Direito educacional e educação no século XXI ... - unesdoc - Unesco
Direito educacional e educação no século XXI ... - unesdoc - Unesco Direito educacional e educação no século XXI ... - unesdoc - Unesco
nome indica, fundamental, tanto para o desenvolvimento individual da criança e do adoles cente, quanto para a eficiencia de sua integracáo na sociedade e para a sua produtividade no exercício de alguma atividade laboral. 5.5.2.3.1.2. Da última fase da infancia à pré-adolescência Ele representa, como diz Esther de Figueiredo FERRAZ, "o mínimo que urna sociedade civilizada pode oferecer a todos os seus membros, em termos de escolarizaçao. E oferecê-lo na idade apropriada corr pondente à última fase da infancia e à pré-adolescência, pois os atrasos que porventura se verifiquem na preslaçao educacional básica acarretam para o hörnern e a sociedade de que faz parte prejuízos de tal monta que, via de regra, se tornam insuscetíveis de reparacäo" 26 °. 5.5.2.3.1.3. Importancia da democratizacáo da escola fundamental É na escola fundamental, continua dizendo Esther FERRAZ: "que se forjará o hörnern comum de amanhä, o cidadäo cuja forma de ser, cuja maneira de agir e pensar, cuja capacidade de fazer representado urna das mais sólidas garantías da sobrevivencia e do desenvolvimento da Haçào. Pois se é verdade que sa nos graus ulteriores do ensino, máxime no de nivel superior, é que se toma possível a formaçâo das elites - e sem elites, pensantes e dirigentes, näo há povo que se possa autoconduzir - é exato também que as elites pouco ou nada poderäo fazer se a grande massa dos cidadâos näo tiver recebido aquele mínimo de educaçâo que Ihe permita compreendê-las, aceitá-las e acompanhá-las. Seräo elas como moinhos a girar no vazio, a despender energía sem gerar qualquer especie de produçâo" 26 '. 5.5.2.3.1.4. Influencia na economia nacional Martin CARNOY, após pesquisar a influencia do ensino fundamental na economia de diver sos países, cita um exemplo que é um argumento irrefutável da importancia deste nivel de ensino. Diz ele: "As taxas de retorno no ensino fundamental nesses países foram multo altas na década de 1970 e inicio da década de 1980, chegando a um valor medio de cerca de 27% para os homens. Isso significa que para cada individuo que leve essa educaçâo aumentou em US$ 27 em relaçâo a outros que näo concluíram o ensino fundamental (...) um retomo extremamente alto para qualquer investimento", 262 260 FERRAZ, Esther de Figueiredo - Alternativas da Educaçâo. Rio de laneiro: Livraria José Olympio, 1976, p. 90 261 \d. \bid, p. 97. 262 CARNOY Martin -Rams para Investir emEducaç äo Básica. New York: UNICEF. 1992. p. 31. -318-
5.5.2.3.2. Retrato estatístico do ensino público e privado e perspectivas para o Século XXI Um retrato estatístico do ensino fundamental, que elaboramos a partir de dados do IBGE, retirados do Anuario Estatístico do Brasil de 1994 263 , nos parece útil como primeiro passo para se conhecer parte importante e prioritaria da realidade para a qual a nova LDB foi elaborada: N° DE ESTABELECIMENTOS, ESCOLAS E ALUNOS NO ENSINO FUNDAMENTAL - 1993 BRASIL TOTAL FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL PARTICULAR ESCOLAS 195.544 123 46.433 136.030 13.358 PROFESSORES 1.346.285 1.910 728.200 435.818 180.357 ALUNOS 30.520.748 31.448 17.395.905 9.603.327 3.490.068 No dia 8 de outubro de 1996, o Diario Oficial da Uniáo publicou, como anexo da Portaría Ministerial do MEC n° 1.026, de 7 de outubro de 1996, os resultados preliminares do Censo Educacional de 1996, dos quais extraímos os dados para elaboraçâo do quadro a seguir, que nos dá urna visâo do número de matrículas no ensino fundamental das redes públicas estaduais e municipals, por unidade da Federacáo. ACRE ALAGOAS ENSINO FUNDAMENTAL PÚBLICO: MATRÍCULAS POR REDE E POR UNIDADE DA FEDERACÁO EM 1996 UNIDADE DA FEDERACÁO AMAZONAS AMAPÁ BAHÍA ,, CEARÁ ,'DjSTRÍTO FEDERAL ESPÍRITU SANTO "-COJAS ' " ''-' MARANHÄO NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS REDE ESTADUAL 77.021 159.940 292.461 58.086 t.236.284;;, '\¡p/ 455.131 - -326.670' -, ,,- 392.854 • - - 638.3 ¡f ''•''• r~\ 431.593 REDE MUNICIPAL 37.091 297.298 146.973 11.553 '\.;j/w ,L2?6.005,„^ 715.502 , ; ' ', ' , ~ , ',,
- Page 246 and 247: 5.4.42. Liberdade para integraçâo
- Page 248 and 249: no aluno, pois a aprendizagem é o
- Page 250 and 251: professor ( 15 de outubro), ou aind
- Page 252 and 253: Outro ponto que deve ser ressaltado
- Page 254 and 255: Nenhuma escola pode omitir-se total
- Page 256 and 257: 5.4.44. Incumbencias dos docentes U
- Page 258 and 259: pedal,, pelos próprios professores
- Page 260 and 261: 5.4.44.10. Urna postura de educador
- Page 262 and 263: Quanto as escolas particulares, nao
- Page 264 and 265: É importante ressaltar que os muni
- Page 266 and 267: Da forma como o inciso II do art. 2
- Page 268 and 269: Martin CARNOY, em seu livra Razöes
