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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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este saiba, ou seja, os sintomas constituem uma linguagem a ser <strong>de</strong>cifra<strong>da</strong>, on<strong>de</strong> no caso <strong>da</strong>s<br />

crianças, está po<strong>de</strong> expressar no corpo o que não consegue falar.<br />

Como foi dito, o sintoma surge como um S.O.S, sen<strong>do</strong> a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> casal parental.<br />

Retoman<strong>do</strong> o trabalho <strong>de</strong> Checchinato (2007) este lembra que a valorização ou <strong>de</strong>svalorização<br />

que um pai faz <strong>do</strong> outro para a criança, a marca.<br />

Para o autor nunca é <strong>de</strong>mais escutar que lugar o pai <strong>da</strong> criança ocupa no discurso <strong>da</strong><br />

mãe e o lugar <strong>da</strong> criança no discurso <strong>de</strong> ambos os pais. Levan<strong>do</strong> esta questão para o contexto<br />

<strong>da</strong> disputa <strong>da</strong> guar<strong>da</strong> <strong>de</strong> crianças, é necessário que os profissionais que atuam em ca<strong>da</strong> caso,<br />

fiquem atentos para o discurso <strong>do</strong>s genitores, os motivos alega<strong>do</strong>s para a dissolução conjugal,<br />

que função eles <strong>de</strong>legam à criança a ocupar neste cenário.<br />

Nesta mesma perspectiva, Kupfer (1994) pontua que pais e criança são <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s<br />

pelas leis <strong>do</strong> simbólico, <strong>da</strong> linguagem, isso permite que haja uma circulação <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças por<br />

meio <strong>da</strong> amarração discursiva. Porém como a autora lembra, ao contrário <strong>do</strong> adulto, a criança<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> por vários anos <strong>de</strong> cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s especiais e isso a faz submeter-se aos <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> seus<br />

pais.<br />

As manifestações sintomáticas são justamente então a resposta <strong>da</strong> criança às neuroses<br />

nos Outros reais que são seus pais, ou seja, os pais escrevem algo <strong>de</strong> sua própria neurose<br />

sobre o corpo <strong>da</strong> criança.<br />

Rosenberg (1994) partilha <strong>do</strong> mesmo entendimento, afirman<strong>do</strong> que as crianças<br />

costumam fazer sintomas em lugares que se tornam insuportáveis para seus pais, sen<strong>do</strong> uma<br />

maneira <strong>de</strong> a criança se fazer ouvir. Neste senti<strong>do</strong>, a criança po<strong>de</strong>, por meio <strong>do</strong> sintoma,<br />

reatualizar conflitos não resolvi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> seus pais.<br />

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