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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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O sintoma com Marx<br />

O Sintoma entre Marx e Lacan<br />

Sonia Alberti 1<br />

Praticamente, a ca<strong>da</strong> vez em que Lacan se refere ao sintoma,<br />

estatisticamente se quiserem, po<strong>de</strong>mos dizer a ca<strong>da</strong> <strong>do</strong>is anos em seu<br />

Seminário, ele começa assim: “é importante observar que historicamente não<br />

resi<strong>de</strong> aí a novi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Freud, a noção <strong>de</strong> sintoma, como várias vezes marquei, e<br />

como é muito fácil observar na leitura <strong>da</strong>quele que por esta noção é<br />

responsável, [...] [é <strong>de</strong>] Marx” (1970-­‐1, p. 220). Extraí essa citação ao acaso, elas<br />

são inúmeras nos textos <strong>de</strong> Lacan, ain<strong>da</strong> em RSI ele faz essa referência e no<br />

seminário sobre o Sinthome. Já anteriormente, em seu texto “Formulações sobre<br />

a causali<strong>da</strong><strong>de</strong> psíquica” (1946) Lacan termina por colocar em série: Sócrates,<br />

Descartes, Marx e Freud como aqueles que “não po<strong>de</strong>m ser supera<strong>do</strong>s, na<br />

medi<strong>da</strong> em que conduziram suas investigações com essa paixão <strong>de</strong> <strong>de</strong>svelar a<br />

qual possui um objeto: a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>” (p.193). É por estarem referi<strong>do</strong>s a esse objeto,<br />

que os <strong>do</strong>is últimos, Marx e Freud, pu<strong>de</strong>ram perceber o quanto a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> é<br />

sempre meio dizer e o quanto insiste, justamente, ali on<strong>de</strong> sempre se vela. Por<br />

outro la<strong>do</strong>, também po<strong>de</strong>mos ler em Lacan que “O sintoma tem o senti<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

valor <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>”. Tal observação é associa<strong>da</strong>, por Lacan, com esta outra: “o que<br />

há <strong>de</strong> essencial no pensamento mar<strong>xi</strong>sta é a equivalência <strong>do</strong> sintoma com o<br />

valor <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>” (Lacan, 1971-­‐2, p. 25).<br />

Assim: para Lacan, tanto Marx como Freud possuem o mesmo objeto: a<br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, além disso, para ambos, é o valor <strong>de</strong>sse objeto que equivale ao sintoma.<br />

1 AME , Membro <strong>da</strong> <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> <strong>Psicanálise</strong> <strong>do</strong>s Fóruns <strong>do</strong> Campo Lacaniano -­‐ Brasil. Membro <strong>do</strong> Fórum Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro<br />

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