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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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Se <strong>de</strong> um la<strong>do</strong> favorece o vínculo pelo trabalho, <strong>de</strong> outro, após concluí<strong>da</strong> a<br />

tarefa, sua lógica, inclui a dissolução que está presente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, como po<strong>de</strong>mos ver<br />

na Ata <strong>de</strong> Fun<strong>da</strong>ção:”Após um certo tempo <strong>de</strong> funcionamento, se proporá aos elementos<br />

<strong>de</strong> um grupo a sua permutação para outro”(LACAN, 1964, ). 8<br />

Em abril <strong>de</strong> 1975, a <strong>Escola</strong> Lacaniana <strong>de</strong> Paris realiza uma “Jorna<strong>da</strong> sobre<br />

Cartéis”, <strong>de</strong>stina<strong>da</strong> a refletir sobre a experiência <strong>de</strong>sses “pequenos grupos” e suscitar um<br />

<strong>de</strong>bate sobre a formação <strong>de</strong> cartéis na <strong>Escola</strong>. A Jorna<strong>da</strong> foi um lugar fecun<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

discussão no qual Lacan alencou um <strong>de</strong>bate acalora<strong>do</strong> sobre o Mais-­‐Um. Lacan dizia,<br />

que o Mais-­‐Um, <strong>de</strong>ve ser qualquer um, uma pessoa, não a ausência,<br />

“pensem, será um suporte possível <strong>de</strong>ssa ‘mais uma pessoa’ <strong>da</strong> qual<br />

indiquei não a ausência, mas justamente a presença, pois não há um<br />

traço <strong>de</strong> sinal por ausência, no meu mais-­‐uma no texto (...) esse mais-­‐<br />

uma sempre se realiza, sempre há alguém no grupo, mesmo que seja<br />

por um momento....” 9<br />

É interessante notar que aqui Lacan sugere a idéia <strong>do</strong> Mais-­‐Uma, <strong>de</strong>sligan<strong>do</strong>-­‐a<br />

<strong>do</strong> seu contexto original.<br />

O que marca esse <strong>de</strong>bate, é que o lugar <strong>do</strong> Mais-­‐Um é um lugar vazio, situan<strong>do</strong>-­‐<br />

se em oposição a to<strong>do</strong> caciquismo imaginário. Nessa Jorna<strong>da</strong>, Lacan articula esse ‘Mais-­‐<br />

Uma’ sob a forma <strong>do</strong> nó borromeano, nos dizen<strong>do</strong> que x+1 é o que <strong>de</strong>fine o nó<br />

borromeano ou nós trança<strong>do</strong>s é “a partir <strong>de</strong> reiterar esse 1 – que no nó borromeano é<br />

8 Op. cit. P.17, Letra Freudiana <strong>Escola</strong>, psicanálise e Transmissão, Ano I, n o 0, Documentos para <strong>Escola</strong> –<br />

Circulação interna.<br />

9<br />

Ibid, p.69-­‐/70.<br />

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