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CADA CASO É UM CASO - Instituto Fazendo História

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65 Cadernos do IASP, Pensando<br />

a Praticando a socioeducação,<br />

Curitiba, 2007, p. 44.<br />

66 O abrigo em entidade é<br />

medida provisória e excepcional,<br />

utilizável como forma de<br />

transição para a colocação em<br />

família substituta, não implicando<br />

privação de liberdade<br />

(ECA artigo 101, parágrafo<br />

único).<br />

PENSE NISSO<br />

A criança e o adolescente trazem consigo as marcas de sua vida familiar e institucional.<br />

Ouvi-los sobre elas é essencial para que possam se sentir acolhidos e verdadeiramente<br />

convidados a se inserir no abrigo. O momento e a forma de entrada<br />

na instituição demarcam as possibilidades da saída da entidade. Isto significa que<br />

todas as atitudes de recepção são significativas para a qualidade do percurso que a<br />

criança e o adolescente poderão ter nas demais etapas do processo de acolhimento.<br />

2. A ACOLHIDA<br />

A acolhida corresponde a uma etapa que perpassa as demais, iniciando-se no momento<br />

da chegada da criança e do adolescente ao abrigo e se estendendo até sua<br />

saída. Não se confunde, portanto, com a recepção, uma vez que vai além dela, implicando,<br />

em especial, a formação de vínculos positivos entre os profissionais do<br />

abrigo e as crianças e os adolescentes acolhidos 65 . Durante este período de adaptação,<br />

tanto os cuidadores e educadores quanto crianças e adolescentes que estão no<br />

abrigo devem favorecer a construção de relações afetivas, criação de um ambiente<br />

de continência e o desenvolvimento da confiança entre as crianças e os adolescentes<br />

acolhidos.<br />

Para a Casa de Acolhida Novella, desenvolver uma acolhida significa “expressar<br />

cuidado com a pessoa, desenvolver uma avaliação contínua, que permita uma<br />

identificação precisa dos problemas, considerando todos os aspectos do desenvolvimento<br />

da criança e a sua história de vida”. Trata-se, portanto, da atitude de<br />

acolhimento, que é a base para a criação de vínculos.<br />

Acolher é papel de toda equipe. Disso decorre que todos os profissionais<br />

que entrarem em contato com a criança e o adolescente devem ser capazes de se<br />

sensibilizar com este difícil momento de entrada em uma instituição, mesmo que<br />

esta não seja de privação de liberdade 66 . <strong>É</strong> preciso estar atento e observar como<br />

a criança e o adolescente estão falando de si, nas diversas formas de expressão:<br />

isolamento, silêncio, tristeza, choro, sono, alimentação, ações destrutivas, falas inquietas,<br />

pedidos de toque físico, colo ou atenção contínua.<br />

PENSE NISSO<br />

Estar atento implica em estar aberto e preparado para intervir, ouvir ou simplesmente<br />

dizer “estou aqui”!<br />

<strong>É</strong> importante dialogar com a criança e o adolescente enquanto um sujeito de sua<br />

própria vida – alguém que pode falar sobre si, perguntar e ser informado sobre tudo<br />

o que poderá viver neste local de acolhida. Significa estabelecer bases para uma re-<br />

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