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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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<strong>de</strong> me<strong>do</strong> <strong>de</strong> ficar só em casa ou <strong>de</strong> sofrer violência fora <strong>de</strong>la. A busca por atendimento<br />

psicológico se <strong>de</strong>u também pelo relato <strong>de</strong> <strong>do</strong>res na cabeça, “uma sensação <strong>de</strong> estar flutuan<strong>do</strong>”<br />

(sic), e agressivi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Freud (1974), discorren<strong>do</strong> sobre “Dostoievski e o parricídio”, analisa<br />

que “sua personali<strong>da</strong><strong>de</strong> reteve traços sádicos em abundância, os quais se mostram em sua<br />

irritabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, em seu amor <strong>de</strong> atormentar e em sua intolerância inclusive para com as pessoas<br />

que amava”. Assim também se <strong>da</strong>vam as relações entre o paciente e a família. O surgimento<br />

<strong>de</strong> tais sintomas foi associa<strong>do</strong> ao trabalho <strong>de</strong> motorista que exerceu, por <strong>do</strong>is anos, em uma<br />

empresa <strong>de</strong> ônibus. No caso <strong>do</strong> pintor Haizmann, Freud (1977) consi<strong>de</strong>ra que “ele ficara<br />

abati<strong>do</strong>, era incapaz ou não tinha disposição <strong>de</strong> trabalhar a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente, e estava preocupa<strong>do</strong><br />

sobre como ganhar a vi<strong>da</strong>; isso equivale a dizer que sofria <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão melancólica, com<br />

uma inibição em seu trabalho e temores (justifica<strong>do</strong>s) quanto ao seu futuro”. As preocupações<br />

<strong>do</strong> paciente com o retorno ao trabalho eram recorrentes.<br />

Alguns diagnósticos psiquiátricos lhe foram conferi<strong>do</strong>s em consultas médicas que<br />

antece<strong>de</strong>ram a entra<strong>da</strong> em atendimento: Síndrome <strong>do</strong> Pânico, Ansie<strong>da</strong><strong>de</strong> e Estresse.<br />

Atualmente, uma crise <strong>de</strong> angústia po<strong>de</strong> ser rapi<strong>da</strong>mente confundi<strong>da</strong> com uma “síndrome <strong>do</strong><br />

pânico”, que, segun<strong>do</strong> Sterian (2001), aparece como a fase agu<strong>da</strong> <strong>de</strong> uma neurose histérica,<br />

cujas origens estão na infância. Então, uma rápi<strong>da</strong> contextualização <strong>de</strong>ssa etapa <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>do</strong><br />

sujeito faz-se imprescindível. Ain<strong>da</strong> criança, per<strong>de</strong>u a mãe e foi aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> pelo pai, sen<strong>do</strong>,<br />

com isso, inseri<strong>do</strong> em um entorno <strong>de</strong> <strong>de</strong>safeto junto à avó e <strong>de</strong> trabalho precoce. “Guar<strong>da</strong><br />

mágoas” (sic) <strong>de</strong> muitos familiares e consi<strong>de</strong>ra difícil esquecê-las. A histeria <strong>do</strong> homem<br />

condutor po<strong>de</strong> ser evi<strong>de</strong>ncia<strong>da</strong> na questão com o pai e na relação estabeleci<strong>da</strong> com sua<br />

posição feminina; conforme afirma Freud (1977), ain<strong>da</strong> na história <strong>de</strong> Haizmann, “com o luto<br />

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