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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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um alcance político e que ganharia esse alcance se os psicanalistas consentissem em não<br />

esquecer por que eles são feitos, e a que os chama o discurso analítico.<br />

Para o discurso <strong>do</strong> capitalista, o passe <strong>do</strong> psicanalista anunciaria uma saí<strong>da</strong>, como<br />

proclamou Lacan, pois essa posição não é na<strong>da</strong> mais <strong>do</strong> que o que esse anuncia na fórmula<br />

elabora<strong>da</strong> por Colette Soler (1998, p.262): “o psicanalista...- o psicanalista como produto<br />

transforma<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma análise- não é um proletário”. O psicanalista é aquele que po<strong>de</strong> fazer<br />

frente a to<strong>do</strong> discurso <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> <strong>do</strong> discurso <strong>do</strong> capitalismo ( aquele que <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> la<strong>do</strong> a<br />

castração), porque tem por <strong>de</strong>sejo e vocação <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>r alguma coisa na economia <strong>do</strong> gozo<br />

capitalista.Sen<strong>do</strong> assim, a posição <strong>do</strong> psicanalista na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> consumo, é aquela <strong>de</strong><br />

preten<strong>de</strong>r emancipar os sujeitos <strong>do</strong>s impasses <strong>da</strong> versão capitalista <strong>do</strong> supereu. Por isso<br />

representa uma saí<strong>da</strong> e uma solução. Ao fim <strong>de</strong> uma análise, caminha-se para uma redução <strong>do</strong><br />

gozo e para a inscrição <strong>da</strong> diferença <strong>do</strong> <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um.<br />

Por fim passemos a palavra a Colette Soler, que resumi<strong>da</strong>mente respon<strong>de</strong> por que a<br />

psicanálise é a solução, a saí<strong>da</strong> para o discurso capitalista: “Se nos perguntamos ‘por que a<br />

psicanálise?’como a uma certa época nos perguntávamos ‘por que os filósofos?’, nós a<br />

reportamos geralmente a um vício radical em uma civilização marca<strong>da</strong> pela ciência. Esse<br />

vício <strong>de</strong>ve-se ao fato <strong>de</strong> que a ciência ignora o sujeito. É uma foraclusão. Daí a idéia <strong>de</strong> que a<br />

psicanálise está aqui a título <strong>de</strong> antí<strong>do</strong>to, fazen<strong>do</strong> valer o que chamei na ocasião <strong>de</strong> os direitos<br />

<strong>do</strong> sujeito. Como se a psicanálise fosse em suma, o que falta a ciência”. (1998, p. 283).<br />

Como se a psicanálise fosse em suma, o que falta à ciência. Como se o psicanalista<br />

fosse em seu sumo, em sua formação, em sua atuação o que falta para fazer frente ao merca<strong>do</strong><br />

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