Direito educacional e educação no século XXI ... - unesdoc - Unesco

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pedal,, pelos próprios professores está sintetizado na acertiva de Anthony ROBBINS: "A mai' or tragedia em educaçâo é que a maioria dos professores sabem suas materias, mas näo conhecem seus alunos. Näo sabem como seus estudantes processam informâmes, näo conhecem os sistemas representativos deles, näo sabem como trabalnar as suas mentes" m . Há professores que se preocupam muito em falar para os alunos, o mais rápidamente possí- vel, tudo o que sabem sobre o assunto da aula, esquecendo-se eles de que "a verdadeira habilidade de comunicaçao näo está em persuadir a pessoa ou grupo a fazer oque voce quer ou sujeitar-se aos outros, e sim construir situaçoes de real interesse comum, maiordo que os interesses individuáis consider isoladamente. 231 . Destarte, para haver realmente maior produtividade na aprendizagem, o professor tem obri- gaçâo de se preocupar com ela, zelando pelo sucesso de cada um dos seus alunos. 5.4.44.6. Estrategias de recuperaçâo A quarta incumbencia dos professores, de acordó com o inciso IV do art. 13, é estabelecer estrategias de recuperaçâo para os alunos de menor rendimento. Na maioria das escolas a recuperaçâo é feita de forma semelhante as aulas normáis, ou por meio da aplicaçâo de uma nova prova para o grupo dos alunos que näo obtiveram a média mínima para aprovaçâo. Via de regra, os alunos em recuperaçâo assistem algumas aulas a mais do que os já aprovados, e, depois, fazem uma nova prova. Ora, se as aulas comuns näo surtiram a desejada aprendizagem por parte dos alunos, alguma coisa deveria mudar durante a recuperaçâo. A dedicaçâo do professor a cada aluno em particular, levando em conta as peculiaridade de comunicaçao e de recepçâo, que podem ser diferentes de um para outro, é fator determinante para o éxito do aluno em recuperaçâo. Portante, estabelecer estrategias de recuperaçâo é, antes de tudo, estabelecer novas estrategias de ensino e de aprendizagem para os alunos que näo superaram as dificuldades do processo anterior de aprendizagem. Um aluno, conforme já salientamos, pode possuir variantes do modo de percepçao sensorial muito diferentes das de outro aluno. Por isso, quando o professor consegue identificar e respeitar a forma preferencial que seu aluno tem de perceber a realidade, pode utilizar instru­ mentos, técnicas e metodologías mais adaptadas de ensino para o sucesso da aprendiza­ gem, especialmente no período de recuperaçâo. 230 ROBBINS, Anthony - Poder Sem Limites. Sao Paulo: Best Seller, Círculo do Livra e PRONET. 1987. v. 2, p. 23 5. SPRITZER, Sergio - A espiral de mudanças. 2 a ed.. Porto Alegre: Ortiz, 1994. p.50. -278-

5.4.44.7. Ministrar as aulas com eficiencia "Ministrar os días ¡etivos e horas-aula estabeleádos, além de participar integralmente dos períodos dedic ao planejamento, à avaliaçâo e ao desenvolvimento profissional" é a quinta incumbencia dos docentes, conforme consta do inciso V do art. 13. Dar aulas pode ser considerada a atividade básica de urn professor, mas essas aulas nao podem ser todas improvisadas. A maioria délas, se nao a sua totalidade, precisa ser planejada e preparada para que o professor ministre com eficiencia os dias letivos. 5.4.44.8. Participar do planejamento da escola e da avaliaçâo dos alunos: um direito e um dever Antes da aprovacáo dessa leí, por um lado, o professor nao era obrigado a participar das reuniöes de planejamento da escola, nem dos conselhos de classe para a avaliaçâo dos alunos, nem tampouco a estar presente nos treinamentos oferecidos gratuitamente a ele. Por outro lado, os diretores de escola nao se preocupavam muito com esse tipo de falta dos professores. Agora, a lei é clara. Além de ministrar suas aulas, os docentes têm, obrigatoriamente, de participar, integralmente, dos trabalhos de planejamento da escola, de avaliaçâo dos alunos e, também, das reuniöes, cursos e treinamentos para seu desenvolvimento profissional. Assim, o que antes era encarado, em tese, apenas como um direito de cada professor, que as entidades de classe sempre reivindicavam, foi confirmado pela LDB vigente e passou a ser, também, um dever, o que ampliou o papel e as responsabilidade dos docentes. Os diretores de escola têm, pois, mais esse instrumento legal para exigir maior participaçâo do professorado na vida da escola. 5.4.44.9. Articulaçâo das escolas com as familias e a comunidade O inciso VI do art. 13 especifica a sexta incumbencia dos estabelecimentos de ensino com a seguinte frase: "colaborar com as atividades de articulaçâo da escola com as familias e a comunidade". Essa articulaçâo, amigamente, era urna atividade tradicional de professores e diretores de escolas, o que os levava a um maior relacionamento com as familias dos alunos e com as autoridades municipals. Tal postura profissional dava aos educadores urna posicáo de destaque e de liderança natural na sociedade, o que fazia deles pecas importantes ñas atividades políticas, principalmente ñas eleiçôes, do municipio. No entanto, hoje em dia, os profissionais da educacáo pouca atividade desenvolvem para urna maior articulaçâo da escola com as familias e com a comunidade. Essa realidade faz com que muitos professores nunca falem com os pais de seus alunos e, muito menos, com as autoridades locáis, o que os transforma em ilustres desconhecidos, sem qualquer status ou papel na sociedade onde a escola está inserida, o que é lamentável. -279-

