CADA CASO É UM CASO - Instituto Fazendo História
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Várias reflexões foram geradas em torno da temática central, que era a garantia<br />
de direitos de crianças e de adolescentes à convivência familiar e comunitária,<br />
principalmente no estabelecimento de vínculos afetivos daqueles em medida de<br />
proteção de abrigo e as respectivas famílias (família de origem, família extensa e<br />
família substituta).<br />
As discussões se aprofundaram e viabilizaram a construção de uma proposta<br />
de trabalho que pudesse contemplar determinações conceituais e legais imprescindíveis<br />
para a execução do trabalho de intervenção. Efetivaram-se reuniões com a<br />
equipe de assistentes sociais da Vara da Infância para apresentação da demanda de<br />
casos e instauração de um fluxo de trabalho inicial, passível de ajustes que vislumbrassem<br />
o andamento adequado do caso, considerando suas particularidades. A<br />
partir disso, os casos foram encaminhados para atendimento e os dados colhidos<br />
sobre a história de vida da criança para nortear as intervenções foram discutidos<br />
com a equipe e com o magistrado.<br />
O trabalho foi supervisionado pela assistente social coordenadora da equipe<br />
interprofissional da Vara da Infância e Juventude, e também por meio de supervisão<br />
clínica individual para a discussão dos casos.<br />
Em relação aos abrigos, foi instituído um fluxo de atendimento conforme a<br />
disponibilidade de horário da criança e/ou do adolescente, no sentido de garantir<br />
a continuidade da participação em outras atividades já incluídas na rotina da<br />
instituição. Vários ajustes foram feitos para garantir o cumprimento sistemático<br />
dos atendimentos, mediante contatos telefônicos e também por meio de reuniões<br />
formais.<br />
As interlocuções com os dirigentes, psicólogos e assistentes sociais dos abrigos,<br />
para discussão dos casos, aconteciam na própria instituição ou em consultório,<br />
conforme a disponibilidade e concordância entre as partes.<br />
Durante o primeiro mês de desenvolvimento do trabalho os atendimentos<br />
ocorreram no próprio abrigo. Contudo, em virtude de variáveis externas desfavoráveis<br />
ao estabelecimento de um local capaz de oferecer alguma desvinculação<br />
da criança do abrigo e capaz de abarcar a proposta do trabalho, os atendimentos<br />
foram deslocados para consultório particular. Com isso, o enquadre inicial precisou<br />
ser modificado com a concordância da Vara da Infância e da Juventude, dos<br />
abrigos e da psicóloga.<br />
Pela relevância do tema e por abarcar, parcialmente, uma das necessidades<br />
do município, em prol dos direitos da criança e do adolescente, o programa foi<br />
reconhecido e legitimado pelo CMDCA do município.<br />
ELEMENTOS FACILITADORES<br />
A experiência trouxe uma série de indagações e inquietudes que impulsionaram a<br />
realização de uma pesquisa mais detalhada, que está em andamento, para vislum-<br />
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