13.04.2013 Views

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

mas permanentemente frígi<strong>do</strong>s: não sentem”. Quanto à frigi<strong>de</strong>z, logo no início <strong>do</strong> tratamento,<br />

ele relatou que, certa vez, o órgão peniano estava ereto e somente a parceira sentia prazer.<br />

A freqüência <strong>do</strong> paciente às sessões mostrava a falta <strong>de</strong> comprometimento com o<br />

cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> si, prejudican<strong>do</strong>, com isso, o seu quadro clínico. Duas sessões eram feitas<br />

semanalmente. Com o passar <strong>do</strong> tempo, ele aparecia na instituição apenas uma vez, e, em<br />

muitas semanas, não compareceu. Sempre teve uma justificativa para explicar a falta. Como<br />

afirma Costa (1989), “se o indivíduo crê realmente que a <strong>do</strong>ença <strong>do</strong>s nervos é uma afecção<br />

neurológica, então dificilmente aceitará a idéia <strong>de</strong> psicoterapia, e reivindicará muito<br />

naturalmente um tratamento exclusivamente medicamentoso. Estaria aí uma <strong>da</strong>s razões pelas<br />

quais se mostra tão rebel<strong>de</strong> à ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> psicoterápica”.<br />

Os primeiros questionamentos incita<strong>do</strong>s sobre o homem condutor foram “o que se<br />

po<strong>de</strong> fazer com esse paciente?” e “como obter a melhora <strong>de</strong> sintomas tão emergentes?”. A<br />

agressivi<strong>da</strong><strong>de</strong> inicial <strong>de</strong>le era clara, temores houve acerca <strong>do</strong> uso <strong>da</strong> força física por parte <strong>do</strong><br />

paciente contra a pessoa <strong>da</strong> analista, já que a expressão <strong>de</strong> raiva transpassava a palavra. O<br />

sentimento <strong>de</strong> impotência diante <strong>de</strong>le se exten<strong>de</strong>u por muito tempo, o paciente falava<br />

repeti<strong>da</strong>mente <strong>do</strong> contexto limitante que vivenciava. Supunha o saber na analista e<br />

questionava se ficaria bom. Para ele, primeiramente, ela ocupou o lugar <strong>de</strong> irmã, para <strong>de</strong>pois,<br />

tornar-se uma amiga que o aju<strong>do</strong>u.<br />

O <strong>de</strong>senrolar <strong>da</strong> escuta <strong>do</strong> caso propiciou àquele que busca um saber sobre si<br />

alguns momentos <strong>de</strong> retificação subjetiva e a consequente diminuição <strong>do</strong> sofrimento psíquico,<br />

uma vez que passou a vislumbrar alternativas <strong>de</strong> trabalho e manteve o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> concluir a<br />

construção <strong>da</strong> casa e <strong>da</strong> compra <strong>de</strong> um veículo, que promoveriam, assim, melhores condições<br />

265

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!