies nativas para<br />

o cultivo. Três espécies de camarões de água doce com grande potencial para o cultivo ocorrem<br />

naturalmente no Brasil: Macrobrachium acanthurus, Macrobrachium amazonicum e<br />

Macrobrachium carcinus (Valenti, 1993). Embora alguns aspectos da biologia dessas espécies já<br />

tenham sido estudados, faltam pesquisas direcionadas para o desenvolvimento de tecnologia de<br />

produção.<br />

Entre os camarões nativos, M. amazonicum merece destaque. Essa espécie é conhecida<br />

como camarão regional no Estado do Pará (<strong>Moraes</strong>-<strong>Riodades</strong> et al., 1999), camarão canela e<br />

camarão sossego em outras regiões do Brasil (Valenti, 1985) e, atualmente, vem sendo chamada<br />

de camarão-da-amazônia. Apresenta ampla distribuição geográfica, ocorrendo desde a Venezuela<br />

até o Estado do Paraná. Habita as bacias Amazônica, do Orenoco, do São Francisco, do Paraná,<br />

rios do Nordeste e do Centro-Oeste (Holthuis, 1952; Davant, 1963; Bialetzki et al., 1997). Supõe-<br />

se que tenha sido introduzido em algumas dessas regiões, mas está totalmente adaptado (Gurgel<br />

& Matos, 1984; Magalhães, 1999). A espécie M. amazonicum vem sendo largamente explorada<br />

pela pesca artesanal na região Nordeste (Gurgel & Matos, 1984) e nos Estados do Pará e Amapá<br />

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