13.04.2013 Views

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Portanto: passar ao largo se vincula com a suspeita <strong>de</strong> passar ao largo para o Outro:<br />

ele não me quer o suficiente, não lhe interesso. Passar ao largo é a interpretação em falso <strong>do</strong><br />

que o sujeito toma <strong>da</strong> mensagem <strong>do</strong> Outro, e é o que faz com que a analizante faça <strong>da</strong> sua<br />

vi<strong>da</strong>, em resposta, um passar ao largo <strong>do</strong> que quer, <strong>do</strong> que busca, <strong>do</strong> que encontra. Por outro<br />

la<strong>do</strong> “passar <strong>de</strong>spercebi<strong>da</strong>” lhe confronta com o enigma mais obscuro <strong>do</strong> capricho <strong>do</strong> Outro,<br />

e com sua reposta que evoca o fato <strong>de</strong> saber que a pulsão é o eco no corpo <strong>do</strong> fato que há um<br />

dizer.<br />

Primeiro tempo: as entrevistas preliminares. Estar e não estar.<br />

Segun<strong>do</strong> tempo: a entra<strong>da</strong> em análise: passar ao largo toma sua evi<strong>de</strong>ncia no enlace <strong>do</strong><br />

significante com a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> sexual, isto é, com o reali<strong>da</strong><strong>de</strong> fantasmática que eno<strong>da</strong><br />

imaginário e simbólico, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> a essa reali<strong>da</strong><strong>de</strong> o gozo-senti<strong>do</strong>, que lhe <strong>de</strong>fine: jouissance.<br />

Portanto, entra<strong>da</strong> na transferência e tempo <strong>de</strong> acreditar que a fantasia tem como mira a última<br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira. Aqui se enlaça o passar <strong>de</strong>spercebi<strong>da</strong>.<br />

É ai que a ética <strong>do</strong> tempo <strong>do</strong> parlêtre <strong>de</strong>ve ser sustenta<strong>da</strong> para não esquecer que há <strong>de</strong><br />

se fartar <strong>do</strong> significante para tocar (atingir?) o real. Fartar-se significa usar <strong>de</strong>la até o abuso,<br />

cansar-se <strong>de</strong>le. Há <strong>de</strong> se fartar <strong>da</strong> fantasia, <strong>do</strong> acúmulo <strong>de</strong> um saber que engor<strong>da</strong> o senti<strong>do</strong>,<br />

almejan<strong>do</strong> atingir a última ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas que fracassa na tentativa, por atingir a ca<strong>da</strong> vez o<br />

furo no saber.<br />

Uma arma contra o acúmulo <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> - o qual por sua vez é o produto <strong>da</strong> <strong>de</strong>fesa<br />

contra a operação selvagem <strong>do</strong> sintoma - encontra-se no equívoco. O memso produz um corte<br />

na repetição. Porque o sintoma é <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>do</strong> necessário, <strong>do</strong> que não cessa <strong>de</strong> se escrever. O<br />

70

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!