13.04.2013 Views

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

inconsciente mor<strong>de</strong>u o real. Logo, po<strong>de</strong>-se falar <strong>de</strong> sinthoma quan<strong>do</strong> há uma marca <strong>de</strong><br />

inconsciente <strong>do</strong> sujeito que se eno<strong>do</strong>u com algo <strong>do</strong> real <strong>de</strong> seu gozo. O sujeito não é só<br />

relativo ao significante, o que realmente lhe dá e<strong>xi</strong>stência, está liga<strong>do</strong> ao real <strong>de</strong> seu gozo, ao<br />

real <strong>do</strong> sexo.<br />

Em Lacan, a posição sexua<strong>da</strong>, a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>, tem essencialmente suas raízes no real e<br />

não na relativi<strong>da</strong><strong>de</strong> significante e é, finalmente, a alteri<strong>da</strong><strong>de</strong> feminina que põe sobre o tapete o<br />

laço <strong>do</strong> sexo com o real. No entanto, o problema <strong>do</strong> neurótico não é que o Outro <strong>do</strong> Outro<br />

não e<strong>xi</strong>sta, mas o que e<strong>xi</strong>ste no lugar <strong>da</strong> ine<strong>xi</strong>stência <strong>do</strong> Outro como real. O sujeito tem que<br />

li<strong>da</strong>r com o que e<strong>xi</strong>ste como alteri<strong>da</strong><strong>de</strong>. Confrontar-se com a alteri<strong>da</strong><strong>de</strong> é confrontar-se com a<br />

questão <strong>do</strong> que e<strong>xi</strong>ste aí on<strong>de</strong> o Outro está barra<strong>do</strong> , é confrontar-se com a ex-sistência.<br />

É na barra coloca<strong>da</strong> sobre o Outro, nesta falta, nesta falha que se articula o lugar <strong>do</strong><br />

gozo. O gozo fálico é limita<strong>do</strong> pelo Um <strong>da</strong> exceção enquanto que o é o lugar no qual<br />

Lacan situa o gozo feminino, outro que fálico, e que está em relação ao la<strong>do</strong> não-to<strong>do</strong>, em<br />

relação a não e<strong>xi</strong>stência <strong>do</strong> Um <strong>da</strong> exceção que seria a mulher se ela e<strong>xi</strong>stisse, logo lugar <strong>da</strong><br />

ex-sistência. O gozo <strong>do</strong> Outro barra<strong>do</strong> conforme Lacan o apresenta em 16 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

1975 não é o gozo <strong>do</strong> Outro <strong>do</strong> significante, nem o Outro como corpo, mas Outro real, quer<br />

dizer impossível, é o furo abissal e impossível que e<strong>xi</strong>ste no lugar <strong>do</strong> Outro <strong>do</strong> Outro que não<br />

e<strong>xi</strong>ste. É o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro furo <strong>da</strong> estrutura.<br />

O sinthoma é uma resposta à possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> sempre presente <strong>do</strong>s três registros R.S.I. se<br />

confundirem. Resposta que se faz através <strong>do</strong> ser sexua<strong>do</strong>, pois o gozo referi<strong>do</strong> ao objeto a<br />

enquanto per<strong>da</strong> exclui a diferença sexual. O ser sexua<strong>do</strong> se faz através <strong>do</strong> gozo implica<strong>do</strong> na<br />

28

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!