13.04.2013 Views

Direito educacional e educação no século XXI ... - unesdoc - Unesco

Direito educacional e educação no século XXI ... - unesdoc - Unesco

Direito educacional e educação no século XXI ... - unesdoc - Unesco

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

§ 1 .* A parcela da arrecadaçâo de impostos transferida pela Unido aos Estados, ao Distrito Federal e aos<br />

Municipios, ou pelos Estados aos respectivos Municipios, nao é considerada, para efeito do cálcu<br />

previsto neste artigo, receita do gover<strong>no</strong> que a transferir.<br />

§ 2." Para efeito do cumprimento do disposto <strong>no</strong> caput deste artigo, seräo considerados os sistemas de en<br />

si<strong>no</strong> federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.<br />

§ 3." A distribuiçâo dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do en<br />

<strong>no</strong> obrigatório, <strong>no</strong>s termos do pla<strong>no</strong> nacional de educaçâo.<br />

§ 4." Os programas suplementares de alimentaçao e assistência à saúde previstos <strong>no</strong> art. 208, VII, seräo<br />

financiados com recursos provenientes de contributes sociais e outros recursos orcamentários.<br />

§ 5." O ensi<strong>no</strong> fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a contribuiçâo social do<br />

salário-educacao, recolfiida pelas empresas, na forma da lei."(A redaçâo deste parágrafo foi<br />

dada pela Emenda Constitucional n° 14, de 1996.).<br />

Comentarios:<br />

A tradiçâo de <strong>no</strong>ssas leis maiores de obrigar os poderes públicos a destinarem parcelas de<br />

suas receitas para a educaçâo iniciou-se em 1934, mas foi logo suspensa em 1937. Retor<strong>no</strong>u<br />

em 1946, mas deixou de constar ñas Cartas de 1967 e 1969. Tais omissöes levaram o Mestre<br />

do <strong>Direito</strong> Constitucional brasileiro, Pontes de MIRANDA, a tecer violenta crítica aos <strong>no</strong>ssos<br />

governantes daquelas épocas: "O pendor dos homens de 1937 e 1964 era para tomada do poder e<br />

exercício do poder. Nem sequer prometeram destinaçâo de verbas" m .<br />

Defendendo com percuciência e descortínio a necessidade de se garantir pelo proprio texto<br />

constitucional um mínimo de recursos para a educaçâo em todas as esferas do poder, o<br />

Senador Joäo CALMON, com memorável insistencia e apoio de seus pares <strong>no</strong> Congresso<br />

Nacional, conseguiu retomar a tradiçâo em 1983, aprovando urna emenda de sua autoría e<br />

que, por isso, ficou conhecida com o seu <strong>no</strong>me l88 .<br />

Em 1988, os Constituintes, conscientes de que a educaçâo é o melhor investimento que<br />

qualquer país possa fazer e de que sem investimentos <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> fundamental para efetiva-<br />

mente democratizá-lo é impossível acompanhar-se o desenvolví mentó mundial, redigiram o<br />

art. 212, concedendo importante tratamento à materia <strong>no</strong> art. 60 do Ato das Disposiçôes<br />

Constitucionais Transitorias.<br />

187 Apud LIMA, Lauro de Oliveira - Estarías da educaçâo <strong>no</strong> Brasil, de Pombal a Passarinho. Brasilia: Ed. Brasilia. 1974, p. 220<br />

168 Interessante histórico dessa luta vem narrado <strong>no</strong> livra organizado por GOMES, Cándido A. - ]oâo Catmon Batalhador<br />

da Educaçâo. Campinas: Autores Associados. 1996.<br />

-198-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!