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CADA CASO É UM CASO - Instituto Fazendo História

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55 Quadro adaptado do<br />

Caderno de Iasp. Curitiba,<br />

2007, p. 42.<br />

56 Orientações técnicas:<br />

serviços de acolhimento de<br />

crianças e adolescentes. Brasília:<br />

Conanda/CNAS, 2009.<br />

FASE I – RECEPÇÃO, ACOLHIMENTO E INTEGRAÇÃO AO<br />

ABRIGO 55<br />

Quadro I – Ações básicas do acolhimento inicial<br />

RECEPÇÃO ACOLHIMENTO INTEGRAÇÃO<br />

Abrir a porta e dar boas<br />

vindas<br />

• Recebimento da criança ou<br />

do adolescente.<br />

•Conferência da documentação<br />

e dos pertences.<br />

• Registro da entrada no<br />

abrigo.<br />

• Encaminhamento para<br />

atendimentos de entrada:<br />

conversa, banho, alimentação,<br />

cuidados para a acomodação<br />

inicial no abrigo.<br />

1. A RECEPÇÃO<br />

Ouvir e informar Convidar à convivência<br />

coletiva<br />

• Explicação sobre a natureza<br />

e razões da medida de<br />

abrigamento (compatível<br />

com a idade).<br />

• Atitudes de acolhimento,<br />

apoio e disposição para escuta<br />

sensível e cuidadosa.<br />

• Informação sobre o que<br />

pode ocorrer nos primeiros<br />

momentos.<br />

• Respostas que a criança e<br />

o adolescente queiram ou<br />

precisem saber.<br />

• Apresentação:<br />

- das pessoas que estão no<br />

abrigo;<br />

- das acomodações e recursos<br />

que ele pode usar;<br />

- da rotina do abrigo;<br />

- das atividades que ele pode<br />

participar, se quiser.<br />

Recepcionar é o ato de receber e encaminhar uma pessoa nova em um ambiente. <strong>É</strong><br />

uma situação que pode ser vivida como acolhimento ou aprisionamento. A forma<br />

como esta fase de entrada é desempenhada pelo agente da entidade pode ser o desencadeador<br />

de um processo de adaptação ou, ao contrário, de rejeição da situação<br />

institucional. Muitas crianças e adolescentes desconhecem ou não compreendem<br />

o motivo pelo qual foram afastadas do convívio familiar, o que pode levá-los a<br />

encarar a medida como uma espécie de punição e despertar sentimentos de insegurança,<br />

rejeição, agressividade, revolta, abandono e outros.<br />

Este momento especial precisa ser cuidadoso e afetivo para que a criança<br />

ou o adolescente conheça e sinta-se seguro no espaço físico do abrigo e com as<br />

novas relações que terão neste ambiente. Uma apresentação da casa, dos educadores<br />

e das outras crianças pode ser feita sem formalidade durante os primeiros<br />

momentos 56 .<br />

Dolto (1987), psicanalista francesa com vasta experiência junto a crianças<br />

que passaram parte de suas vidas em internato, constatou que, em alguns casos de<br />

maus- -tratos pelos pais ou responsáveis, afastar a criança de sua família, mesmo<br />

que temporariamente, é medida necessária (DOLTO, 1987, apud DUTRA, 2004).<br />

Se a criança precisa permanecer no abrigo é recomendável que os profissionais<br />

96

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