pedal,, pelos próprios professores está sintetizado na acertiva de Anthony ROBBINS: "A mai'<br />

or tragedia em educaçâo é que a maioria dos professores sabem suas materias, mas näo conhecem seus<br />

alu<strong>no</strong>s. Näo sabem como seus estudantes processam informâmes, näo conhecem os sistemas representativos<br />

deles, näo sabem como trabalnar as suas mentes" m .<br />

Há professores que se preocupam muito em falar para os alu<strong>no</strong>s, o mais rápidamente possí-<br />

vel, tudo o que sabem sobre o assunto da aula, esquecendo-se eles de que "a verdadeira<br />

habilidade de comunicaçao näo está em persuadir a pessoa ou grupo a fazer oque voce quer ou sujeitar-se aos<br />

outros, e sim construir situaçoes de real interesse comum, maiordo que os interesses individuáis consider<br />

isoladamente. 231 .<br />

Destarte, para haver realmente maior produtividade na aprendizagem, o professor tem obri-<br />

gaçâo de se preocupar com ela, zelando pelo sucesso de cada um dos seus alu<strong>no</strong>s.<br />

5.4.44.6. Estrategias de recuperaçâo<br />

A quarta incumbencia dos professores, de acordó com o inciso IV do art. 13, é estabelecer<br />

estrategias de recuperaçâo para os alu<strong>no</strong>s de me<strong>no</strong>r rendimento.<br />

Na maioria das escolas a recuperaçâo é feita de forma semelhante as aulas <strong>no</strong>rmáis, ou por<br />

meio da aplicaçâo de uma <strong>no</strong>va prova para o grupo dos alu<strong>no</strong>s que näo obtiveram a média<br />

mínima para aprovaçâo. Via de regra, os alu<strong>no</strong>s em recuperaçâo assistem algumas aulas a<br />

mais do que os já aprovados, e, depois, fazem uma <strong>no</strong>va prova. Ora, se as aulas comuns näo<br />

surtiram a desejada aprendizagem por parte dos alu<strong>no</strong>s, alguma coisa deveria mudar durante<br />

a recuperaçâo. A dedicaçâo do professor a cada alu<strong>no</strong> em particular, levando em conta as<br />

peculiaridade de comunicaçao e de recepçâo, que podem ser diferentes de um para outro, é<br />

fator determinante para o éxito do alu<strong>no</strong> em recuperaçâo.<br />

Portante, estabelecer estrategias de recuperaçâo é, antes de tudo, estabelecer <strong>no</strong>vas estrategias<br />

de ensi<strong>no</strong> e de aprendizagem para os alu<strong>no</strong>s que näo superaram as dificuldades do<br />

processo anterior de aprendizagem.<br />

Um alu<strong>no</strong>, conforme já salientamos, pode possuir variantes do modo de percepçao sensorial<br />

muito diferentes das de outro alu<strong>no</strong>. Por isso, quando o professor consegue identificar e<br />

respeitar a forma preferencial que seu alu<strong>no</strong> tem de perceber a realidade, pode utilizar instru­<br />

mentos, técnicas e metodologías mais adaptadas de ensi<strong>no</strong> para o sucesso da aprendiza­<br />

gem, especialmente <strong>no</strong> período de recuperaçâo.<br />

230 ROBBINS, Anthony - Poder Sem Limites. Sao Paulo: Best Seller, Círculo do Livra e PRONET. 1987. v. 2, p. 23 5.<br />

SPRITZER, Sergio - A espiral de mudanças. 2 a ed.. Porto Alegre: Ortiz, 1994. p.50.<br />

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