13.04.2013 Views

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

nu, para além <strong>do</strong> <strong>de</strong>sejo insatisfeito, a incompetência <strong>de</strong> bancar o homem para uma mulher.<br />

Na hora em que o <strong>de</strong>sejo pega fogo, não há na<strong>da</strong> a fritar, nenhum peixe fálico em jogo.”<br />

Como diz o Caso 1, o histérico cobra<strong>do</strong> pelos pais, pelo orienta<strong>do</strong>r, pela mulher e<br />

pela ex-analista, “quan<strong>do</strong> estou com minha mulher, na cama, sinto enjôo e náusea”. Que seja<br />

exatamente nessa hora, em que tem <strong>de</strong> mostrar os <strong>do</strong>cumentos, que a fantasia <strong>de</strong> procriação<br />

venha à tona, mostra bem a falta <strong>do</strong> peixe fálico.<br />

Concluin<strong>do</strong> com as questões <strong>do</strong> início<br />

Por que nesse caso clínico, <strong>do</strong> joga<strong>do</strong>r, diferente <strong>do</strong>s outros três, não aparece a<br />

fantasia ‘bate-se numa criança’? O Édipo inverti<strong>do</strong>, no qual o pai é toma<strong>do</strong> como objeto <strong>de</strong><br />

amor, o fez prescindir <strong>da</strong> fantasia ou reflete apenas os limites <strong>de</strong> sua relação com o saber?<br />

É claro que não interpretamos a partir <strong>da</strong> fantasia, fazê-lo seria interpretar a partir <strong>da</strong><br />

“apreensão <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> imaginária <strong>do</strong> sujeito”. O campo propriamente analítico, afirma<br />

Lacan, no Seminário 3: as psicoses 16 é o sintoma. O sintoma <strong>de</strong>sse joga<strong>do</strong>r, que faz <strong>de</strong> seu<br />

corpo mesa <strong>de</strong> jogo <strong>do</strong> significante <strong>do</strong> Outro é que tem uma cor que mostra bem que ele é um<br />

estrangeiro na sua família, um a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, um estrangeiro como o avô. E usa seu sintoma, “essa<br />

satisfação às avessas”, para marcar um lugar no Outro. Ser um a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, um estrangeiro, lhe<br />

<strong>da</strong>rá um lugar no Outro? a Diminuirá seu gozo <strong>da</strong> privação e sua errãncia? Quanto a estas<br />

últimas perguntas, só a aposta <strong>da</strong> clínica, no só <strong>de</strong>pois, po<strong>de</strong>rá respon<strong>de</strong>r.<br />

Referências bibliográficas<br />

Carneiro Ribeiro, M. A. O que é um homem? I Colóquio <strong>da</strong> EPFCL- Fórum Rio: Histeria,<br />

sujeito, corpo e discurso. Julho <strong>de</strong> 2003.<br />

Freud, S. Dostoievki e o parricídio (1928). ESB, vol. XXI. RJ: Imago Editora, 1976.<br />

Freud, S. “Bate-se em uma criança”, in: ESB. Vol. XXII. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Imago Editora,<br />

1976.<br />

16 Lacan, J. “O seminário, livro 3: as psicoses”. Rio <strong>de</strong> janeiro: JZEditor, 1985, p. 189.<br />

48

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!