CADA CASO É UM CASO - Instituto Fazendo História
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5 Para saber mais sobre redes<br />
e atendimento interssetorial,<br />
consulte o caderno Redes de<br />
Proteção Social, nesta Coleção<br />
Embora possam parecer complexas, as representações de infância e de cuidado<br />
fazem parte de nosso cotidiano, ora nos movendo para ações de manutenção da<br />
cultura adultocêntrica, ora inspirando práticas transformadoras que permitam à<br />
infância uma participação social compatível com sua capacidade de compreensão e<br />
expressão de sentimentos e ideias, de comunicação de experiências e de opiniões.<br />
Para que nossas ações nos serviços de acolhimento e nas instâncias definidoras<br />
do uso desta medida de proteção possam se revestir de uma atitude ética e<br />
comprometida com a concepção de que crianças e adolescente são sujeitos de direitos<br />
ativos, participantes da sociedade, precisamos conhecer, aprofundadamente,<br />
os princípios e as diretrizes atuais para o acolhimento institucional como um<br />
serviço de proteção social especial de alta complexidade.<br />
Este Caderno apresenta e discute alguns procedimentos e instrumentais de<br />
trabalho que, de maneira articulada, visam garantir às crianças e aos adolescentes<br />
acolhidos nos abrigos um atendimento respeitoso e que os emancipe, sendo tratados<br />
de fato como sujeitos de direitos – não no discurso, mas na prática cotidiana.<br />
Entendemos que esses procedimentos de trabalho podem ser muito úteis para<br />
profissionais de abrigos, membros dos Conselhos Tutelares, juízes, promotores,<br />
defensores públicos, equipes interdisciplinares das Varas da Infância e Juventude,<br />
equipes técnicas das Secretarias Municipais, além das organizações não governamentais<br />
que participam do Sistema de Garantia de Direitos e Sistema Único de<br />
Assistência Social.<br />
Veja, a seguir, alguns procedimentos e instrumentais que serão discutidos ao<br />
longo desta publicação.<br />
• Estudos de caso.<br />
• Estudo social e psicológico na interface abrigo e Vara da Infância e da Juventude<br />
(VIJ).<br />
• Plano Individual de Atendimento (PIA).<br />
• Observação e registro de aspectos do desenvolvimento pessoal e grupal.<br />
• Observação e intervenção em momentos de visitas.<br />
• Acompanhamento de casos.<br />
• Encaminhamento a recursos da comunidade; ação articulada em rede.<br />
• Elaboração de informes, relatórios, laudos e pareceres.<br />
• Sistema informatizado sobre crianças e adolescentes abrigados (Siabrigos).<br />
Tais procedimentos já são utilizados pelos vários profissionais que integram<br />
o fluxo de atendimento às crianças, aos adolescentes e às famílias em situação<br />
de abrigamento, de acordo com suas respectivas disciplinas. Contudo, na prática<br />
cotidiana, invariavelmente, somos convidados a transpor os recortes disciplinares<br />
e integrar nossos conhecimentos numa prática interdisciplinar e intersetorial,<br />
capaz de romper com o isolamento institucional e promover ações articuladas<br />
em rede 5 para garantir avanços na resolução de casos, na consolidação de políticas<br />
públicas, no fortalecimento de ações de defesa e de ampliação de direitos.<br />
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