13.04.2013 Views

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Vou escrever assim:<br />

No passe:<br />

Se DA → AE (V)<br />

Se ̴ AE → ̴ DA (V) ou (F) -­‐ INDECIDÍVEL<br />

Assim, encontramos novamente aqui o in<strong>de</strong>cidível, que faz com que o<br />

dispositivo <strong>do</strong> passe, felizmente, não possa ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> “consistente”, na<br />

acepção matemática <strong>do</strong> termo. Ou melhor, ele só o seria se esse in<strong>de</strong>cidível<br />

pu<strong>de</strong>sse ser rejeita<strong>do</strong> <strong>do</strong> dispositivo. Mas, ao contrário, a <strong>de</strong>cisão <strong>do</strong> cartel por uma<br />

não-­‐nomeação apenas reforça a presença <strong>do</strong> in<strong>de</strong>cidível nesse sistema.<br />

Vejamos como Lacan trata <strong>de</strong>ssa questão no Seminário 23. Lacan estava<br />

muito empenha<strong>do</strong> em conseguir fazer um nó borromeano com quatro nós <strong>de</strong> três.<br />

Depois <strong>de</strong> <strong>do</strong>is meses “quebran<strong>do</strong> a cabeça”, ele diz:<br />

E Lacan acrescenta:<br />

Não consegui <strong>de</strong>monstrar que ex-­‐siste um mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> eno<strong>da</strong>r<br />

quantro nós <strong>de</strong> três <strong>de</strong> uma maneira borromeana. Pois bem,<br />

isso não prova na<strong>da</strong>. Não prova que ele não ex-­‐siste. Ain<strong>da</strong><br />

ontem à noite, só pensava em conseguir <strong>de</strong>monstrar-­‐lhes que<br />

ele ex-­‐siste. O pior é que não encontrei a razão <strong>de</strong>monstrativa<br />

<strong>de</strong> que ele não ex-­‐siste. Eu, simplesmente, fracassei. Que eu<br />

não possa mostrar que o nó <strong>de</strong> quatro nós <strong>de</strong> três, como<br />

borromeano, ex-­‐siste, na<strong>da</strong> prova. Seria preciso que eu<br />

<strong>de</strong>monstrasse que ele não po<strong>de</strong> ex-­‐sistir, e assim, por esse<br />

impossível, um real seria assegura<strong>do</strong>. Tratar-­‐se-­‐ia <strong>do</strong> real<br />

constituí<strong>do</strong> por não haver nó borromeano que se constitua<br />

com quatro nós <strong>de</strong> três. Demonstrá-­‐lo seria tocar um real.<br />

(LACAN, 1975-­‐76/2007, p. 42-­‐ 43).<br />

Para lhes dizer o que penso disso, creio que esse nó ex-­‐siste.<br />

Quero dizer que não é aí que toparemos com um real.<br />

Portanto, não me <strong>de</strong>sespero para encontrá-­‐lo, mas é um fato<br />

que não posso lhes mostrar na<strong>da</strong> <strong>de</strong>le. Assim, a relação entre<br />

352

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!