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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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Sintoma e Escrita ou...os Ecos <strong>do</strong> Sintoma Selvagem<br />

Sandra Leticia Berta 1<br />

É evi<strong>de</strong>nte que, no discurso analítico, só se trata disto, <strong>do</strong> que<br />

se lê e toman<strong>do</strong> como o que se lê para além <strong>do</strong> que vocês<br />

incitaram o sujeito a dizer, que não é tanto, como sublinhei<br />

<strong>da</strong> última vez, dizer tu<strong>do</strong>, mas dizer não importa o quê, sem<br />

hesitar em dizer besteiras. (Lacan, 1973/1985, p.39) 2<br />

Perguntar-me pela escrita <strong>do</strong> sintoma no percurso <strong>de</strong> uma análise levou a anunciar<br />

com título <strong>de</strong>ssa exposição “Sintoma e escrita”.<br />

A questão que me coloco é <strong>de</strong> se temos <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar diferentes mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> escrita <strong>do</strong><br />

sintoma, no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> uma análise. Ou ain<strong>da</strong>: verificar quais as relações possíveis entre<br />

essas diferentes escritas.<br />

Uma vinheta clínica faz contraponto a essa questão. Evoco Lacan em 1973: na análise<br />

há <strong>de</strong> se ter o sentimento <strong>do</strong> risco absoluto. 3 Mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> assinalar o afeto em questão e a<br />

dimensão <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong> mentirosa.<br />

Escrever o sintoma <strong>de</strong>signa neste texto que apresento: <strong>de</strong>finir o sintoma analítico.<br />

Portanto, escrever o sintoma inclui o conceito <strong>de</strong> transferência, ain<strong>da</strong>, inclui o analista como<br />

sen<strong>do</strong> aquele que respon<strong>de</strong> pela posição <strong>do</strong> inconsciente.<br />

Des<strong>de</strong> Freud o sintoma é o estrangeiro que ten<strong>de</strong> a e<strong>xi</strong>lar-se para promover uma<br />

satisfação proibi<strong>da</strong>. Sintoma extraterritorial ao eu. Nome <strong>do</strong> enigma promovi<strong>do</strong> por um<br />

sofrimento que incomo<strong>da</strong> e que perturba pela sua insistência. Ele nos adverte que to<strong>do</strong><br />

sintoma tem um senti<strong>do</strong> sexual, oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trauma e <strong>da</strong> fantasia (reali<strong>da</strong><strong>de</strong> psíquica)<br />

1 Membro <strong>da</strong> <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> <strong>Psicanálise</strong> <strong>do</strong>s Fóruns <strong>do</strong> campo Lacaniano<br />

2 LACAN, J. (1972-73). O Seminário, livro 20: mais, ain<strong>da</strong>. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985.<br />

3 LACAN, J. (1975 – 1976). El Seminário, libro XXII: el sinthome. Buenos Aires: Paidós, 2006, p. 45<br />

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