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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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proibição com a satisfação, <strong>de</strong> tal forma que o que fora originalmente um man<strong>da</strong>mento<br />

<strong>de</strong>fensivo, ou uma proibição, adquire a significação <strong>de</strong> uma satisfação, cujo efeito<br />

colabora com esses enlaces artificiosos. Encontramos a ambivalência no conflito<br />

obsessivo entre <strong>do</strong>is impulsos: o <strong>de</strong> ódio e o <strong>de</strong> amor. Freud <strong>de</strong>scobriu que, mesmo na<br />

e<strong>xi</strong>stência <strong>de</strong>sses <strong>do</strong>is opostos, é na presença <strong>do</strong> ódio que se encontra a base <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />

sintoma obsessivo, como resposta sempre à mão para se <strong>de</strong>frontar com signos <strong>de</strong> que o<br />

Outro não é um <strong>de</strong>serto <strong>de</strong> gozo.<br />

O sujeito tem sempre a sensação estranha <strong>de</strong> estar e não estar em lugar<br />

nenhum, "fico pulan<strong>do</strong> <strong>de</strong> um la<strong>do</strong> para outro, mentin<strong>do</strong> para não <strong>de</strong>cidir entre a<br />

mulher, esposa rica, e a jovem pobre. Sempre confuso, sob pressão, com a sensação <strong>de</strong><br />

estar assenta<strong>do</strong> numa caixa <strong>de</strong> pólvora pronta a explodir, como nos sonhos se repetin<strong>do</strong><br />

em encruzilha<strong>da</strong>s, driblan<strong>do</strong> a morte.<br />

O sujeito <strong>da</strong> estratégia obsessiva 5 tentará enganar a morte. Para tanto, nunca<br />

estará on<strong>de</strong> se joga o jogo e, por isso, quase na<strong>da</strong> <strong>do</strong> que ocorre lhe interessa, tu<strong>do</strong> o que<br />

realmente importa per<strong>de</strong> o senti<strong>do</strong>. E, em seu lugar, esses pequenos e cotidianos<br />

absur<strong>do</strong>s sintomáticos se eternizam na vã tentativa <strong>de</strong> se preservar, abdican<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sejo que, por outro la<strong>do</strong>, lhe dá alimento. E sempre adian<strong>do</strong>: mais tar<strong>de</strong>, mais um dia...<br />

Trava-­‐se uma luta, constituí<strong>da</strong> <strong>de</strong> idéias contrarias expiatórias que ocupam to<strong>da</strong><br />

sua ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> mental diurna e noturna. “O obsessivo pensa avaramente. Ele pensa em<br />

circuito fecha<strong>do</strong>. Ele pensa para ele sozinho” 6 . Esse <strong>de</strong>bate permanente opera-­‐se em um<br />

clima <strong>de</strong> dúvi<strong>da</strong>s bem sistemáticas, não levan<strong>do</strong> a nenhuma certeza. Surge nessas<br />

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