- Page 270 and 271: 5.5.2. Capítulo II: Da Educaçâo
- Page 272 and 273: HI - orientaçao para o trabalho; I
- Page 274 and 275: Percebe-se, desde já, que nao só
- Page 276 and 277: 1 ) prevalência dos aspectos quali
- Page 278 and 279: nessa Lei. Cada sistema de ensino e
- Page 280 and 281: 5.5.2.2. Seçâo II: Da Educaçâo
- Page 282 and 283: controle e supervisäo. Estimase, p
- Page 284 and 285: Divonzir Artur GUSSO, há quase vin
- Page 286 and 287: informaçôes e orientaçôes aos f
- Page 288 and 289: ordenando açôes e articulando pro
- Page 290 and 291: A resposta negativa a um destes par
- Page 292 and 293: Entretanto, é necessário ter imag
- Page 294 and 295: I ) toda criança tem sede de conhe
- Page 298 and 299: MINAS GERAIS -' MATO GROSSO DO SUL
- Page 300 and 301: fato de tnuitos nao "entenderem" as
- Page 302 and 303: 5.5.2.3.4.5. Liberdade de matrícul
- Page 304 and 305: a) o primeiro destes fatores é a e
- Page 306 and 307: essa aprendizagem e, logo em seguid
- Page 308 and 309: 5.5.2.3.7. O ensino fundamental reg
- Page 310 and 311: a) retirar do ensino religioso o se
- Page 312 and 313: 5.5.2.3.12. Criterios e formas para
- Page 314 and 315: duraçâo mínima será de très an
- Page 316 and 317: 5.5.2.4.4. Qualidade depende, princ
- Page 318 and 319: "I - destacará a educaçao tecnol
- Page 320 and 321: 5.5.2.4.12. Estruturas organizacion
- Page 322 and 323: ANO o. o ! o o' o * 1980 1995 POPUL
- Page 324 and 325: idade mínima estabelecida pela Lei
- Page 326 and 327: escolar - tanto do ensino fundament
- Page 328 and 329: internacional. Com base nos resulta
- Page 330 and 331: ço Nacional de Formaçâo Profissi
- Page 332 and 333: mensagem de incrível atualidade: "
- Page 334 and 335: 3) diferenciar educaçâo básica d
- Page 336 and 337: 5.5.4. Capítulo IV: Da Educaçâo
- Page 338 and 339: Art. 53. No exercícío de sua auto
- Page 340 and 341: BRASIL N° DE UNIVERSIDADES, INSTIT
- Page 342 and 343: Constata-se, de forma inconteste, c
- Page 344 and 345: 5.5A.b. Necessidade de revisäo do
<strong>no</strong>me indica, fundamental, tanto para o desenvolvimento individual da criança e do adoles<br />
cente, quanto para a eficiencia de sua integracáo na sociedade e para a sua produtividade <strong>no</strong><br />
exercício de alguma atividade laboral.<br />
5.5.2.3.1.2. Da última fase da infancia à pré-adolescência<br />
Ele representa, como diz Esther de Figueiredo FERRAZ, "o mínimo que urna sociedade civilizada<br />
pode oferecer a todos os seus membros, em termos de escolarizaçao. E oferecê-lo na idade apropriada corr<br />
pondente à última fase da infancia e à pré-adolescência, pois os atrasos que porventura se verifiquem na<br />
preslaçao <strong>educacional</strong> básica acarretam para o hörnern e a sociedade de que faz parte prejuízos de tal monta<br />
que, via de regra, se tornam insuscetíveis de reparacäo" 26 °.<br />
5.5.2.3.1.3. Importancia da democratizacáo da escola fundamental<br />
É na escola fundamental, continua dizendo Esther FERRAZ: "que se forjará o hörnern comum de<br />
amanhä, o cidadäo cuja forma de ser, cuja maneira de agir e pensar, cuja capacidade de fazer representado<br />
urna das mais sólidas garantías da sobrevivencia e do desenvolvimento da Haçào. Pois se é verdade que sa <strong>no</strong>s<br />
graus ulteriores do ensi<strong>no</strong>, máxime <strong>no</strong> de nivel superior, é que se toma possível a formaçâo das elites - e sem<br />
elites, pensantes e dirigentes, näo há povo que se possa autoconduzir - é exato também que as elites pouco ou<br />
nada poderäo fazer se a grande massa dos cidadâos näo tiver recebido aquele mínimo de educaçâo que Ihe<br />
permita compreendê-las, aceitá-las e acompanhá-las. Seräo elas como moinhos a girar <strong>no</strong> vazio, a despender<br />
energía sem gerar qualquer especie de produçâo" 26 '.<br />
5.5.2.3.1.4. Influencia na eco<strong>no</strong>mia nacional<br />
Martin CARNOY, após pesquisar a influencia do ensi<strong>no</strong> fundamental na eco<strong>no</strong>mia de diver<br />
sos países, cita um exemplo que é um argumento irrefutável da importancia deste nivel de<br />
ensi<strong>no</strong>. Diz ele: "As taxas de retor<strong>no</strong> <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> fundamental nesses países foram multo altas na década de<br />
1970 e inicio da década de 1980, chegando a um valor medio de cerca de 27% para os homens. Isso<br />
significa que para cada individuo que leve essa educaçâo aumentou em US$ 27 em relaçâo a outros que näo<br />
concluíram o ensi<strong>no</strong> fundamental (...) um retomo extremamente alto para qualquer investimento", 262<br />
260 FERRAZ, Esther de Figueiredo - Alternativas da Educaçâo. Rio de laneiro: Livraria José Olympio, 1976, p. 90<br />
261 \d. \bid, p. 97.<br />
262 CARNOY Martin -Rams para Investir emEducaç äo Básica. New York: UNICEF. 1992. p. 31.<br />
-318-