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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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grafo <strong>de</strong>monstra a relação <strong>do</strong> sintoma com a fantasia. Se ele repete é lá, no senti<strong>do</strong> imaginário<br />

<strong>da</strong> fantasia que o analizante vai ancorar suas construções e a proliferação <strong>de</strong> senti<strong>do</strong><br />

correspon<strong>de</strong>nte. Uma vez que ali o sintoma fica vizinho <strong>da</strong> mentali<strong>da</strong><strong>de</strong> débil que eno<strong>da</strong><br />

imaginário e simbólico. E é <strong>de</strong>s<strong>de</strong> lá, também, que teremos <strong>de</strong> laborar para que não fique<br />

<strong>de</strong>scansan<strong>do</strong> no limbo <strong>do</strong> senti<strong>do</strong>. Por isso trata-se <strong>de</strong>, nessa proliferação <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>, priorizar<br />

o equívoco, l´une bévue.<br />

Essa repetição <strong>do</strong> sintoma, que se <strong>de</strong>fine como necessário, se constata, mais uma vez<br />

na clínica quan<strong>do</strong> essa mulher se implica na sua <strong>de</strong>man<strong>da</strong> e <strong>de</strong>senha o sintoma analítico com<br />

algo inusita<strong>do</strong>, um significante. Diz que outro mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> passar ao largo é sentir-se meio<br />

morta. Desse “meio-morta” se recolhe apenas uma simples falta <strong>de</strong> atenção que põe em risco<br />

seu trabalho, quotidianamente. Nesse frescor <strong>do</strong> início <strong>do</strong> trabalho analítico, retorna e traz<br />

uma lembrança infantil: “Meu pai dizia “mezzo-morto”. Com esse termo – que não e<strong>xi</strong>ste no<br />

português – apontava quan<strong>do</strong> algum paciente estava muito <strong>do</strong>ente, quase morren<strong>do</strong>, cansa<strong>do</strong>,<br />

chapa<strong>do</strong>. “Ele falava isso e eu ria, mas acho que ao mesmo tempo me assustava”. “Mezzo-<br />

morta” é “jogar um pe<strong>da</strong>ço <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> fora”, como nesses esquecimentos, lapso <strong>de</strong> atenção.<br />

Lacan, na sua Conferencia <strong>de</strong> Genebra, diz<br />

É absolutamente certo que é pelo mo<strong>do</strong> como alíngua foi fala<strong>da</strong> e<br />

também ouvi<strong>da</strong> por tal ou qual em sua particulari<strong>da</strong><strong>de</strong>, que alguma<br />

coisa em segui<strong>da</strong> reaparecerá nos sonhos, em to<strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> tropeços,<br />

em to<strong>da</strong> espécie <strong>de</strong> mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> dizer. É, se me permitem empregar pela<br />

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