Direito educacional e educação no século XXI ... - unesdoc - Unesco

11 ) reconhecimento de que a inteligencia nao pode ser conceituada apenas como capaci-
dade de resolver problemas pela repetiçâo ou aplicaçâo de fórmulas já conhecidas, urna
vez que ela envolve também a capacidade de resolver novos problemas com novas fór­
mulas e questóes de relacionamento, além da capacidade de criar novos produtos na
cultura local, regional, nacional e internacional. Daniel GOLEMAN salienta a respeito
que, "fioje, é a neurociência que défende levarse a serio as emocöes. Äs novas da ciencia sao encorajadora
Dizem-nos que, se dermos mais atençâo sistemática à inteligencia emocional - ao aumento da
autoconsciência, a lidar mais eficientemente com nossos sentimentos aflitivos, monter o otimismo e a
perseveran^ apesar das frustrates, aumentar a capacidade de empatia e envolvimento, de cooperaçâo
e ligaçao social -, o futuro pode ser mais esperançoso" 94 ;
12) respeito e valorizaçâo das diferentes habilidades da inteligencia, as quais interagem en­
tre si, sempre cada pessoa se destacando por urna délas. Daí a necessidade de a Educa-
cao levar em conta que cada aluno pode ter urna aprendizagem mais rápida se o ensino
lhe for transmitido com o enfoque na habilidade de sua inteligencia que ele tem mais
desenvolvida, ou seja, a lingüística, a lógica, a musical, a naturalista, a intrapessoal, a
interpessoal, a cinestésica, a espacial ou outra que ainda possa vir a ser descoberta 95 .
2.4.19. Cabe ao Estado garantir equalizaçâo e qualidade
Ao implementar essas e outras mudanças, a escola estará se aparelhando e se adequando
para melhor assumir seu papel no processo de democratizaçâo do saber que a humanidade
já produziu, cabendo ao Estado garantir os meios para a equalizaçâo das oportunidades
educacionais.
Na expressáo sintética de Joäo Manoel PEIL, "urna instituiçâo de ensino corn maior responsabilidade
educacional e social, para que aprésente melhor desempenho, deve estar apoiada por programas, projetos e
94 a
GOLEMAN, Daniel - Inteligencia Emocional; a Teoría Revolucionaria que Redefine o que é Ser \nteligente. 15 ed. Rio de
Janeiro: Objetiva. 1996. (Tr. Marcos Santarrita). p.II.
95
Damos, a seguir, urna síntese do conceito de cada urna dessas habilidades da inteligencia que citamos, sugerindo a leitura
dos diversos livros de Howard GARDNER, professor da Universidade de Harvard, como Estruturas da mente: a teoría
das inteligencias múltiplas; Inteligencias múltiplas: a teoría na prática; Mentes que criam-, Mentes que lideram: urna anatomía da
ca, todos publicados pela Editora Artes Médicas. O que consideramos como habilidades da inteligencia em permanente
¡nteraçâo, Gardner identifica como tipos diferentes de inteligencia. Essas habilidades podem ser assim sintetizadas: a)
lingüística: habilidade com linguagem verbal e escrita; b) lógica: ligada ao raciocinio abstrato, lógico ou matemático; c)
musical: compreensâo e criaçâo de estruturas compostas de sons; dl naturalista: permite diferenciar e usar elementos
do meio ambiente; e) intrapessoal: capacidade de diferenciar sentimentos e racionalizar características mentais; f)
interpessoal: possibilita distinguir intençôes e sentimentos alheios; g) cinestésica: habilidade para usar o corpo ou
parte dele de forma extremamente especializada; e h) espacial: ligada à percepçâo, reproduçâo e criaçâo de imagens.
Um resumo desses tipos de inteligencia foi divulgado pelo jornal Comió Braziliense, do dia 13 de outubro de 1996, no
caderno Cidade, p. 8.
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