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Direito educacional e educação no século XXI ... - unesdoc - Unesco

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1 ) em primeiro lugar, definiçâo de principios educativos que derrubem as barreiras entre<br />

cultura, ciencia, tec<strong>no</strong>logía e o cotidia<strong>no</strong> de alu<strong>no</strong>s e professores;<br />

2) democratizaçâo da administraçâo escolar;<br />

3 ) planejamento das mudanças ( inclusive da filosofía pedagógica e da opçâo metodológica<br />

da escola) com a participacäo da comunidade;<br />

4) compromisso da direçâo com as mudanças que se fizerem necessárias e com a busca<br />

dos recursos materials e financeiros para sua concretizaçâo;<br />

5) envolvimento da comunidade com os objetivos educacionais;<br />

6) valorizaçâo e desenvolvimento de seus recursos huma<strong>no</strong>s, especialmente com melhor<br />

remuneraçâo e treinamento dos professores, para a implantaçâo das mudanças administrativas,<br />

pedagógicas e didáticas plánejadas;<br />

7) modernizaçao do ambiente físico e da infra-estrutura da escola para torná-la um lugar<br />

agradável, belo e confortável. Burrhus Frederic SKINNER, em seu livro Contingencias do<br />

Reforço, reserva todo um capítulo para destacar o papel do meio ambiente e do "arranjo<br />

das contingencias de reforço que acelera a aprendizagem. Um alu<strong>no</strong> aprende sem que Ihe ensinem, ma<br />

aprenderá mais eficientemente soè condiçoes favoráveis" ";<br />

8) modernizaçao dos equipamentos e instrumentos didáticos, priorizando as <strong>no</strong>vas técnicas<br />

de comunicaçâo audiovisual e a informatizaçâo (lembramos aqui que a informática<br />

já é, e será cada vez mais, indispensável <strong>no</strong> processo educativo, em qualquer setor do<br />

conhecimento huma<strong>no</strong>);<br />

9) apoio e incentivo as <strong>no</strong>vas experiencias e pesquisas de alu<strong>no</strong>s e professores, objetivando,<br />

dentre outras coisas, aumentar a probabilidade de que o alu<strong>no</strong> saberá aplicar, na vida<br />

prática e profissional, o que adquiriu com a aprendizagem escolar 92 ;<br />

10) valorizaçâo do alu<strong>no</strong> como ser participante de sua propria construçâo e responsável<br />

maior pela conquista de sua liberdade e realizaçâo pessoal, com experiencias, características<br />

e ritmos de aprendizagem próprios, que devem ser respeitados, como ensinava<br />

lean PIAGET e continua ensinando o atual construtivismo 93 ;<br />

91 SKINNER, Burrhus Frederic - Contigências do Reforço. Sao Paulo: Abril. 1975. Coleçâo Os Pensadores, v. LI. p. 17.<br />

92 A sugestäo desse objetivo se justifica tendo em vista a necessidade de se superar urna negligencia que já vem sendo<br />

constatada desde SKINNER, que dizia: "]á que o professor é reforçado, quando o alu<strong>no</strong> responde corretamente, tentará lançar mâo de<br />

técnicas que o indumm a fazê-lo, mas a probabilidade de que o alu<strong>no</strong> responda de forma similar <strong>no</strong> futuro Çvai usar oque sabe') i negligenciada"<br />

( Id. Ibid. p. 17). Volume LI, Capítulo 75, p. lOlOe 1011).<br />

" Segundo lean Piaget, "inteligencia é adaptaçâo e sua funçâo é eslruturar o universo, da mesma forma que o organismo estrutura o meio<br />

anuiente, nao havendo diferenças essenciais entre os seres vivos, mas somente tipos específicos de problemas que implicam em níveis diversos<br />

de organizaçâo. As estruluras da inteligencia mudam através da adaptaçâo a situaçôes <strong>no</strong>vas e têm dois componentes-, a assimilaçâo e a<br />

acomodaçâo. Piaget entende o termo assimilaçâo com a acepçâo ampia de urna integraçâo de elementos <strong>no</strong>vos em estruluras ou esquemas ¡á<br />

existentes. A <strong>no</strong>çâo de assimilaçâo, por um iodo, implica a <strong>no</strong>çâo de significaçâo e por outro expressa o falo fundamental de que todo<br />

conhecimento está ligado a urna açâo e de que conhecer um objeto ou um aconlecimenlo é assimilâ-lo a esquemas de açâo. Em outras termos,<br />

confiecer, para Piaget, consiste em operar sobre o real e transformá-lo, a fim de compreendê-lo, em funçâo do sistema de transformaçâo a que<br />

eslío ligadas todas as açôes. Piaget de<strong>no</strong>mina esquema de açâo aquilo que numa açâo é transponível, generalizâvel ou diferenciável de urna<br />

situaçâo para a seguinte, ou seja, o que há de comum ñas diversas repetiçoes ou aplicaçoes da mesma açâo. Se alguns esquemas sâo simples<br />

[lalvez inatos e de natureza reflexa), a maioria deles nao corresponde a urna montagem hereditaria acabada; pelo contrarío, sao construidos<br />

pouco a pouco pelo individuo, dando lugar a diferenciaçôes através de acomodaçôes a situaçôes <strong>no</strong>vas. A acomodaçâo define-se como toda<br />

modificaçâo dos esquemas de assimilaçâo, por influencia de situaçôes exteriores. Toda vez que um esquema nao for suficiente para responder<br />

a urna situaçâo e resolver um problema, surge a necessidade do esquema modificarse em funçâo da situaçâo. Exempb: para o bebé aprender<br />

a chupar um canudinho diferente da mamadeira, deve haver urna acomodaçâo do esquema de chupar, assimilaçâo e acomodaçâo sâo,<br />

portante, mecanismos complementares, nâo havendo assimilaçâo sem acomodaçâo, e vice-versa. A adaptaçâo do sujeito ocorre através da<br />

equilibraçâo entre esses dois mecanismo, nao se tratando, porém, de um equilibrio estático, mas sim essencialmente ativo e dinámico. Em<br />

termos mais precisos, Irala-se de sucessôes de equilibraçôes cada vez mais ampias, que possibilitam as modificares dos esquemas existentes,<br />

a ¡im de atender à ruptura de equilibrio, representada pelas situaçôes <strong>no</strong>vas, para as quais nâo exista um esquema proprio' (Coleçâo Os<br />

Pensadores. Sao Paulo: Abril. 1975, v. LI, cap. 75, p. 1010).<br />

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