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Direito educacional e educação no século XXI ... - unesdoc - Unesco

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Constata-se, de forma inconteste, com os dados desses dois quadros, que a participacäo da<br />

livre iniciativa <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> superior é efetivamente expressiva, pois ela é responsável por aco-<br />

lher um percentual dos alu<strong>no</strong>s matriculados em 1994, segundo dados de documentos do<br />

proprio Ministerio da Educaçâo e do Desporto, bem superior ao da rede pública.<br />

É importante salientar-se também que a contribuiçâo da rede privada para o ensi<strong>no</strong> superior<br />

se dá ñas mais diferentes áreas, nao se limitando as áreas de ciencias humanas, letras e<br />

artes. Os percentuais a seguir mostram o percentual que as matrículas ñas instituiçôes priva­<br />

das representam sobre o total das matrículas dos respectivos cursos: Fo<strong>no</strong>audiologia: 92,1%;<br />

Fisioterapia: 80,3%; Odontología: 52,3%; Enfermagem: 40,6%; Serviço Social: 64,0%;<br />

Processamento de Dados: 85,1%, etc.<br />

Com tal magnitude, fruto da omissáo secular do poder público, que chegou a estimular a<br />

expressiva expansáo ocorrida ñas décadas de 1970 e 1980, a rede particular de estabeleci-<br />

mentos de ensi<strong>no</strong> superior nao pode ser ig<strong>no</strong>rada em qualquer política ou decisáo sobre a<br />

educaçâo superior.<br />

O Reitor da Universidade Brás Cubas e Presidente da Associaçâo Nacional das Universidade<br />

Particulares, Mauricio CHERMANN, indagado pela Folha de Sao Paulo se "a criaçâo de <strong>no</strong>vas uni­<br />

versidades particulares vai favorecer o ensi<strong>no</strong> superior brasileiroT, respondeu: "Verificando a popu<br />

brasileira na faixa etária dos 18 aos 24 a<strong>no</strong>s, observamos que apenas 15% estäo cursando o terceiro grau<br />

Muito pouco para um país com pretensâo de ingressar <strong>no</strong> grupo daqueles classificados como desenvolvido<br />

Na mesma faixa etária, mais de 80% dos estudanles freqüentam a universidade na Coréia do Su/, e 60% <strong>no</strong><br />

Estados Unidos. O número de universitarios brasileños encontrase estagnado, há dez a<strong>no</strong>s, em tor<strong>no</strong> de\,5<br />

milfiäo de estudantes. (...) Se o Gover<strong>no</strong>, como vem divulgando, nao possui condiçôes para realizar <strong>no</strong>vos<br />

investimentos <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> superior, urna das soluçoes seria a formaçâo de parceria com as instituiçôes pa<br />

lares, auxiliando-as na melhoria da qualificaçâo de seus docentes-já que 74,38% das entidades de ensin<br />

superior existentes <strong>no</strong> Brasil e 56,63% dos cursos de graduaçâo estäo ñas escolas privadas - permitin<br />

aínda que as entidades particulares invistam, por sua conta e risco, na criaçâo de universidades ou amplia<br />

das existentes, o que muito contribuiría para ajudar a resolver o problema da demanda para o ensi<strong>no</strong><br />

superior, que ora se avizinha" 30 °.<br />

Säo palavras sensatas e oportunas, mas, para implementar urna política neste sentido, o<br />

MEC precisaría aperfeiçoar seu sistema de avaliaçâo e ser mais rigoroso <strong>no</strong> recredenciamento<br />

das instituiçôes privadas de ensi<strong>no</strong> superior, para garantir um padráo mínimo de qualidade<br />

<strong>no</strong> inicio do <strong>século</strong> <strong>XXI</strong>.<br />

CHERMANN, Mauricio - "Soluçao para a crescente demanda", in Fo/fiu de Säo Paulo. Sâo Paulo. 27 de ¡ulho de 1996, Opiniäo 1, p. 03.<br />

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