13.04.2013 Views

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

estrutura necessária para que ele ace<strong>da</strong> ao falasser (parlêtre) e como tal po<strong>de</strong>r utilizar-se <strong>do</strong><br />

discurso como recurso à falta-ser. É necessário o quarto nó que amarre os três e esse quarto nó<br />

é o Nome-<strong>do</strong>-Pai, que nesta ocasião Lacan faz equivaler ao sinthome. Temos então o objeto a<br />

enquanto puro vazio, marca <strong>da</strong> castração, <strong>da</strong> falta radical constitutiva <strong>do</strong> sujeito aloja<strong>do</strong> no<br />

quarto furo <strong>de</strong>limita<strong>do</strong> pelo RSI. Neste mesmo lugar Lacan situa o sinthome e o Nome-<strong>do</strong>-<br />

Pai.<br />

O sinthome escrito assim em uma nova grafia toma<strong>da</strong> <strong>do</strong> francês antigo é utiliza<strong>do</strong> por<br />

Lacan para <strong>de</strong>signar o conceito <strong>de</strong> sinthoma como quarto nó correlativo ao Nome-<strong>do</strong>-Pai. Para<br />

forjar este novo conceito diz Lacan, foi “preciso reduzir o sinthoma em um grau para<br />

consi<strong>de</strong>rar que ele era homogêneo à elucubração <strong>do</strong> inconsciente” (Lacan, 1976: 134). O<br />

conceito anterior era o <strong>de</strong> uma metáfora estanque, cujo senti<strong>do</strong> era possível <strong>de</strong> se extrair; a<br />

partir <strong>da</strong> indicação <strong>de</strong> 1976, temos um irredutível no sinthoma que se mantém no campo <strong>do</strong><br />

Real, estabelecen<strong>do</strong> “uma coerência entre o sinthoma e o inconsciente [...]. Elemento<br />

necessário <strong>da</strong> estrutura o sinthoma é ancora<strong>do</strong> em um gozo vincula<strong>do</strong> ao <strong>da</strong> fantasia<br />

fun<strong>da</strong>mental. Algo <strong>do</strong> sinthoma escapa ao senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> tal maneira que no final <strong>de</strong> uma análise<br />

resta-nos apenas “saber fazer com seu sintoma” (Lacan, lição <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1976). Se<br />

e<strong>xi</strong>ste um núcleo incurável, resta-nos assumi-lo, o que produz uma modificação <strong>do</strong> sujeito na<br />

relação com seu próprio gozo.<br />

O sinthoma é o real que se faz presente no simbólico, é a e<strong>xi</strong>stência <strong>de</strong> uma marca <strong>do</strong><br />

inconsciente transporta<strong>da</strong> ao simbólico, ele é “é o que as pessoas têm <strong>de</strong> mais real” diz Lacan<br />

(Lacan, 1975: 41), é a comprovação <strong>de</strong> que há inconsciente, é o que testemunha que o<br />

27

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!