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Direito educacional e educação no século XXI ... - unesdoc - Unesco

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5.1.4. Preparar para absorver i<strong>no</strong>vaçôes, desenvolver<br />

criatividade e manter relacionamentos positivos<br />

Assim, as escolas, para se adaptarem à <strong>no</strong>va Iei, e, principalmente, à <strong>no</strong>va realidade em<br />

rápida evolucáo, precisaráo ter como objetivo fundamental capacitar seus alu<strong>no</strong>s para absorverem<br />

as i<strong>no</strong>vaçôes e desenvolveren! a criatividade.<br />

Com efeito, as tendencias do mundo para o inicio do próximo <strong>século</strong>, na área do desenvolvimento<br />

económico, já estáo relativamente bem definidas e os educadores nao podem<br />

desconhecê-las, sob pena de estarem contribuindo para o atraso de <strong>no</strong>ssa sociedade.<br />

lohn NAISBITT, em seus importantes livras, Megatendências, Megatrends 2000, Paradoxa Global e<br />

Megatendenäas Asia 193 , salienta que um sistema, quanto maior quiser ser, mais poder e importancia<br />

deve dar as suas partes. No mundo dos negocios, isso significa urna real valorizaçâo<br />

dos empreendedores individuáis e tanto o fim dos gigantes empresariais que nao mudarem,<br />

quanto o fracasso dos <strong>no</strong>vos que nao se organizarem de acordó com essa tendencia.<br />

Vivemos a época do advento de mudanças irreversíveis que estáo consolidando o comercio<br />

internacional ou mercado global e as comunicaçôes globais instantáneas.<br />

Os avanços tec<strong>no</strong>lógicos, especialmente da robótica, e a evolucáo comercial, valorizando o<br />

consumidor final e utilizando o sistema aberto de rede multinível 196 , bem como outras mudanças<br />

já previsíveis na eco<strong>no</strong>mía mundial, exigiráo que as escolas capacitem melhor seus<br />

alu<strong>no</strong>s para se auto-desenvolverem como gestores de seus próprios trabalhos e negocios 197<br />

195<br />

NAISBITT, lohn - Megatendências (Tr. José Eduardo Mendonça). Sao Paulo: Abril Cultural, 1983. 251 p.<br />

— Megatrends 2000: As Dez Grandes Transformed Ocorrendo na Sociedade Moderna (Tr. José Eduardo Mendonça). Sao<br />

Paulo: Abril Cultural, 1983. 251 p.<br />

— Paradoxo Global: Quanto maior a eco<strong>no</strong>mía mundíal.mais poderosos sao os seus protagonistas me<strong>no</strong>res-, naçôes, empresas e individuos.<br />

(Tr. Ivo Korytovski. Rio de Janeiro: Campus. 1994. 333 p.<br />

— Megatendências, Asia: oito megatendências asiáticas que estáo transformando o mundo. (Tr. Ivo Korytows'ki). Rio de Janeiro:<br />

Campus, 1997. 264 p.<br />

156<br />

Esse sistema de rede, que é também chamado mercado interativo, fundamenta-se na comunicaçâo lateral intensiva,<br />

do tipo Multi-level ou Network Marketing.<br />

197<br />

A queda <strong>no</strong> número de empregos <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s tem sido urna realidade mundial que já se constata também <strong>no</strong><br />

Brasil, pois, de 1990 para 1996 (<strong>no</strong>vembre), o número de profissionais com carteira assinada <strong>no</strong> setor industrial caiu<br />

de 82% para 71 %, segundo os últimos dados do IBGE. Neste mesmo setor e periodo, o número de trabalhadores<br />

atuando por conta propria saltou de 3,5% para 7%. O jornal "Comió Brasiliense", do dia 17 de Janeiro de 1997, na página<br />

13, publicou importante reportagem com o título: "Patráo perde espaço para o autó<strong>no</strong>mo", a qual retrata bem as conclusóes<br />

de urna pesquisa do IBGE: "oráticamente um quarto da populaçâo brasileira ocupada está Irabalhando por conta propria. Desde<br />

1983, quando o instituto Brasileiro de Geografía e Estatística (IBGE) começpu a pesquisar a distribuiçâo do emprego <strong>no</strong> País, es<br />

contingente nunca foi táo alto. Nagüela época, o total de pessoas Irabalhando por conta propria representaba 16,5% da populaçâo<br />

ocupada, contra os 22,7% registrados pelo instituto em <strong>no</strong>vembro de 1996. Em contrapartida, a massa de trabalhadores com carteira<br />

assinada vem caindo em ritmo galopante: 55,91 % em 1983, para 50,52%, em 1993 e 46,77%, em 1996. A mudanca do perfil do<br />

emprego <strong>no</strong> Brasil ficou mais flagrante a partir dos a<strong>no</strong>s 90, mas só <strong>no</strong> a<strong>no</strong> passado a quandidade de trabalhadores com carteira assinada<br />

virou mi<strong>no</strong>ría. De acordó com o IBGE, em <strong>no</strong>vembro de 1996, 47,5% da populaçâo ocupada trabalhava sem carteira ou por conta propria,<br />

contra os 46,7% que possuem carteira. Em 1995, a proporcáo de profissionais <strong>no</strong> emprego formal ainda era dominante,<br />

com 48,39% do pessoal ocupado nessa situacáo contra 46, 1 % trabalhando por conta propria ou sem carteira". Além<br />

disso, do ponto de vista de rentabilidade, as conclusóes do IBGE sao as de que "quem trabalhou por conta propria leve, em<br />

média, um ganho real de 39% <strong>no</strong> período, enguanto os trabalhadores que possuem carteira assinada tiveram um ganho real medio de<br />

18,3% em lodo o País'. Destarte, urna educaçâo que nao leva em conta estas mudanças, na <strong>no</strong>ssa realidade económica,<br />

já está ultrapassada e perderá, em breve, o seu sentido.<br />

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