13.04.2013 Views

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

No eno<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> tría<strong>de</strong>, o Imaginário faz corpo, bor<strong>da</strong>s contorna<strong>da</strong>s pela pulsão e é<br />

a consistência que produz o senti<strong>do</strong>. O Simbólico é o campo <strong>do</strong> possível, <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m<br />

significante que faz buraco e inscreve o recalque. O Real é o campo <strong>do</strong> impossível, é o que<br />

ex-siste ao furo. Assim, eno<strong>da</strong>m-se consistência, buraco e ex-sistência, traçan<strong>do</strong> uma escrita<br />

para além <strong>do</strong> significante que toca algo <strong>do</strong> real <strong>da</strong> estrutura. O nó é uma escrita afeta<strong>da</strong> pelo<br />

inconsciente, em que o gozo <strong>do</strong> Outro (JA) surge na interseção <strong>do</strong> Imaginário e <strong>do</strong> Real; o<br />

gozo fálico (JФ), na interseção <strong>do</strong> Real e <strong>do</strong> Simbólico; e o senti<strong>do</strong>, na interseção <strong>do</strong><br />

Imaginário e <strong>do</strong> Simbólico. No centro <strong>do</strong> nó situa-se o objeto a, que enlaça o senti<strong>do</strong>, o gozo<br />

<strong>do</strong> Outro e o gozo fálico. Um enlaçamento pela via <strong>da</strong> separação entre os gozos. O gozo <strong>do</strong><br />

Outro está fora <strong>do</strong> simbólico, e o gozo fálico, fora <strong>do</strong> corpo.<br />

Defini<strong>do</strong> como metáfora, como efeito <strong>de</strong> linguagem, o sintoma é formaliza<strong>do</strong> na<br />

escrita <strong>do</strong> nó com outra envoltura formal e faz a mostração <strong>do</strong> Real, que ultrapassa os limites<br />

<strong>do</strong> significante e enuncia a ex-sistência. O ‘não cessa <strong>de</strong> não se escrever’, embora não seja<br />

uma <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> Real, é o mo<strong>do</strong> como se apresenta o real <strong>da</strong> estrutura, esta que se sustenta<br />

no real e não é redutível ao simbólico. Nessa estrutura, o sintoma registra-se no Simbólico e<br />

vem <strong>do</strong> Real, ou seja, uma emergência vin<strong>da</strong> <strong>do</strong> Real. No sintoma i<strong>de</strong>ntificamos o que se<br />

produz no campo <strong>do</strong> real.<br />

Na teoria <strong>do</strong> nó marca-se um além que sugere a direção <strong>da</strong> cura, implican<strong>do</strong> uma<br />

escrita <strong>de</strong> um ‘saber-fazer’ com o sintoma. O momento <strong>da</strong> instalação <strong>do</strong> significante<br />

correspon<strong>de</strong>ria à inscrição sintomática, e a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> sujeito é constituí<strong>da</strong> pelo eno<strong>da</strong>mento<br />

<strong>do</strong>s três registros, heterogêneos, porém amarra<strong>do</strong>s homogeneamente, inauguran<strong>do</strong> o<br />

inconsciente.<br />

280

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!