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Direito educacional e educação no século XXI ... - unesdoc - Unesco

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5.5.2.2.2. Diminuiçâo do período de educaçâo infantil e inicio do ensi<strong>no</strong> fundamental<br />

aos seis a<strong>no</strong>s de idade<br />

Hoje em dia, há, <strong>no</strong> mundo, urna tendencia para se incluir o último a<strong>no</strong> da pré-escola como<br />

primeiro do ensi<strong>no</strong> fundamental, urna vez que crianças com seis a<strong>no</strong>s de idade já demonstram<br />

habilidades que exigem <strong>no</strong>cöes de classificacáo, conservaçâo e seriaçâo ou ordenaçao,<br />

características do terceiro estágio que PIAGET descreve como operatório-concreto e que se<br />

desenvolvem, <strong>no</strong>rmalmente, na etapa inicial do ensi<strong>no</strong> fundamental.<br />

É provável, portante, que, <strong>no</strong> inicio do <strong>século</strong> <strong>XXI</strong>, a educaçâo infantil seja definida como a<br />

que vai de zero a cinco a<strong>no</strong>s de idade, passando a fase dos seis a<strong>no</strong>s a integrar o ensi<strong>no</strong><br />

fundamental, como já é permitido, mas nao obrigatório, na LDB vigente. É possível, pois, que<br />

o ensi<strong>no</strong> fundamental passe a ter a duraçâo de <strong>no</strong>ve a<strong>no</strong>s, ou que se reduza a idade média<br />

dos alu<strong>no</strong>s que o terminam, bem como, conseqüentemente, a dos que ingressam <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong><br />

medio<br />

5.5.2.2.3. Período de maior crescimento na vida<br />

Psicólogos, médicos, educadores, antropólogos, eco<strong>no</strong>mistas e outras especialistas sao unánimes<br />

em reconhecer a importancia do devido atendimento as crianças de zero a seis a<strong>no</strong>s<br />

de idade. Trabalhos científicos mais recentes confirmaram os mais antigos e comprovaram<br />

ser este período da vida o de maior crescimento, tanto físico como mental, o que levou,<br />

inclusive, à conclusâo de que a educaçâo infantil representa, como diz M. SELOWSKY, "investimiento<br />

em capital huma<strong>no</strong>".<br />

5.5.2.2.4. Quadro da educaçâo infantil <strong>no</strong> Brasil<br />

Todavía, urna educaçâo infantil de má qualidade - desintegrada dos sistemas educacionais,<br />

em creches e pré-escolas sem a mínima infra-estrutura e sem coordenaçâo pedagógica, com<br />

responsáveis que, muitas vezes, nem o diploma de ensi<strong>no</strong> fundamental possuíam, e com<br />

professores, orientadores, assistentes e diretores sem qualificaçâo adequada - e atendendo<br />

a um quantitativo muito pequeño das enancas, era o retrato que o Brasil expunha até a<br />

publicaçâo da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, o que indicava os baixos índices de<br />

investimento do Poder Público neste setor.<br />

O MEC, em 1993, ao apresentar sua proposta para a definiçâo de urna política nacional de<br />

educaçâo infantil, destacou alguns dados estatísticos sobre creches e pré-escolas que merecem<br />

ser aqui repetidos: "um número significativo áessas funciona sem vinculaçâo a qualquer sistema<br />

2 " SELOWSKY M. - Apud SILVA, Eurides Brito da - 'A antecipaçâo do inicio da escolarizaçâo", in Reuniäo Conjunta dos Conselhos<br />

de Educaçâo; 1963/1978. Brasilia: CFE/MEC/DDD. 1980, p. 780.<br />

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