13.04.2013 Views

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Pu<strong>de</strong>mos acompanhar o trabalho apresenta<strong>do</strong> por Mario Brito 7 em seu<br />

<strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> passe. Ali quan<strong>do</strong> o sujeito, ao se dirigir às entrevistas <strong>de</strong> passe, per<strong>de</strong> o<br />

passaporte. Ao invés <strong>de</strong> se perguntar: “por que perdi o passaporte, o que isso quer<br />

dizer?, por exemplo, pu<strong>de</strong>r fazer simplesmente uma escrita, como o fez Mario: “ao passe<br />

sem passar por te”.<br />

Sinthome e sintoma se diferenciam então é na maneira pela qual o sujeito na<br />

análise po<strong>de</strong> chegar ao ponto <strong>de</strong> <strong>de</strong>puração, <strong>de</strong> redução <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> sintoma ao<br />

irredutível <strong>do</strong> Sinthome. Portanto, nessa redução à letra, ao fonema, o sinthome é a<br />

transmutação <strong>do</strong> sintoma <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> em análise a partir <strong>da</strong> subversão ocorri<strong>da</strong> na<br />

posição <strong>do</strong> sujeito diante <strong>de</strong> seu próprio inconsciente.<br />

O final <strong>da</strong> análise é, portanto, ir ao ponto on<strong>de</strong>, ao se po<strong>de</strong>r prescindir <strong>do</strong> senti<strong>do</strong>,<br />

ao consentir com a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> gozo, o sujeito pu<strong>de</strong>r “<strong>de</strong>ixar o sintoma ao que ele é, um<br />

acontecimento corporal” e souber fazer (savoir y faire) alguma coisa com o que<br />

comemorou a inscrição <strong>de</strong> lalíngua no leito <strong>de</strong> seu corpo, ali quan<strong>do</strong> justamente ele não<br />

mais acredita no seu inconsciente.<br />

Mas surgirá <strong>da</strong>í um analista se ele continuar acreditan<strong>do</strong> – mais <strong>do</strong> que isso,<br />

aman<strong>do</strong> -­‐ o inconsciente. Não mais o seu, mas o inconsciente como estrutura. É aí que<br />

surge o <strong>de</strong>sejo novo, o <strong>de</strong>sejo <strong>do</strong> analista que o levará ao entusiasmo <strong>de</strong> querer se<br />

oferecer a levar outros até o ponto on<strong>de</strong> ele próprio pô<strong>de</strong> ir em sua análise.<br />

Trata-­‐se <strong>de</strong> uma política? Uma política <strong>da</strong> psicanálise. Ali on<strong>de</strong> é a análise em<br />

intensão que fun<strong>da</strong> as bases <strong>da</strong>quilo a que a psicanálise em extensão po<strong>de</strong> vir a trazer ao<br />

mun<strong>do</strong>. A posição ética então é essa: apostar no sintoma.<br />

7 BRITO, Mario. Al passe sin passa-­‐por-­‐te. Trabalho apresenta<strong>do</strong> no Espaço <strong>Escola</strong> <strong>do</strong> XI Encontro <strong>da</strong> EPFCL|<br />

AFCL-­‐Brasil.<br />

63

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!