Direito educacional e educação no século XXI ... - unesdoc - Unesco
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dos municipios e dos estados para melhorar as condiçôes de trabalho e de vida dos profissionais da educacáo. 5.6.17. A Lei dá a abertura, mas o professor que se valoriza é que muda a realidade No entanto, é importante assinalar que: quem mais pode contribuir para a real valorizacáo da profissáo de professor é o proprio professor, desde que ele se conscientize de seu valor na sociedade, comece a acreditar mais em si mesmo e a mudar a si proprio. Assim, tomar-seá, a cada dia, um profissional mais competente e mais responsável, capaz de liderar e manter a disciplina pela autoridade que lhe confère a competencia e a capacidade pessoal de ser um amigo de seus alunos e muito mais um consultor à disposiçâo para estimulá-los e orientá-los na construçâo de suas estruturas e modos de pensar do que um mero transmissor de conhecimentos. Mais do que nunca, a missâo do professor deve ser a de habilitar seus alunos para, quando adultos, continuarem sendo como crianças curiosas diante do desconhecido e como jovens audazes diante dos desafios da evoluçâo do mundo contemporáneo. O mestre do futuro, além de ser um eterno aprendiz, deve ensinar seus alunos a fazerem de suas vidas urna permanente educacáo e urn crescimento ininterrupto Neste campo, o mestre da educacáo brasileira Anísio TEIXEIRA permanece sempre atual: "Se a biblioteca, de ceño modo já fizera o mestre um condutor dos estudos do aluno e nao propriamente o transmissor da cultura, os novos recursos tecnológicos e os meios audiovisuais Mo transformar o mestr estimulador e assessor do estudante, cuja atividade de aprendizagem deve guiar, orientando-o em meio dificuldades da aquisiçâo das estruturas e modos de pensar fundamentáis da cultura contemporánea de base científica em seus aspectos físicos e humanos. Mais do que o conteúdo do conhecimento em permanent expansäo, cabe-lhe, com efeito, ensinar ao jovem aprendiz a aprender os métodos de pensar das ciencias físico-matemáticas, biológicas e sociais, a fim de habilitá-lo a fazer de toda a sua vida urna vida de inst e estudos" m . O momento atual, mais do que qualquer outro da Historia da Humanidade, está a exigir dos professores muito mais do que conhecimentos gérais, preparo técnico, experiencia, dedicacao, equilibrio, serenidade, e entusiasmo. A necessidade real é a de urna nova atitude diante da educacáo, começando por um rompimento com as tradicionais e ultrapassadas ratinas do "magister dixit", as quais, como diz Edflia Coelho GARCIA, "continuam insuficientemente questionadas e, o que é pior, as vezes, ardorosamente defendidas pelos 'experientes'. (...)A experiencia nao qu onada se acompanha quase sempre de preconceitos, de um fechamento prejudicial aos necessários avanços (...) Sucessivamente, professores freqüentemente mal formados formam, freqüentemente mal, novos professo res que dardo, por sua vez, continuidade ao processo, ñas mesmas bases. E isto entrava tudo-. a propri educacáo, sem dúvida, em primeiro lugar, o desenvolvimento, em seguida, como decorrência. Aqui, pois, ser preciso dar um corte na tradiçao. (...) Em nossa escola, o exercício da reflexäo nao é urna constant TEIXEIRA, Anísio - "Mesíres de Amantó", in Educaçâo e Mundo Moderno. Säo Paulo: Nacional. 1965. -431 -
professor geralmente näo pensa, porque näo foi habituado a isto. Ele 'ensina'. Os alunos aprendem o que aprendem sem pensar, porque isto näo Iftes é exigido. O resultado é a falta do espirito crítico, que näo se senvolve-, da criatividade, que näo se exercita-, do hábito de questionamento, de independencia intelectual Urna nova atitude diante da educaçâo implica mudança de mentalidade e fortalecimento do espirito democrático e positivo. A verdadeira e profunda reforma do ensino começa de dentro para fora, e com cada professor, no trato diario com seus alunos. Nao é a lei que muda a realidade; ela apenas dá abertura para tal. As mudanças säo feitas pelas acóes diuturnas das pessoas humanas conscientes. É por isso que concordamos, mais urna vez, com Edília Coelho GARCIA, quando ela diz que a fundamental reforma de ensino é "aquela que restaure, ou simplesmente instale, no professor, o educador, aquela que signifique urna nova atitude do educador diante sua tarefaefaça dele um elemento atuante no processo de mudança do hörnern e da sociedade, um elemento consciente de seu papel no empreendimento educacional. Esta consciência implica dimensäo técnica e humana. Requer formacäo