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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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acima <strong>do</strong>s <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> seus filhos. “Ocupar esse lugar <strong>de</strong> objeto <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> tem uma função<br />

importante na fun<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> um sujeito. Mas se se ocupa esse lugar <strong>de</strong> objeto então não se po<strong>de</strong><br />

ocupar um lugar <strong>de</strong> sujeito”. (BRAUER, 1998).<br />

Enten<strong>de</strong>-se que a entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> Moritz <strong>de</strong>veria intervir na relação dual que Schreber<br />

estabeleceu primeiramente com a mãe, porém, Moritz não interdita essa relação mãe-filho,<br />

mas sim prolonga essa relação narcísica, não permitin<strong>do</strong> a entra<strong>da</strong> <strong>do</strong> terceiro, isto é, <strong>do</strong><br />

significante Nome-<strong>do</strong>-Pai.<br />

Acerca disso, Waelhens (1990, p. 98) explica:<br />

É na foraclusão <strong>do</strong> Nome-<strong>do</strong>-Pai no lugar <strong>do</strong> Outro, e no malogro <strong>da</strong><br />

metáfora paterna, que <strong>de</strong>signamos a falha que confere à psicose sua<br />

condição essencial, com a estrutura que separa <strong>da</strong> neurose. Ou ain<strong>da</strong>:<br />

para que se <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ie a psicose, é preciso que o nome <strong>do</strong> pai,<br />

‘verworfen’, foracluí<strong>do</strong>, ou seja, nunca advin<strong>do</strong> no lugar <strong>do</strong> Outro,<br />

seja chama<strong>do</strong> ali em oposição simbólica ao sujeito.<br />

Em relação à entra<strong>da</strong> <strong>do</strong> significante Nome-<strong>do</strong>-Pai, ou seja, a castração simbólica,<br />

Julien (1999, p. 39) assinala: “Teu quarto é teu quarto e o meu é o meu. Meu gozo não tem<br />

na<strong>da</strong> a ver contigo; meu gozo se volta para uma mulher, uma mulher <strong>da</strong> minha geração, causa<br />

<strong>do</strong> meu <strong>de</strong>sejo”. Po<strong>de</strong>mos afirmar que é exatamente isso que Moritz não faz, ele não permite a<br />

entra<strong>da</strong> <strong>da</strong> mãe, Pauline, na relação <strong>de</strong>le com Schreber, caben<strong>do</strong> a ele to<strong>da</strong> a função <strong>de</strong> mãe<br />

nesta relação.<br />

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