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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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evocan<strong>do</strong> Lacan no Prefacio <strong>do</strong> Seminário XI 5 , nos diz que o passe ao real precisa (é minha<br />

leitura <strong>do</strong> texto <strong>de</strong> Soler) <strong>de</strong> três tempos: 1. A formação <strong>do</strong> inconsciente (lapso). 2. O<br />

inconsciente como espaço <strong>de</strong> significantes associa<strong>do</strong>s livremente, on<strong>de</strong> estão em função o<br />

senti<strong>do</strong>, a historização e o inconsciente – ver<strong>da</strong><strong>de</strong>. 3. O inconsciente fora-senti<strong>do</strong>, analfabeto<br />

que fez funcionar o significante besta. Nesse terceiro tempo a escrita <strong>do</strong> sintoma é função<br />

reduzi<strong>da</strong> a sua má<strong>xi</strong>ma expressão <strong>de</strong> um gozo - por que não dizê-lo? – estranho, estrangeiro,<br />

mas sem função <strong>de</strong> enigma.<br />

Parece-me que assim posso apreen<strong>de</strong>r o que Lacan nos diz no Seminário RSI, na aula<br />

<strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1975, quan<strong>do</strong> escreve, usan<strong>do</strong>-se <strong>da</strong> formulação matemática f (x), o gozo<br />

<strong>do</strong> inconsciente que se <strong>de</strong>nuncia no sintoma. Isto é: o mo<strong>do</strong> como ca<strong>da</strong> um goza <strong>do</strong> seu<br />

inconsciente. Essa letra que se traduz <strong>do</strong> inconsciente, que é <strong>de</strong>trito; é isola<strong>da</strong> <strong>de</strong> qualquer<br />

quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Essa letra tem i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> si a si. Portanto o que se lê <strong>do</strong> sintoma é efeito <strong>da</strong><br />

erosão <strong>da</strong> linguagem. É <strong>da</strong>í que se retira o estatuto <strong>da</strong> escrita nesse contexto, <strong>de</strong> uma letra que<br />

afirma o gozo, fora <strong>do</strong> senti<strong>do</strong>. Por essa razão, essa letra se escreve entre real e simbólico.<br />

Mas ela vem <strong>do</strong> real.<br />

Enten<strong>do</strong> que a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> pensarmos as duas vertentes <strong>da</strong> escrita <strong>do</strong> sintoma que<br />

promovem o trabalho <strong>de</strong> transferência po<strong>de</strong> ser extraí<strong>da</strong> <strong>de</strong> uma frase crucial. Precisamente<br />

porque põe em evi<strong>de</strong>ncia o caminho <strong>do</strong> sintoma, o que faz o cerne <strong>da</strong> sua função. Retomo a<br />

citação:<br />

O que é dizer o sintoma? É a função <strong>do</strong> sintoma, função a se<br />

enten<strong>de</strong>r como o faria a formulação matemática f (x). O que é<br />

esse x? É o que, <strong>do</strong> inconsciente, po<strong>de</strong> se traduzir por uma<br />

letra, na medi<strong>da</strong> em que, apenas na letra a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> si a si<br />

está isola<strong>da</strong> <strong>de</strong> qualquer quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Do Inconsciente to<strong>do</strong> um,<br />

naquilo em que ele sustenta o significante em que o<br />

5 LACAN, J. Prefácio à Edição Inglesa <strong>do</strong> Seminário XI. In: Outros escritos. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Jorge<br />

Zahar Editor, 2003, PP 567-569.<br />

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