adequada e, como ingredientes desta, a crítica, a autocrítica, a atitude de permanente questionamento do sistema, da escola, de si mesmo e do trabalho que realiza. Envolve urna formacäo que assegure ao professor independencia intelectual associada à responsabilidade ética de aperfeiçoamento c nuo de seu trabalho" 3 . Em síntese, a LDB abre os caminhos para as mudanças que se fazem necessárias na educacao brasileira, mas o professor consciente de sua missäo como educador e que valoriza a si proprio e à sua profissâo é que muda a realidade de cada aula e de cada escola. Na ansia de melhorar sempre, contribuirá, assim, para a construçâo de urna nova educaçâo, um novo hörnern e urna nova sociedade. m GARCIA, Edília Coelho - "Como se está formando o professor, hoje", in Reuniâo Conjunta dos Consethos de Educaçâo-, 1963/1978. Brasilia: CEF/MEC/DDD. 1980, p. 805. 375 Id. Void. p. 804. -432-
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da educacáo.<br />
5.6.17. A Lei dá a abertura, mas o professor que se valoriza é que muda a realidade<br />
No entanto, é importante assinalar que: quem mais pode contribuir para a real valorizacáo<br />
da profissáo de professor é o proprio professor, desde que ele se conscientize de seu valor<br />
na sociedade, comece a acreditar mais em si mesmo e a mudar a si proprio. Assim, tomar-seá,<br />
a cada dia, um profissional mais competente e mais responsável, capaz de liderar e manter<br />
a disciplina pela autoridade que lhe confère a competencia e a capacidade pessoal de ser um<br />
amigo de seus alu<strong>no</strong>s e muito mais um consultor à disposiçâo para estimulá-los e orientá-los<br />
na construçâo de suas estruturas e modos de pensar do que um mero transmissor de conhecimentos.<br />
Mais do que nunca, a missâo do professor deve ser a de habilitar seus alu<strong>no</strong>s para, quando<br />
adultos, continuarem sendo como crianças curiosas diante do desconhecido e como jovens<br />
audazes diante dos desafios da evoluçâo do mundo contemporáneo. O mestre do futuro,<br />
além de ser um eter<strong>no</strong> aprendiz, deve ensinar seus alu<strong>no</strong>s a fazerem de suas vidas urna<br />
permanente educacáo e urn crescimento ininterrupto<br />
Neste campo, o mestre da educacáo brasileira Anísio TEIXEIRA permanece sempre atual: "Se<br />
a biblioteca, de ceño modo já fizera o mestre um condutor dos estudos do alu<strong>no</strong> e nao propriamente o<br />
transmissor da cultura, os <strong>no</strong>vos recursos tec<strong>no</strong>lógicos e os meios audiovisuais Mo transformar o mestr<br />
estimulador e assessor do estudante, cuja atividade de aprendizagem deve guiar, orientando-o em meio<br />
dificuldades da aquisiçâo das estruturas e modos de pensar fundamentáis da cultura contemporánea de base<br />
científica em seus aspectos físicos e huma<strong>no</strong>s. Mais do que o conteúdo do conhecimento em permanent<br />
expansäo, cabe-lhe, com efeito, ensinar ao jovem aprendiz a aprender os métodos de pensar das ciencias<br />
físico-matemáticas, biológicas e sociais, a fim de habilitá-lo a fazer de toda a sua vida urna vida de inst<br />
e estudos" m .<br />
O momento atual, mais do que qualquer outro da Historia da Humanidade, está a exigir dos<br />
professores muito mais do que conhecimentos gérais, preparo técnico, experiencia, dedicacao,<br />
equilibrio, serenidade, e entusiasmo. A necessidade real é a de urna <strong>no</strong>va atitude diante<br />
da educacáo, começando por um rompimento com as tradicionais e ultrapassadas ratinas<br />
do "magister dixit", as quais, como diz Edflia Coelho GARCIA, "continuam insuficientemente questionadas<br />
e, o que é pior, as vezes, ardorosamente defendidas pelos 'experientes'. (...)A experiencia nao qu<br />
onada se acompanha quase sempre de preconceitos, de um fechamento prejudicial aos necessários avanços<br />
(...) Sucessivamente, professores freqüentemente mal formados formam, freqüentemente mal, <strong>no</strong>vos professo<br />
res que dardo, por sua vez, continuidade ao processo, ñas mesmas bases. E isto entrava tudo-. a propri<br />
educacáo, sem dúvida, em primeiro lugar, o desenvolvimento, em seguida, como decorrência. Aqui, pois, ser<br />
preciso dar um corte na tradiçao. (...) Em <strong>no</strong>ssa escola, o exercício da reflexäo nao é urna constant<br />
TEIXEIRA, Anísio - "Mesíres de Amantó", in Educaçâo e Mundo Moder<strong>no</strong>. Säo Paulo: Nacional. 1965.<br />
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