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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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sentin<strong>do</strong>-­‐se culpa<strong>do</strong> e dividi<strong>do</strong>. Segun<strong>do</strong> Freud, o que caracteriza o sintoma obsessivo<br />

são as dúvi<strong>da</strong>s, a ruminação e a incerteza.<br />

Paul e o Homem <strong>do</strong>s Ratos<br />

O caso <strong>de</strong> Paul nos remete ao famoso caso <strong>de</strong> Freud, “O Homem <strong>do</strong>s Ratos”, com<br />

o qual verificamos alguma semelhança. No HR, cuja problemática é típica <strong>de</strong> um caso <strong>de</strong><br />

neurose obsessiva, on<strong>de</strong> aparece a ambivalência afetiva caracteriza<strong>da</strong> por Freud como a<br />

clivagem entre o amor consciente e o ódio inconsciente, aparece essa ambivalência em<br />

relação ao pai e a senhora que ele venera. Desse mo<strong>do</strong> manifesta os sintomas como<br />

forma <strong>de</strong> apreensões obsessivas, me<strong>do</strong> <strong>de</strong> que aconteça algo ruim com a senhora ou que<br />

o pai morra (que já estava morto). No caso <strong>de</strong> Paul vêm sempre o me<strong>do</strong> e as dúvi<strong>da</strong>s. "Se<br />

eu sair <strong>de</strong> casa algo ruim po<strong>de</strong> acontecer com minha mulher e meus filhos. Minha<br />

mulher vai <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> me amar e ficar com outro. E a outra, se eu <strong>de</strong>ixá-­‐la? Algo vai<br />

faltar”.<br />

A impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir entre os <strong>do</strong>is objetos <strong>de</strong> amor aparece em um<br />

sonho, no qual o sujeito se vê numa estra<strong>da</strong>, numa encruzilha<strong>da</strong>, on<strong>de</strong> aparecem, <strong>de</strong> um<br />

la<strong>do</strong>, a mulher, mãe <strong>de</strong> seus filhos e, <strong>do</strong> outro, a analista, objeto proibi<strong>do</strong>, algo intocável.<br />

Desse mo<strong>do</strong>, se constitui o analista como objeto causa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo, constituição essencial<br />

para o estabelecimento <strong>do</strong> discurso <strong>do</strong> analista na experiência psicanalítica e o sujeito<br />

coloca o analista em seu sintoma.<br />

A formação <strong>do</strong> sintoma obsessivo alcança o triunfo quan<strong>do</strong> logra unir a<br />

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