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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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como um arranjo entre <strong>de</strong>sejo inconsciente e e<strong>xi</strong>gências <strong>de</strong>fensivas, ele jamais será elimina<strong>do</strong>,<br />

pois é a própria divisão <strong>do</strong> sujeito que o produz.<br />

Em 1974, ao introduzir o nó borromeano em seu ensino, Lacan enlaça a enunciação<br />

freudiana <strong>do</strong> inconsciente e sua consistência com o sintoma. O nó borromeano escreve o<br />

sintoma, uma invenção que eno<strong>da</strong> os três registros – Real, Simbólico, Imaginário – implica<br />

uma equivalência <strong>do</strong>s três elos e mantém como suporte a estrutura <strong>do</strong> sujeito. O nó é feito por<br />

<strong>do</strong>is círculos apenas sobrepostos, ata<strong>do</strong>s por um terceiro, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que, quan<strong>do</strong> um é rompi<strong>do</strong>,<br />

os outros <strong>do</strong>is ficam soltos. Mas o nó borromeano mínimo <strong>de</strong> três não é suficiente para Lacan<br />

enquanto resposta ao que mantém uni<strong>do</strong> R, S e I. A pergunta pelo que eno<strong>da</strong> vai em busca <strong>de</strong><br />

um organiza<strong>do</strong>r, que será um quarto elemento. A resposta aparece sob a forma <strong>do</strong> que,<br />

segun<strong>do</strong> Lacan, Freud chamou <strong>de</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> psíquica, que engloba o fantasma, isto é, <strong>de</strong>sejo e<br />

gozo, ou o que Lacan teorizou como o Nome-<strong>do</strong>-Pai. O quaro realiza uma função <strong>de</strong><br />

suplemento em relação aos outros três; reúne-os, mas mantém uma exteriori<strong>da</strong><strong>de</strong>. Não faz<br />

complemento. Sustenta o buraco <strong>da</strong> não-relação sexual.<br />

Assim, nas últimas colocações <strong>do</strong> Seminário R.S.I (1974-1975), Lacan introduz um<br />

quarto elo, o <strong>do</strong> Nome <strong>do</strong> Pai ou o Sinthome, atribuin<strong>do</strong>-lhe o papel <strong>de</strong> amarrar <strong>de</strong> forma<br />

diferente as três consistências <strong>do</strong> real, <strong>do</strong> simbólico e <strong>do</strong> imaginário. O que faz a ligação entre<br />

as três dimensões distintas é o Nome <strong>do</strong> Pai. Para que o sujeito se sustente, Lacan diz que há<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> presença <strong>de</strong> um quarto termo, isto é, <strong>do</strong> complexo <strong>de</strong> Édipo ou <strong>do</strong> Nome-<strong>do</strong>-<br />

Pai, fazen<strong>do</strong> equivaler o sintoma e o Nome-<strong>do</strong>-Pai. O sintoma supre o malogro <strong>do</strong> Nome <strong>do</strong><br />

Pai, malogro simbólico ao barrar o gozo.<br />

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