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CADA CASO É UM CASO - Instituto Fazendo História

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53 As particularidades sobre<br />

relatórios, laudos e pareceres<br />

foram abordadas por Magalhães<br />

(2003).<br />

Tutelares, com vistas à execução do plano de trabalho personalizado de reintegração<br />

familiar.<br />

Embora consideremos que a discussão em torno da elaboração do relatório<br />

fica esvaziada sem sua articulação com o debate sobre o estudo social e os conteúdos<br />

histórico-teórico-metodológicos que os fundamentam, não é possível fazê-lo<br />

nos limites deste texto, o que não significa desconsideração ao acúmulo teórico<br />

feito pelo Serviço Social a esse respeito.<br />

O RELATÓRIO SOCIAL<br />

Se um relatório não é um produto de reflexão séria, se foi escrito às pressas,<br />

foi mal conferido e consiste numa mistura desengonçada de gíria profissional,<br />

palavrório empolado e confuso, um perfeito “tecnocratês”, sem estilo ou clareza,<br />

se a linguagem foi muito malcuidada e ele é muito longo, seu efeito será então<br />

o mais puro desastre (FORSYTH, 1997, p. 8).<br />

A comunicação escrita é passiva. Não há possibilidade de interrupção ou clarificação<br />

caso se percebam contradições, distorções, equívocos ou falta de clareza. Por<br />

isso, é preciso cuidado em sua elaboração, principalmente ao se tratar de laudos,<br />

relatórios e pareceres 53 que comporão processos judiciais referentes a crianças e<br />

adolescentes abrigados, já que a mensagem registrada em tais documentos subsidiará<br />

decisões sobre suas vidas.<br />

A forma como se registram as informações é importante, mas há questões<br />

fundamentais que se colocam ainda antes da realização das entrevistas, contatos<br />

e demais atividades registradas num relatório. <strong>É</strong> preciso ter clareza sobre quais<br />

informações obter, como obtê-las, para que e para quem obtê-las. Essa clareza<br />

envolve escolhas profissionais que se sustentam a partir de sua competência teórica,<br />

ética, política e metodológica.<br />

Nesse sentido, a elaboração de relatórios não deve se basear em modelos e<br />

questões rigidamente preestabelecidas, como, por exemplo, em um roteiro ou formulário.<br />

Deve estar assentada sobre diretrizes que permitam levar em conta as<br />

semelhanças e diferenças de cada situação, tendo como meta o conhecimento do<br />

outro e não meramente o preenchimento de informações.<br />

Do conjunto de informações fundamentais desejáveis para o conteúdo do<br />

estudo social, Fávero (2003) destaca: a origem dos sujeitos, sua trajetória e suas<br />

condições no presente, seu processo de socialização, o âmbito de suas relações<br />

familiares (vínculos com o núcleo original ou família extensa, existência de laços<br />

a serem resgatados, relacionamento com a criança ou o adolescente envolvido na<br />

ação/situação em questão), relações de vizinhança e inserção em grupos sociais,<br />

formação educacional e profissional, inserção nas relações de trabalho (formal/<br />

informal), nível de renda, meio ambiente, situação de moradia, situação de saúde,<br />

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