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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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A partir <strong>da</strong> leitura <strong>de</strong> Joyce (1975-1976) o sintoma não é mais uma mensagem cifra<strong>da</strong><br />

a qual po<strong>de</strong> ser dissolvi<strong>da</strong> graças à interpretação, pois esta nova leitura vai partir <strong>de</strong> um<br />

núcleo psicótico que escapa à re<strong>de</strong> discursiva.<br />

Do sintoma ao sinthome é o trajeto <strong>de</strong> uma análise especifica<strong>do</strong> no seminário O<br />

sinthome. O sintoma leva à análise quan<strong>do</strong> num <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> momento já não cumpre mais a<br />

sua função na economia <strong>do</strong> gozo. Apresenta-se, então, uma <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> análise, a princípio<br />

queixa imaginária que virá se transformar em sintoma analítico, articula<strong>do</strong> na transferência ao<br />

sujeito suposto saber, e que no final <strong>de</strong> análise apontará para a produção <strong>de</strong> um sinthome<br />

enquanto uma escrita particular liga<strong>da</strong> àquilo que <strong>do</strong> real não ascen<strong>de</strong> ao significante e fun<strong>da</strong><br />

o <strong>de</strong>sejo. Mas, a princípio, é para <strong>da</strong>r conta <strong>do</strong> sintoma que faz sofrer e que também satisfaz,<br />

que o analisante busca e trabalha em análise. Para o neurótico que procura uma análise, no<br />

lugar <strong>do</strong> gozo se produz a angústia, pois o sintoma como possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> gozo <strong>de</strong> algum<br />

mo<strong>do</strong> fracassou. A operação analítica, uma ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira operação topológica, através <strong>de</strong><br />

junções e suturas fará com que no final <strong>do</strong> percurso o sujeito se <strong>de</strong>pare com o sinthome, com<br />

th, irredutível <strong>da</strong> estrutura, que possibilitará o gozo, não- to<strong>do</strong> naturalmente. A análise seria<br />

então a produção <strong>da</strong> escrita <strong>do</strong> sinthome.<br />

Ao <strong>de</strong>safio <strong>da</strong> persistência <strong>do</strong> sintoma, Lacan respon<strong>de</strong> com a noção <strong>de</strong> sinthome,<br />

formação significante carrega<strong>da</strong> <strong>de</strong> gozo, único suporte <strong>do</strong> ser, único ponto a <strong>da</strong>r consistência<br />

ao sujeito. Ele é formaliza<strong>do</strong> na sua função <strong>de</strong> corrigir, <strong>de</strong> fazer a reparação <strong>da</strong> estrutura no<br />

mesmo lugar on<strong>de</strong> se produz o erro <strong>do</strong> nó. Sustenta<strong>do</strong> na letra e na escrita <strong>do</strong> nó borromeano,<br />

o sinthome não será interpreta<strong>do</strong>, nem resolvi<strong>do</strong>, nem atravessa<strong>do</strong> como se propunha em se<br />

tratan<strong>do</strong> <strong>de</strong> fantasma.<br />

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