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Direito educacional e educação no século XXI ... - unesdoc - Unesco

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e confiantes em sua força, os líderes civis e militares do movimento de marco de 1964 resolverán!<br />

dar o golpe e derrubar o Gover<strong>no</strong> de JANGO, de acordó com um planejamento estratégico<br />

e tático de especialistas, o que fez com que todos os obstáculos fossem fácilmente<br />

vencidos.<br />

No dia 1 ° de abril de 1964, enquanto JANGO afastava-se de Brasilia, indo para o Rio Grande<br />

do Sul e, depois, para o Uruguai, o Congresso Nacional declarava vago o cargo de Presidente<br />

da República e empossava o entáo Presidente da Cámara dos Deputados, Ranieri MAZZILLI.<br />

No entanto, o comando real da política brasileira foi assumido pelo Alto Comando Militar da'<br />

Revoluçâo, que nao teve problemas para se investir de ple<strong>no</strong>s poderes.<br />

A 9 de abril, esse comando outorga à Naçâo o Ato Institucional n° 1, maniendo a Constituiçâo<br />

de 1946, mas suspendendo por seis meses os direitos e garantías individuáis, e incorporando-lhe<br />

profundas modificacóes. Mantém-se aberto o Congresso Nacional, mas com grandes<br />

restriçôes à atividade parlamentar.<br />

Logo após, com base <strong>no</strong> art. 10 do referido ato, que previa a cassaçâo de mandatos e a<br />

suspensäo de direitos políticos, o Alto Comando Militar da Revoluçâo afastou da vida política<br />

nacional diversos ex-presidentes, governadores, senadores, deputados, dirigentes de entidades<br />

sindicáis, professores e líderes estudantis 131 .<br />

A 15 de abril de 1964, o Maréchal Castelo BRANCO é empossado solenemente como Presidente<br />

da República, após urna eleicáo indireta em um Congresso Nacional manietado e desmoralizado,<br />

obrigado a votar nele como candidato único. Em outubro de 1965, <strong>no</strong> dia 27,<br />

esse Presidente colocou em vigor o Ato Institucional n° 2, tornando indiretas as eleiçôes<br />

para Presidente da República, para Governadores e para Prefeitos das capitais e municipios<br />

considerados área de segurança nacional. Os partidos políticos foram extintos. Dezenas de<br />

"Atos Complementares" foram editados com força de lei, para regulamentar o previsto <strong>no</strong>s<br />

atos institucionais.<br />

Qualquer movimento reivindicatório ou de protesto contra a ditadura era enfrentado de modo<br />

truculento pelos militares e pelas policías políticas estaduais, bem como pela Policía Federal.<br />

Isso refreou por algum tempo os movimentos estudantis, os quais foram obrigados a se<br />

enquadrar dentro da chamada "Lei Suplicy de Lacerda". Mesmo assim, em julho de 1966, na<br />

capital de Minas Gérais, Belo Horizonte, com apoio de padres dominica<strong>no</strong>s e francisca<strong>no</strong>s, a<br />

liderança estudantil brasileira conseguiu burlar a vigilancia policial e realizar um congresso<br />

nacional da extinta Uniáo Nacional dos Estudantes - UNE e lançar as bases de um Movimento<br />

Contra a Ditadura - MCD.<br />

Até 31 de marco de 1965, o número de cassaçôes já atingía a casa dos 441 cidadáos, entre, os quais 63 Deputados<br />

Federais, 60 estaduais, 6 ex-ministros de estado, 6 ex-govemadores, 3 ex-Presidentes da República, dezenas de Prefeitos<br />

e de Vereadores.<br />

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