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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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sui generis, chama<strong>da</strong> <strong>Escola</strong> para a psicanálise e Quinet (1994, p. XVI-­‐XVII), ao comentar<br />

sobre essa instituição sui generis proposta por Lacan nos diz que a <strong>Escola</strong> veio para,<br />

“respon<strong>de</strong>r ao nível <strong>da</strong> organização institucional à estrutura que se<br />

<strong>de</strong>preen<strong>de</strong> na prática psicanalítica <strong>do</strong> inconsciente, inventa<strong>da</strong> por Freud e<br />

que assim como a estrutura <strong>do</strong> sujeito se organiza em torno <strong>de</strong> um furo a<br />

partir <strong>do</strong> postula<strong>do</strong> fun<strong>da</strong>mental <strong>da</strong> psicanálise, a <strong>Escola</strong> como formação<br />

coletiva se estrutura em torno <strong>da</strong> ausência <strong>do</strong> conceito preestabeleci<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

analista” 4.<br />

O cartel como órgão <strong>de</strong> base <strong>da</strong> <strong>Escola</strong>, representa o organismo on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>ve<br />

cumprir um trabalho que traz a prá<strong>xi</strong>s original instituí<strong>da</strong> por Freud, ou seja, a<br />

psicanálise. A <strong>Escola</strong> Freudiana <strong>de</strong> Paris, diz Lacan (1964, p. 17), na Ata <strong>de</strong> Fun<strong>da</strong>ção, “em<br />

sua intenção, representa um organismo on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve se realizar um trabalho que, no<br />

campo que Freud abriu, restaura a lâmina constante <strong>de</strong> sua ver<strong>da</strong><strong>de</strong>”. 5 Assim,<br />

“para a execução <strong>de</strong>sse trabalho a<strong>do</strong>taremos o princípio <strong>de</strong> uma elaboração<br />

basea<strong>da</strong> num pequeno grupo; ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les será composto por três<br />

pessoas, no mínimo, e por cinco no má<strong>xi</strong>mo – quatro é a medi<strong>da</strong> certa. MAIS<br />

UMA encarrega<strong>da</strong> <strong>da</strong> seleção, <strong>da</strong> discussão e <strong>do</strong> <strong>de</strong>stino reserva<strong>do</strong> a ca<strong>da</strong><br />

um. Após um certo tempo <strong>de</strong> funcionamento, se proporá aos elementos <strong>de</strong><br />

um grupo sua permutação para outro. O cargo <strong>de</strong> direção não constituirá<br />

um caciquismo (chefferie) (...). Pela razão <strong>de</strong> que to<strong>do</strong> empreendimento<br />

pessoal levará seu autor às condições <strong>de</strong> crítica e <strong>de</strong> controle on<strong>de</strong> to<strong>do</strong> o<br />

trabalho a ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> será submeti<strong>do</strong> à <strong>Escola</strong>....” 6<br />

4 Quinet, A. Prefácio, in O Cartel-­‐ conceito e funcionamento na escola <strong>de</strong> Lacan, (org. Stella Gimenez) Apareci<strong>da</strong><br />

São Paulo: Editora Campus: 1994.<br />

5 Transcrição <strong>da</strong>s discussões <strong>da</strong>s jorna<strong>da</strong>s sobre cartéis (abril/1975) publica<strong>da</strong> em Lettres <strong>de</strong> l’École Freudienne<br />

<strong>de</strong> Paris n o 18 – 1976 in Letra Freudiana <strong>Escola</strong>, psicanálise e Transmissão, Ano I, n o 0, Documentos para <strong>Escola</strong><br />

– Circulação interna<br />

6 Ibid,<br />

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