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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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Para Lacan (1969) o sintoma <strong>da</strong> criança respon<strong>de</strong> ao que e<strong>xi</strong>ste <strong>de</strong> sintomático na<br />

estrutura familiar, representan<strong>do</strong> a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> casal parental. Ou seja, há a relação entre a<br />

estrutura familiar e o sintoma <strong>da</strong> criança, e<strong>xi</strong>stin<strong>do</strong> uma apropriação sintomática <strong>da</strong> criança<br />

através <strong>de</strong> suas produções fantasmáticas, ou <strong>de</strong> um assujeitamento mortífero ao <strong>de</strong>sejo <strong>do</strong><br />

Outro.<br />

Neste senti<strong>do</strong>, Mannoni (1967) observa que a criança é parte <strong>de</strong> um discurso coletivo e<br />

que diante <strong>da</strong> intrusão <strong>do</strong>s pais, não resta outra saí<strong>da</strong> senão respon<strong>de</strong>r com o sintoma por meio<br />

<strong>de</strong> problemas escolares, reações somáticas, entre outros.<br />

Para a mesma autora, é a palavra <strong>do</strong> pai, a palavra <strong>da</strong> mãe que pesa para a criança.<br />

Assim, enquanto a criança estiver sob o império <strong>de</strong>ssa palavra mortífera será escrava <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> seus pais, on<strong>de</strong> seus próprios <strong>de</strong>sejos ficarão soterra<strong>do</strong>s. Para o sujeito ter acesso ao<br />

<strong>de</strong>sejo, que o constitui, é necessário então que ele não seja bloquea<strong>do</strong> pelas palavras parentais.<br />

A psicóloga nesse senti<strong>do</strong> pontua: “O que está por trás (<strong>do</strong> processo <strong>de</strong> disputa <strong>de</strong><br />

guar<strong>da</strong>) é uma separação mal resolvi<strong>da</strong>, por aquela convivência que se per<strong>de</strong>u, então é<br />

espírito <strong>de</strong> vingança, on<strong>de</strong> os pais usam os filhos como moe<strong>da</strong> <strong>de</strong> troca”.<br />

Checchinato (2007), se referin<strong>do</strong> ao trabalho <strong>de</strong> Lacan “Duas notas sobre a criança”<br />

(1969) lembra que a psicanálise enten<strong>de</strong> o sintoma como um fenômeno subjetivo, que ao<br />

mesmo tempo em que faz sofrer, propicia gozo. E<strong>xi</strong>stem assim alternativas: ou sintoma se<br />

apresenta como uma disfunção (recalque), on<strong>de</strong> a criança se vê <strong>de</strong>positária <strong>da</strong>quilo que é<br />

insuportável no pai ou na mãe, ou como lesão <strong>de</strong> órgãos, que é o sintoma que aparece no<br />

corpo.<br />

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