CADA CASO É UM CASO - Instituto Fazendo História
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Desta forma, o Caderno “Cada caso é um caso” nos permitiu acompanhar<br />
todas as etapas de um acolhimento institucional ou familiar, vistas por diferentes<br />
ângulos e profissionais, indicando a oportunidade de se construírem referências<br />
para uma prática de acolhida e socioeducação que esteja referendada nos princípios<br />
da proteção integral do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), 3 nas<br />
normativas do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e no Plano Nacional de<br />
Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência<br />
Familiar e Comunitária (PNCFC).<br />
A acolhida aqui se refere ao sentido que se dá à escuta, ao respeito e ao modo<br />
de receber a criança e o adolescente, sem nenhum tipo de intolerância ou discriminação<br />
econômica, social e pessoal. Ver a criança e o adolescente como pessoas<br />
que, por razões diversas, fazem a travessia de uma situação de vulnerabilidade<br />
para um programa de garantia de direitos por meio de um serviço de acolhimento<br />
institucional ou familiar. A qualidade desta passagem de vida poderá lhes garantir<br />
convívio, equidade e autonomia.<br />
Com base nos textos elaborados pelos participantes deste Caderno, pudemos<br />
repensar as formas de compreender o problema e de agir sobre questões centrais<br />
das modalidades de acolhimento. Com o debate entre ideias e propostas, foi possível<br />
identificar e sistematizar pontos de intersecção, norteadores para uma prática<br />
que emancipe todos os atores sociais que lidam, direta ou indiretamente, com<br />
questões de ameaça e violação de direito de crianças e adolescentes.<br />
PONTOS IMPORTANTES, PARA COMEÇO DE CONVERSA<br />
1. Distinguir a pobreza do abandono evitando que a privação do convívio familiar<br />
seja motivada unicamente pela situação de pobreza, provendo apoio à<br />
família e combatendo a discriminação por meio de articulação entre o sistema<br />
de justiça e as políticas sociais.<br />
2. Reconhecer em quais situações o acolhimento institucional é indicado e, nestes<br />
casos, fazer desta fase de vida um momento rico de aprendizagem entre<br />
pares que permita, à criança e ao adolescente acolhido, superar as perdas e se<br />
desenvolver com liberdade e dignidade.<br />
3. Observar parâmetros técnicos e éticos para que os estudos de caso reflitam a<br />
especificidade de cada criança e adolescente, considerando sempre sua inserção<br />
nos contextos familiar e comunitário.<br />
4. Elaborar e implementar um Plano Individual de Atendimento(PIA), no qual<br />
a criança e o adolescente participem como sujeitos ativos, sendo ouvidos, para<br />
que o planejamento responda às suas peculiaridades de pessoas em desenvolvimento,<br />
considerando sempre suas possibilidades, habilidades e interesses.<br />
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