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CADA CASO É UM CASO - Instituto Fazendo História

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social foi de extrema importância para não perder de vista o foco principal, ou<br />

seja, favorecer o desfecho adequado para o caso, desde que a criança fosse compreendida<br />

como cidadã de direitos.<br />

Somente a partir da interlocução com o serviço social é que foi possível refletir<br />

e pensar no resgate da história de vida da criança, não só como importante para<br />

delinear um novo contorno psíquico, mas também para esboçar um novo pertencimento<br />

social, interrompido pelo afastamento da convivência familiar e comunitária.<br />

Segundo definição encontrada no dicionário Aurélio, história significa “narração<br />

dos fatos notáveis ocorridos na vida dos povos, em particular e na humanidade,<br />

em geral; narração de acontecimentos, ações, fatos ou particularidades<br />

relativas a um determinado assunto, geralmente em ordem cronológica”.<br />

Entendemos, portanto, que a história é algo fundante da sociedade e que é<br />

por meio da reconstrução dela que se materializam os acontecimentos significativos<br />

da vida dos sujeitos.<br />

Partindo desta perspectiva é que elaboramos uma proposta de intervenção, na<br />

qual o resgate da história afetiva e social de crianças que vivem sob medida de proteção<br />

de abrigo fosse um dos instrumentos utilizados para facilitar a construção de<br />

uma identidade psicossocial e viabilizar uma recolocação familiar na qual os traumas<br />

passados não incidam de forma drástica na construção de suas relações futuras.<br />

Eis aqui uma tarefa coletiva em que a parceria entre o psicólogo clínico, o assistente<br />

social, o abrigo, o judiciário, a família e a criança é de importância fundamental.<br />

PENSE NISSO<br />

Reconstruir junto com a criança e o adolescente sua história de vida não significa<br />

meramente a narração de fatos isolados, mas um processo de descobertas<br />

de emoções e sentimentos velados deixados de lado a partir do afastamento do<br />

convívio familiar e comunitário.<br />

REFERÊNCIAS<br />

• BOWLBY, J. Separacion afectiva. Buenos Aires: Paidos, 1976.<br />

• BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Plano nacional de promoção,<br />

defesa e garantia de crianças e adolescentes à convivência familiar e<br />

comunitária. Brasília, 2006.<br />

• ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – ECA. Lei n. 8.069, de<br />

13/71990. Brasília, 1990.<br />

• SARTI, C. A. Famílias enredadas. In: ACOSTA, A. R.; VITALE, M. A. F. (Org.). Família:<br />

redes, laços e políticas públicas. São Paulo: Cortez: <strong>Instituto</strong> de Estudos<br />

Especiais – PUC-SP, 2007.<br />

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